01 janeiro, 2012

366 Dias de Felicidade: as virtudes da indução

querido diário:
este domingo que inicia o ano de 366 dias que hoje começamos a enfrentar também exibe um horizonte plúmbeo e mesmo aquoso. chove em Porto Alegre, cidade de onde se divulga a seguinte fábula.

consta que um malvado governante (ou seja, um governante) comprou pêssegos de uma pobre pastorinha (que já avançara culturalmente até o cultivo das lavouras permanentes). ela lhe disse: "são muito doces". ele provou e confirmou, mas antes de dar-lhe o cheque (sem fundos, by the way) que usava profusamente, quis garantir-se de que toda a mercadoria adquirida também seria doce.

"a única garantia que posso dar-lhe" -avisou a pastorinha- "é o fato de que ninguém nunca reclamou do conteúdo de frutose de meus pêssegos, pois são da Vila Nova". o político não se conteve e disse-lhe: "e quantos são estes que que reclamaram?". ela não se deu por achada e desconversou: "desde que um carroceiro de Belém Velho fez a crítica à crítica de Hume, a turma da Zona Sul tem usado a indução com mais exação."

"acredito" -disse um menino de rua que a tudo ouvia, mas se escondia- "que seremos felizes todos estes próximos 366 dias, pois já o fomos na meia-noite que acaba de extinguir-se for good."

apenas pensei: "ah, esses anglicismos."
DdAB
acredito que já tenha usado a totalidade desta imagem: abcz.

Nenhum comentário: