08 julho, 2015
Merkel e a Globo
Querido diário:
Sabe qualquer pessoa de bom senso que "a rede Globo te faz de bobo". Pois, depois de uma distância de semanas, ontem olhei o "Jornal das Dez", algo assim, às 22h00. Claro que tive dezenas de maus momentos, 22 ou mais... Cada comentarista de arrepiar. Mas também arrepiam as informações originais que os levam a dizer impropérios.
Por exemplo, nem sei se a velha Angela Merkel disse mesmo este impropério que agora comento. Pode ser que tenha dito, pois é outra reacionária empedernida, ela que aprendeu o be-a-bá do comunismo lá na tenra infância. Talvez o maior testemunho contra aqueles projetos leninistas seja mesmo este tipo de gente poder hipoteticamente ter sido formado com aquela xurumela.
Pois diz a Frau Merkel que os gregos e não apenas eles mas todos os europeus têm que lidar com um terrível desequilíbrio (se as cifras não foram fraudadas por eles ou por minha memória):
Participação na população mundial: 7%.
Participação na renda mundial: 25%.
Participação nos gastos sociais: 40%.
Esta assimetria é intolerável para ela e para o comentarista da rede Globo (que, by the way, te faz de bobo).
Muito do igualitarista fiquei pensando que nem a Globo nem os assessores da velha Merkel deram-se conta de que também poderiam ter alinhado entre as fraquezas europeias:
Posição na desigualdade mundial.
Posição na criminalidade mundial (o que é a mesma coisa...).
Posição na saúde mundial (o que é a mesma coisa...).
Posição na expectativa de vida mundial (o que é a mesma coisa...).
Posição na educação mundial (o que é a mesma coisa...).
Posição nos acidentes de trânsito mundiais (o que é a mesma coisa...).
Posição no número de meninos de rua mundial (o que é a mesma coisa...).
E nos velhinhos...
DdAB
Nem falei em desemprego, mas a encrenca tá aqui mesmo.
E tem o lado alegre: percentagem dos museus mundiais, percentagem das horas trabalhadas, percentagem dos grandes filósofos, e por aí vai.
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2 comentários:
Duilio,
Concordo em gênero, número e grau.
E digo mais, é um benção ler o blog do amigo. Sempre muita lucidez. Quando venho aqui, percebo que ainda há esperança!
Abraço,
Teixeira.
Caro Teixeira:
Obrigado novamente pelos comentários. Parece que "vibramos na mesma faixa" mesmo. Pois não é que hoje, falava-se no desespero que nos provoca a situação do Brasil, a situação mundial, as perspectivas demográficas e ecológicas para os próximos 30 anos. Cito-me, pois o resto da turma dizia coisas assemelhadas: penso que não devemos perder a esperança, pois sempre podemos sonhar com a mudança a ser conduzida pelas novas gerações. Conheço cada jovem de arrepiar a coluna pela inteligência e preocupação social.
DdAB
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