10 julho, 2013

Administração e Justiça

Querido diário:
Aqui os problemas estão pegando fogo:

.a. o mercado público da cidade incinerou-se a partir de um curto-circuito na rede elétrica de um restaurante. Fiquei imaginando se o responsável não foi uma destas novas tomadas (plug) que algum sinecurista conseguiu botar na lei e fez com que, em minha existência, eu tenha testemunhado três (dos tempos em que comecei a contar) mudanças nos tais aparatos destinados a nos conectar com o fornecimento da energia elétrica.

.b. o centro administrativo do estado foi fechado por um juiz atendendo a uma liminar (ou o que o vala) de um promotor de justiça, inconformado com o fato de que também ele (o primeiro...) pode entrar em combustão.

Faltam as regulamentações competentes do corpo de bombeiros.

O que falta mesmo é uma administração pública profissional prá valer em todo o Brasil. Esta, como sabemos, foi corrompida desde pelo menos os governos militares com a criação indiscriminada de CCs, os desejados cargos em comissão, praticamente todos pagando prêmios milionários a seus detentores. O Brasil tem 40 ministérios, a prefeitura tem 30 secretarias: como é que vai funcionar?

Só administração pública? Claro que, antes de mais nada, o que falta no Brasil é um poder judiciário eficiente. O juiz Hilbert Maxililiano Akihito Obara, que fechou o centro administrativo (que, por sinal, o poder executivo disse que não há razão para fechar, ainda que tampouco deseje fechar o próprio judiciário), declarou (p.24 de Zero Hora de hoje):

Tomei a decisão mais para assegurar que não ocorram casos como o do Mercado Público, que incendiou sábado, ou o da boate Kiss, em Santa Maria. Não havia risco iminente disso no CAFF, eu concordo. Mas o Estado tem de dar o exemplo. Se cobra segurança dos outros, deve aplicá-la nos seus próprios prédios.

Só bebendo!

DdAB
Imagem: aqui.

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