14 maio, 2016

Aritmética do Blog: postagem n. 2000


Querido diário:

Vejamos alguns dados.

Primeiro: pela contagem do próprio blog, a primeira que aparece quando ele responde à inserção da palavra-chave (password), registram-se 1.999 postagens, ou seja, estamos em dia de comemoração. Não que a política permita grandes arroubos de alegria, pois as mudanças institucionais que tanto estão custando ao gigante adormecido, a meu ver, não trazem promessas luzidias.

Segundo: tem outra contagem interna que aponta para
TODAS: 1994
RASCUNHOS: 6
PUBLICADOS: 1988 (cifra também alcançada pela informação contida na aba: 49 + 262 + 271 + 227 + 310 + 291 + 268 + 247 + 63)
Ou seja, observamos uma diferença aritmética de 11.

Terceiro: fora que, por razões abstrusas, removi as postagens que fiz desde o início, ou seja, o mês de outubro de 2008. E poderia contar quantas são, mas decidi manter esta informação em sigilo (de mim mesmo) por mais algum tempo.

Pois então. Eu prometera fazer postagens "diárias ou quase", o que -da melhor forma que pude- bem que o fiz. Mas também podemos ver um recorde de 310 unidades em 2012 e depois vemos queda livre. Projeção para 2016: 172, que o ano será bissexto até o finalzito.

E que força energética me levava a fazê-lo? É que, desde setembro de 2004, fizera dois blogs. Um no UOL e outro num provedor menor. E imagino haver por lá (tenho os arquivos guardados) umas 500 postagens. A ideia das postagens "diárias ou quase" vem daqueles tempos, claro. Mas 2500/12 = 200, o que dá um tanto mais que dia-sim-dia-não. E que me parece bem bão.

E agora? Sinto que já alcancei, em termos gerais, o objetivo a que me propus, nomeadamente, ter registro de uma gama bastante ampla de questões que me permitisse explorar os escaninhos de minha mente sobre os grandes problemas do cotidiano do homem hodierno (eu?, eu falando em hodierno sou hodierno, ou meus quase 70 anos de existência jogaram-me no clube do archaísmo?).

E depois entrou o Facebook, setembro/2015. Lá a notícia sobre política, família e fofoca é mais dinâmica que o plano que eu tinha, nomeando-o, ler o jornal Zero Hora e a revista Carta Capital, que iriam pautar minhas reflexões, levando-me ambos do sublime ao ridículo em um piscar de apenas um olho, que dizer dos dois? Zero Hora acabou ganhando o epíteto de Zero Herra e a Carta Capital ficou com o Capital dos Carta. Em outras palavras, li-os e vi não ter verdadeiramente mídia capaz de pautar-me o que quer que seja. E isto pode ter sido uma lição: se queria ser profissional da informação, errei de profissão, não é, não?

Resta-me agora seguir com postagens menos comprometido com o "diárias ou quase". E principalmente tentar fazer esse livro, uma edição dos materiais relevantes do blog (e do Fb), construir um depoimento sobre meu tempo, como tenho dito. Talvez comece na próxima segunda-feira, sabe-se lá. Agora não posso, vou aprender a consertar torneiras, o que me poupará muitos incômodos com a mão-de-obra de serviços de manutenção residencial neste desditado (bem sei que não é apenas deseducado) Paralelo 30 (e imagino que, do equador até aqui, a encrenca seja até pior). E vou colocar um negocinho político no Facebook que depois trasladarei (ou melhor, copiarei) para cá. Ok, bye.

DdAB

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