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Cito partes, editando livremente:
:: Sinais moderados de recuperação na economia;
"O consenso entre economistas é de que o crescimento no ano que vem será próximo de 2,5%."
:: As "[...] ações iniciam uma recuperação nos EUA e em todo o mundo. Esses mercados parecem acreditar que há uma luz no fim do túnel para a economia e para os lucros de empresas."
"Esse consenso otimista, acredito, não está baseado em fatos. Na verdade, a expectativa é de que enquanto o índice de contração americana reduzirá de -6% nos últimos dois trimestres, a expansão dos EUA ainda será negativa (cerca de -2% a -1,5%) na segunda metade do ano (comparado ao consenso de 2%). Além disso, o crescimento no próximo ano será tão fraco (0,5% a 1%, ao contrário do consenso de 2% ou mais) e o desemprego tão alto (acima de 10%) que ainda será sentido como uma recessão."
Ou seja, temos previsões inequívicas: prevejo que, quando todo mundo fala em crescimento de 2% no ano que vem, o que veremos é um crescimento de 0,5% a 1%. Quem prevê é ele, Roubini. Eu previ, só para contrariar, que nada aconteceria no PIB (crescimento zero), com inflação e desemprego. Não tenho lido sobre previsões da taxa de inflação, as últimas de que ouvi falar sinalizavam para deflação. Juro que haverá inflação. E, depois da previsão inicial, eu a refiz e aduzo: e será provocada por uma corrida de desvalorizações do câmbio dos países importantes.
Voltando a Roubini, será que o tom de pessimismo cultivado que ele adota justifica-se, quando suas divergências com as previsões dos "economistas" situam-se na casa dos 0,5% a 2,0% do PIB? Claro que 1% do PIB americano é montones de dinheiro. However erros de 1% na estimativa do que quer que seja são toleráveis, também os de 2,5% unicaudais ou bicaudais. E 5%, e já vi paper dizendo que sua previsão era boa, "a 25%".
Ou seja, o PIB não cairá 30%, como o fez em 1929 ou 1947. Nem, presumo, subirá 30%, como sobe rapidamente (três ou quatro nos, to be true). Ou seja, teremos, em média, crescimento zero. E Roubini terá suas sofisticadas previsões confrontadas com estimativas de senso comum, ingênuas, provocativas, sinceras. "A melhor maneira de se prever o futuro é inventá-lo", disse o Sr. Johnnie Walker.
DdAB
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