
Terei pensado, antes de terminar de ler "México", na verdade, em fazer esta espécie de book review esfigmonanométrica. Esta fotografia um tanto esmaecida, presumo, esteja mostrando o casal Diego-Frida, que a retirei da Internet/Images/Google. Ambos são mexicanos, pelo que entendo, depreendo. Frida não foi mencionada em "México", de Veríssimo. Diego foi, algumas vezes, menos do que Siqueiros, com quem Érico chegou a ter um ou outro contato pessoal durante a visita.
Nem todas as reflexões que fiz durante a leitura estarão aptas a serem recuperadas. Ou, por outra, não mais estarei apto a recuperar todas as reflexões que fiz. [Comecei há pouco tempo a tentar retomar uma campanha contra os antropocentrismos e etnocentrismos que comecei há tempos].
Além da capa de papel coberto com plástico, portando duas orelhas, o primeiro traço mais característico, que pararei de citar os traços gráficos em detalhe, reservando-me o direito de mencioná-los sem detalhe, ou melhor, apenas em detalhes selecionados, vejo o preço que paguei: R$ 6,00. Não pestanejei, pois naquele verão um picolé custava R$ 2,00, o.s.l.t.. Seguiu-se um conjunto de cálculos, dos quais destaco 0,2 x R 3.200 = 640 (a unidade de medida foi omitida por razões que agora não lembro; talvez por simples olvido).
Seguem-se, como disse, outras obervações irrelevantes para a presente postagem. A elas segue se uma lista de 27 obras de Érico, não sei se podemos declará-la definitiva, pois certamente há o livrinho "O Ataque", da Coleção Catavento da mesma editora, que juro ter lido. Tinha esquilos em Washington, tinha tiros no rincão e tinha Pomona. Se me não falha a memória. Ela falha, a memória.
Assinalei coisas, o que me deu indizível satisfação. Vejamos:
2. Clarissa
3. Caminhos Cruzados
5. Música ao Longe
6. Um Lugar ao Sol
8. Olhai os Lírios do Campo
10. Gato Preto em Campo de Neve
11. O Resto é Silêncio
12. A Volta do Gato Preto
13-19. O Tempo e o Vento (em sete volumes)
20. Pimba! (ou melhor, México)
21. O Senhor Embaixador (não esquecer que poderia ser "O Sr. Embaixador", que a primeira edição de "São Bernardo" deixava-se ler como "S. Bernardo").
23. Israel em Abril
24. Incidente em Antares
26-27. Solo de Clarineta (em dois volumes).
Estes são os livros que li, lerei ou menti ou minto que li, como passarei a mentir que li, a partir de 31/julho/2017, o livro "A Theory of Justice", de John Rawls, pois não o lerei. Ou mentirei que não o li? Se a memória não falha, tudo já li em um ou outro momento de minha carreira literária. Não lembro qual foi o primeiro, talvez "O Ataque" que, como sabemos, não está na lista que não listei toda... Depois, talvez, "O Sr. Embaixador", sabe-se lá. Também li um dos velhinhos, por aqueles tempos. Não lembro qual. Certamente lembro de ter lido os sete de "O Tempo e o Vento", emprestados que me foram pelo colega Aldo Faraco. Era Aldo? Era de Alegrete? Era parente de Sérgio Faraco? Aldo era legal, preparava-se, creio, para o vestibular de direito. Penso ter devolvido todos os sete exemplares. De quem era "O Sr. Embaixador"? Já não lembro, o fato é que -ao lê-lo- pensei em virar diplomata. Pablo Astorga, ou Ortega, sabe-se lá, entusiasmou-me: um intelectual sofisticado que acaba na guerrilha e no poder, sentindo-se mal com este. Outro assunto, para talvez nunca de núncaras. You never know.
Dizia eu: li coisas há tempos. Destaca-se que bem lembro, se lembro, de ter lido "Gato Preto em Campo de Neve". Se é da "Coleção Catavento", então está claro que li chez moi. Se não é, tê-lo-ei lido na Biblioteca do Colégio Estadual Júlio de Caudilhos. Ou elsewhere. Empréstimos de meu amado Walter Browne Maia?
Como cheguei a "México"? Faraco, Sérgio e outros, colocaram-me na trilha de Érico, talvez pelas comemorações do centenário de nascimento. O fato é que, depois de ter visitado os Estados Unidos, no início de 2001, decidi reler, que -como disse- juro que lera o "Gato Preto". Dele eu lembrava que havia uma história com botinas, para o autor proteger-se da neve de Nova Iorque, não a tangenciando, pois andou de limos daqui para lá e, na festa, observava o povo na estica e suas botinas, até que deliberou esquecê-las, "para não estragar a festa". Eu pensei ao contrário: às vezes trajava (calçava?) sapatos de verniz impecáveis e, mesmo assim, procurava estragar a festa... Mas gravei mais coisas do "Gato Preto". Na volta de Nova Iorque, repito, decidi ler "A Volta do Gato Preto". Depois, reli o próprio "Gato Preto". Na linha, achei "O Sr. Embaixador" e o reli pela segunda vez, ou seja, lera-o, relera-o em torno de1975 e voltei a fazê-lo, registrando o final da leitura como "26/abr/2002. 23h50min. Amanhã, vou a Bento (Gonçalves, progressista cidade onde passei anos de minha primeira infância), com a PUCRS". Para alegria do Prof. Adalmir Marquetti, hospedei-me em um quarto compartilhado com o Prof. Balarine, agora deceased. Quer saber as razões? Indague lá a ele, o que está vivo...
Textos relacionados ao centenário levaram-me a distinguir um trio literário que me interessou olhar mais de perto
.1. Caminhos Cruzados, de Érico
.2. Contraponto, de Aldous Huxley (que li uma cópia de Walter Browne Maia e estou relendo agora, que não acabo nunca, às vezes acho enfadonho e às vezes sublime; o último "tempo" que lhe estou dando ocorre a pretexto de olhar coisas importantíssimas sobre finanças em meu amado livro de Milgrom & Roberts)
.3. Merry-go-round, de William Somerset Maugham (que ainda não li).
Então comecei o grande projeto que me tomou boa parte do tempo de lazer de 2008. Li Clarissa, Caminhos Cruzados, Música ao Longe, Um Lugar ao Sol, Olhai os Lírios do Campo e O Resto é Silêncio, O Senhor Embaixador e Incidente em Antares, mais ou menos nesta ordem. Pinguei o ponto final em "O Resto é Silêncio" às 9h32min de 13/jul/2008 na progressista cidade de Três Passos, costa do Rio Uruguay. Trata-se de uma cópia caseira maravilhosamente executada you-know-by-whom. Como disse, lerei a.s.a.p. "Israel em Abril". E voltarei a ler, in due time, "O Tempo e o Vento" e "Solo de Clarineta". Quando acabar tudo, recomeçarei tudo. E o que não cito provavelmente jamais venha a ler. Em Maceió, onde li boa parte de "México", quase comprei um "Tempo e o Vento" reproduzido, o que não fiz, pois era em quatro volumes, e eu queria uma cópia da edição em três volumes, que me parece ter sido a forma original. Ou de um lançamento de estirpe. Ou ambas as coisas, ao revés de uma ou de outra o de ambas.
Ok?
DdAB
Nenhum comentário:
Postar um comentário