Querido Diário:
Naturalmente, racionalidade, equilíbrio e eficiência não precisariam ser angu da mesma panela. Mas são. A ação eficiente resulta da racionalidade do agente e este, quando satisfeito, pode ser dito em equilíbrio. Um dia explico tudinho, ou melhor, a profa. B.P. (ver blog ao lado direito) explica, hehehe.
Aprendi nos velhos (na verdade, o velho livro de F. M. Scherer) livros de economia industrial que há três níveis em que se pode falar de eficiência:
.a. produtiva (quando o custo médio é mínimo)
.b. alocativa (quando o curso marginal é igual ao preço)
.c. distributiva (quando o custo médio é igual ao preço).
São dois e apenas dois os mercados em que se pode conceber a existência destes três tipos de eficiência ocorrendo simultaneamente:
.a. concorrência pura (e perfeita, se acrescentarmos que os ofertantes têm informação perfeita)
.b. contestabilidade perfeita.
Por que estou falando tudo isto, coisas que já falei algumas vezes? Pois comecei a ver referência ao conceito de "ineficiência marshalliana". Pensei: outro modismo. Haverá algum conceito de economia industrial ou teoria dos jogos que contempla o que quer que seja abrigado por este conceito. Olhei daqui e dali e cheguei: "perda de eficiência devida a diferenças de produtividade causadas por diferentes formas de contratos firmados entre os agentes." Pensei: é! Digamos: Scherer + Coase, ou Akerlof, ou Williamson e até Oliver Hart.
Aí, mergulhei no pote de morangos com chantilly e lembrei o que o livro de Rickets (ver papelzinho) diz à p.15: o caso de coordenação perfeita na ação dos agentes requer que todos os contratos sejam concluídos simultaneamente. Para tal:
.a. os custos de transação devem ser nulos
.b. as possibilidades tecnológicas devem ser ilimitadas
.c. as preferências dos agentes são permanentes (intertemporais)
.d. existem probabilidades não-nulas associadas a todos os estados possíveis.
Antes de chegar o licor, pinguei o ponto final.
DdAB
Imagem daqui. Nada como uma boa casinha com teto solar, tunelzinho de vento e um troço muito estranho lá atrás.
P.S.: agora são 18h27min de 14/jul/2012. Retifico: a diferença entre a concorrência pura e a perfeita não se restringe ao ponto de vista dos ofertantes, mas também contempla o dos compradores.
2 comentários:
Querido Profe,
estou anotando tudinho. Assim, quando o dia da explicação chegar, saberei ao menos por onde começar...
Gracias,
Brena.
oi, professora:
lá em cima tem um errinho e o corrigi no rodapé: este negócio de puro e perfeito. no caso 'perfeito', todo mundo -compradores e vendedores- sabe tudo sobre tudo.
DdAB
Postar um comentário