querido blog:
no outro dia, seguia -calmamente- minhas leituras do livro da história da ciência de Isaac Azimov sobre o qual tenho postado pensamentos disparatados (ainda que não sejam disparates, eles enquanto tal). então vi que o elemento químico Technetium -inicialmente conhecido como Masurium) é do grupo dos metais que se obtém pela irradiação do Molibdênio com deutérios e na fusão do Urânio (se é que traduzi meu Webster com exação).
pois bem: o Tecnétio (?) vem do grego "technetos", que quer dizer "artificial", simplesmente artificial, como quer a criação de um elemento químico cuja vida depende do bombardeamento de outro pobre coitado.
depois vem, na ordme alfabética lá no Webster: "technic', também remontando ao grego e querendo dizer, em língua de gente, "uma arte, artifício". e ainda diz que é uma acepção agora rara. gelei. então... e depois já veio mais adiante "technique", já do francês e antes dele, do grego, technikos, mas voltando a citar a arte e o artefato. e já falando em ingl`^es, em minha tradução: 1. o método de proceder (com referência a detalhes práticos ou formais) em disponibilizar um objeto artístico ou conduzir uma operação científica ou mecânica. bastou.
mas não bastou, na verdade. nos mesmos momentos que se passavam entre o que li no Azimov e o que agora escrevo, ainda vim a entender que "produto" terá significado análogo. vejamos o Webster: "o que é produzido pela natureza ou feito pela indústria ou pela arte." e depois vem o economês: "algo de envolvimento na criação de valor, ou a produção de bens e serviços."
pronto: circo montado. parece óbvio. seja produção da natureza (as marés) seja a feitura pela indústria (a conta da luz de minha casa) resultam na criação de valor (os numerozinhos nela escritos). e o começo? é que é artificial. ou seja, não precisava ter produto com o sentido da criação de valor. como as formigas e os castores. mas, se queremos ir além deles, precisamos da produção de excedentes sobre nossas próprias necessidades de consumo. aí nasce a troca e aí nasce o banco central mundial. quem não inventa a moeda (os tupinambás, por exemplo) ou o banco central (os maias, mais exemplo) não consegue desenvolver as trocas plenamente.
se este negócio todo é tão artificial assim, sou de opinião que devemos cobrar um imposto dos mais bem aquinhoados por viverem em uma sociedade constituída por mais gente do que eles conhecem. digamos que eles pagariam pelo direito de viver em sociedade. ou seja, todos teríamos que pagar pelo direito de viver em sociedade. mas quem apenas é número e não dinheiro deve receber um estorno de diferença entre poder e ser. em compensação, poderíamos acabar com todos os demais impostos, especialmente os distorcivos sobre a produção, por serem excessivamente artificiais. não é?
DdAB
imagem: abcz.
p.s.: como teria dito um amigo de meu avô, ao ver um serrote de ferro: a máquina imita a mão do homem de forma inimitável.
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