17 julho, 2019
Mallory e Moro
Ontem aconteceu algo extraordinário no episódio 2 da terceira temporada da série Heartland, do Netflix. Heartland é uma estância voltada à criação e tratamento de cavalos e também de criação de bovinos. E até parece que andei vendo caprinos... O proprietário da fazenda é o sr. Jack Bartlett (?), avô de duas garotas, Amy e Lou Fletcher (?). A fazenda encontra-se no estado de Alberta, Canadá, próximo da cidade de Calgary.
O pai de Lou e Amy, o sr. Tim Fletcher (?) também se encontra em ação (spoiler à vista: acaba de levar um tapa na cara desferido por sua namorada). E tem também a garota Mallory (na foto 3x4), filha de um casal de cantores de country music oslt que vivem viajando e por isso ela, Mallory, volta e meia encontra-se vivendo na casa de Jack.
Mallory está dando assistência à macróbia mrs. Bell, que vive solitariamente e tem um verdadeiro amigo no burro Sugarfoot. Depois de sofrer alguns problemas de saúde, a sra. Bell volta a viver em sua moradia e vê em Mallory um ponto de apoio, tomando uns cafés na cafeteria local. Nesse meio tempo, morre o proprietário de uma fazenda que já fez parte da história e é onde a mrs. Bell, na condição de miss, viveu sua infância. Tal é o problema dessa propriedade que as hipotecas venceram e os bancos credores a estão levando a leilão.
A mrs. Bell vai ver o leilão de toda a propriedade, exceto alguns itens que já foram leiloados de forma independente, como cavalos -que foram arrematados por um preço que eles consideraram absurdo pelo sr. Jack Bartlett. Na hora do leilão de toda a propriedade, Lou -que está procurando moradia para sua família, ela, o marido e a filhinha- apaixona-se pela herdade, vendo-a reformada, pois o que vemos é um muquifo absoluto.
Lou envolve-se no leilão, mas um empreendedor imobiliário está muito interessado na terra e compete com ela, elevando o lance de arremate. Neste meio tempo, a sra. Bell também decide entrar na dança, por azar de modo independente à ação de Lou. Pois então entra Mallory. Não sei se de comum acordo com a mrs. Bell, Mallory, que está bebendo um milk-skake, oslt, finge que tropeça sobre o empresário e lança-lhe parte do líquido na roupa. Este fica enfurecido, avaliando o estrago na roupa, limpando-se e perde o lance de arremate para a mrs. Bell, que também ficou livre de Lou, que está falando ao telefone com o marido.
Então: Mallory aplicou um golpe baixo que me pareceu muito honrado. Sabemos que bandidos têm enorme sentimento de honra e moderado sentimento de justiça. Mas parece óbvio que aquele empreendedor, poluidor da vida, não deveria ficar com aquele -quando preparado- belo pedaço do paraíso. Então o unfair-play de Mallory tornou-se fair, digo, justo, ainda que à margem da lei.
E o juiz Moro? O juiz Moro agiu à margem da lei e de modo injusto. Como diz-nos Amartya Sen, é mais fácil identificar injustiças do que justiça. No caso de Sérgio Moro, a injustiça é patente: estava mesmo tramando com os procuradores para tirar o PT e, com ele, o lulismo, da corrida à presidência da república na eleição de 2018.
Mallory é legal. Moro é ilegal!
DdAB
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário