Estou longe de poder generalizar o que falarei em seguida, pois não sou familiarizado no assunto. E estou trabalhando com uma amostra de tamanho 3 e sei que a primeira observação seria: aumentar o tamanho da amostra. Tudo começou quando comprei um livro de filosofia que já mencionei e cujo nome agora me foge. Pois, ao olhar mais vagarosamente tal livro, dei-me conta de que ele é uma droga, ou talvez apenas droguinha. Ao mesmo tempo, fiquei tão furioso comigo por cometer o que a turma da economia industrial chamava de "erro de compra" que decidi lê-lo de cabo-a-rabo (ou, como sinônimo, de fio a pavio). E o fiz há tão bons tempos que apenas se voltar a cheirá-lo é que lembrarei a autoria, por enquanto só posso falar numa capa com um desenho esverdeado...
Pois repeti o dito erro ao comprar o livro
HART, Michael H. (2002) As 100 maiores personalidades da história. Rio de Janeiro: DIFEL. Tradução de Antonio Canavarro Pereira, com original possivelmente de 1982.
Parênteses: ao escrever aquele "as 100 maiores", lembrei, evoquei, que possivelmente aquele livro que li por retaliação poderia chamar-se "Os 100 maiores filósofos..." Tal é minha estupefação por ter praticado o mesmo erro duas vezes que evoquei ninguém mais ninguém menos que Julio Iglesias, com a canção "Con la misma piedra":
Tropecé de nuevo y con la misma piedra
Parênteses: ao escrever aquele "as 100 maiores", lembrei, evoquei, que possivelmente aquele livro que li por retaliação poderia chamar-se "Os 100 maiores filósofos..." Tal é minha estupefação por ter praticado o mesmo erro duas vezes que evoquei ninguém mais ninguém menos que Julio Iglesias, com a canção "Con la misma piedra":
Tropecé de nuevo y con la misma piedra
en cuestión de amores nunca aprenderé
yo que había jurado no jugar con ella
tropecé de nuevo y con el mismo pie.
Resumo, dei dois tropicões (talvez mais...), talvez havendo segredos em minhas anotações no primeiro. Há várias no livro de Hart, mas desejo destacar uma que diz respeito ao mais elevado altruísmo sentido/praticado por políticos. Vou citar dois nomes antes de chegar à Venezuela. O primeiro é Amador Bueno, um paulista que não quis ser rei do Brasil. Quis seguir com sua vidinha talvez intuindo que o egoísmo predador, a ladroagem seriam um saco sem fundo na sociedade brasileira. Segundo nome: João Goulart que, tenho razões para crer, por ler, que decidiu entregar o poder aos militares em 1964 a correr o risco de ver deflagrada uma guerra civil nestas plagas. Admiro os dois.
Resumo, dei dois tropicões (talvez mais...), talvez havendo segredos em minhas anotações no primeiro. Há várias no livro de Hart, mas desejo destacar uma que diz respeito ao mais elevado altruísmo sentido/praticado por políticos. Vou citar dois nomes antes de chegar à Venezuela. O primeiro é Amador Bueno, um paulista que não quis ser rei do Brasil. Quis seguir com sua vidinha talvez intuindo que o egoísmo predador, a ladroagem seriam um saco sem fundo na sociedade brasileira. Segundo nome: João Goulart que, tenho razões para crer, por ler, que decidiu entregar o poder aos militares em 1964 a correr o risco de ver deflagrada uma guerra civil nestas plagas. Admiro os dois.
E desprezo mais dois: Hugo Chavez e Nicolás Maduro. Esses dois senhores não se deram conta de que aquela cantilena sobre a influência contra-revolucionária dos Estados Unidos, da Colômbia, sei lá mais de quem, é que foi a responsável por tanta gente ser "contra", do contra. Eles não estudaram introdução à filosofia, quando aprenderiam o princípio da navalha de Occam: as explicações mais simples devem substituir as mais sofisticadas, quando os modelos têm o mesmo poder preditivo. Previsão possível: enormes dificuldades de fazer um governo de esquerda, honesto sem muita cautela para não fazer com que os comandos de defesa da revolução começassem a ditar até qual a marca do cachorro que deveria tomar conta da casa. Pode ser mentira, mas ouvi dizer que um cidadão que morara na capital dos Estados Unidos batizou seu cão como Washington D. C. E a tal brigada do bairro achou que aquilo era apologia a George Washington acrescida de um "Derrubemos Chavez".
Para concluir e mostrar que meu desprezo relativamente aos dois chefes venezuelanos, cito mais um compatriota: Simón Bolívar. Então: o Hart inseriu Bolívar entre os 100 maiores personagens da história. E, lá pelas tantas, lá na página 295 (por pirraça ainda vou ler até a página 610), diz-nos:
[...] em lugar de outras nações se juntarem à Grande Colômbia (criada e presidida por Simón Bolívar), a própria república começou a se desintegrar. Estourou a guerra civil, e, em 1828, houve uma tentativa de assassinar Bolívar. Em 1830, a Venezuela e o Equador já se haviam separado, e Bolívar, percebendo que ele próprio era um obstáculo para a paz, renunciou em abril desse ano. [...]
Pois não é que, ao ler este trecho, garrei de pensar: se um gigante do porte de Simón Bolívar entendeu ter-se convertido em um empecilho para a paz, que poderíamos esperar de pigmeus políticos da contemporaneidade e do porte de Hugo Chávez e Nicolás Maduro? Obviamente que se agarrassem ao poder, jogando seu país num longo prazo de maus bofes.
DdAB
Imagem da Wikipedia. E que acharam daquela tirada tirada do "gigante Bolívar e dos pigmeus Chávez e Maduro"? O original é "gigante como Aristóteles e pigmeu como -não lembro bem- digamos Jeremy Benthan", de autoria de Karl Henrich Marx...
DdAB
Imagem da Wikipedia. E que acharam daquela tirada tirada do "gigante Bolívar e dos pigmeus Chávez e Maduro"? O original é "gigante como Aristóteles e pigmeu como -não lembro bem- digamos Jeremy Benthan", de autoria de Karl Henrich Marx...
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