Segue-se logicamente que tomei para minha descrição de Leopold Bloom não apenas a foto que nos encima, mas também essas 19 características do ator shakespeariano, a saber:
anger, arrogance, charm, classicism, colloquialism, cruelty, discontinuity, excessive subjectivity, generosity, inconsistency, irony, lunacy, melancholy, mercurial shifts, stamina, variety, vocal technique, vulnearabitily, wit.
Desta lista, vemos quão latina é a língua inglesa. Olha os cognatos mais óbvios: arrogance, classicism, colloquialism, cruelty, discontinuity, excessive subjectivity, generosity, inconsistency, irony, melancholy, stamina, variety, vocal technique, vulnearabitily. Total, entre as 20, dá-nos 15 expressões (inclusive a dupla vocal technique). Ou seja, ficam fora do latinório do inglês apenas cinco: anger (raiva), charm (charme...), lunacy (demência), mercurial shifts (crises de raiva) e wit (sagacidade).
E por quê dei no título da postagem os possíveis pensamentos de Stephen (alias de Telêmaco) sobre Leopold (alias de Ulysses) e não o contrário? É que Stephen é sabidamente, por declarações do autor do romance, um especialista em Shakespeare. Jamais Leopold poderia ter-se tornado um leitor de Shakespeare além do que um judeu culto era capaz de fazer. Nada de especialização, por contraste a Stephen..
DdAB
P.S. A foto dali de cima retirei-a da Wikipedia no verbete Italo Svevo, que é o pseudônimo de Ettore Schmitz). Esta mesmíssima foto consta da página 428/23 (ou seja, depois da página 428, a 23a. página com lâminas de fotos de pessoas, desenhos e coisas) do livro
P.S. A foto dali de cima retirei-a da Wikipedia no verbete Italo Svevo, que é o pseudônimo de Ettore Schmitz). Esta mesmíssima foto consta da página 428/23 (ou seja, depois da página 428, a 23a. página com lâminas de fotos de pessoas, desenhos e coisas) do livro
ELLMAN, Richard (1982) James Joyce. 2ed. Barcelona: Anagrama.
Em outro momento, queixei-me de que os editores da Espanha não colocaram um índice analítico. Mas tem, e me foi útil para checar coisas de Svevo, um índice onomástico.
P.S.S. Andei falando pelas postagens cujos títulos iniciam com "Ulysses" que Svevo foi professor de italiano de Joyce. O fato é que até agora voltei a consultar Richard Elllman (ver o rodapé anterior) que, na página 298, fala o que Svevo foi é aluno de inglês de Jim. Além disso, Joyce também foi professor da Berlitz School de Trieste. Parece que eu confundia coruja pelada na praia com com a cuja enfarpelada na Baía da Coruja... Dei umas espiadas aqui e ali e não encontrei referência a essas aulas de italiano. Aliás, duvido que Joyce tivesse dinheiro para pagá-las, o que, aliás, não impediria que algum de seus amigos e admiradores as ministrasse "de grátis". O que vi a respeito é que provavelmente ele já chegou à Itália com o domínio parlante da língua de Dante...
P.S.S. Depois da viajação, deu uma olhada neste site aqui e achei as viajações do próprio James Joyce:
Dia 02 de fevereiro de 1882 nasce James Joyce (1882 – 1941) em Dublin.
Depois de estudar num colégio jesuíta, muda-se para Paris em 1902 com a intenção de cursar medicina, mas vive como professor de língua e literatura inglesa.
Volta a Dublin em 1903 por causa da morte de sua mãe.
Em 1904, conhece Nora Barnacle, com quem se casa no mesmo ano.
Em 1905 muda-se com a esposa para Trieste, onde leciona na escola Berlitz de línguas e onde nascem seus filhos Giorgio (em 1905) e Lucia (1907).
Volta a Dublin em 1912. Em 1914 publica Dublinenses. Durante a Primeira Guerra Mundial, refugia-se em Zurique (Suíça).Muda-se para Paris em 1920, onde conhece Sylvia Beach (proprietária da livraria Shakespeare & Co.).Publica Ulisses em 1922 pela Shakespeare & Co. Em 1923, começa a ter um problema nos olhos que o acompanhará até o fim da vida.Começa a escrever Finnegans wake – que será publicado em 1939. Em 1940, vai para Zurique, onde morre em 13 de janeiro de 1941.
P.S.S. Depois da viajação, deu uma olhada neste site aqui e achei as viajações do próprio James Joyce:
Dia 02 de fevereiro de 1882 nasce James Joyce (1882 – 1941) em Dublin.
Depois de estudar num colégio jesuíta, muda-se para Paris em 1902 com a intenção de cursar medicina, mas vive como professor de língua e literatura inglesa.
Volta a Dublin em 1903 por causa da morte de sua mãe.
Em 1904, conhece Nora Barnacle, com quem se casa no mesmo ano.
Em 1905 muda-se com a esposa para Trieste, onde leciona na escola Berlitz de línguas e onde nascem seus filhos Giorgio (em 1905) e Lucia (1907).
Volta a Dublin em 1912. Em 1914 publica Dublinenses. Durante a Primeira Guerra Mundial, refugia-se em Zurique (Suíça).Muda-se para Paris em 1920, onde conhece Sylvia Beach (proprietária da livraria Shakespeare & Co.).Publica Ulisses em 1922 pela Shakespeare & Co. Em 1923, começa a ter um problema nos olhos que o acompanhará até o fim da vida.Começa a escrever Finnegans wake – que será publicado em 1939. Em 1940, vai para Zurique, onde morre em 13 de janeiro de 1941.
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