19 abril, 2010

mais sobre o futuro

querido blog:
acho que foi no tempo de Berlim que comecei a viajar na idéia dos "universals", seguindo a recente inspiração do livro de microeconomia de Samuel Bowles (que li naquelas paragens) e, mais antigas, as leituras do livro de sociobiologia de Edward Wilson. por acaso surgiu a antropóloga inglesa, cujo nome agora me foge como o macaco aos leões.

pois agora, lendo Ernst Mayr (O que é a evolução, Rocco, 2009), registrei que na p.272 ele diz:

Entre as poucas características exclusivamente humanas figuram o comprimeito menor dos braços em relação às pernas, a maior mobilidade do polegar, a ausência de pêlos no corpo, a pigmentação da pele e o maior tamanho do sistema nervoso central, especialmente do prosencéfalo.

no capítulo final do livro, intitulado "Como surgiu a humanidade", ele acrescenta considerações que nos permitem pensar que a linguagem é outro diferencial com relação aos animais e, como tal, comunalidade entre os humanos, descontados os casos de afasia/patologia. ao mesmo tempo, ele fala em estancamento evolucionário humano em virtude de fatores físicos terráqueos:
.a. ocupação de todos os nichos planetários
.b. intercomunicação física entre todos os grupamentos populacionais.
de minha parte já fui pensando que estas duas condições não são exclusivas, uma vez que o futuro remoto trará exploração espacial em naves ou mesmo em outros planetas. (esta hipótese parece-me não ser boa idéia, dados os abalos da vida planetária, como a ação recente do vulcão islandês comprova).

eu outras palavras, já falei e agora reafirmo que prevejo mudanças substantivas na condição humana, cuja sucessão alcançará o que chamei -num paper que encaminharei à American Economic Review ou outra- de humáquina. acho que, essencialmente, viveremos em taylor-made naves espaciais. e que, o mais importante para o júbilo, deixaremos este planeta aos aborígenes, ou seja, ao resto da macacada.
DdAB
http://clubevozdoarcanjo.blogspot.com/2009_11_15_archive.html

Um comentário:

Sílvio e Ana disse...

Dê uma olhada no desenho WALL.E.
(Sílvio)