Querido diário:
Recebi o link de um texto extraordinário de Stephen Hawkins (em inglês, aqui) que vou reproduzir. Mas antes quero dizer que tenho sugerido que a esquerda brasileira deveria começar a pensar em um programa que a aproxime. A lista que já darei é aclamada por alguns amigos e reprovada por outros. Insisto nela e acho que os que a desaprovam devem buscar refinar sua argumentação, pois pode ser que -afinal- estejam certos. Ainda assim, vejo muito das ideias que estou propagando no que diz um dos maiores cérebros da humanidade (não é o meu, hehehe). Digo eu, pensando no Brasil:
.a luta pela implantação do governo mundial
.b voto universal, direto, facultativo, periódico e distrital
.c república parlamentarista.
.b voto universal, direto, facultativo, periódico e distrital
.c república parlamentarista.
Hawkins ainda fala na destruição do emprego, associando-a à desigualdade mundial, na explosão demográfica, na deterioração ambiental, tudo, tudo, tudinho. Eu entendo que uma solução é a renda básica universal (que controlaria a natalidade e a migração africanas e do restante dos pobres). E outra, para os trabalhadores ainda empregados e aos que perderam o emprego, digamos, nos últimos 10 anos, é reduzir a jornada de trabalho, aumentar o fim-de-semana, aumentar as férias remuneradas, forçar a entrada tardia no mercado de trabalho e incentivar a retirada precoce.
Um velho amigo, recentemente falecido, ensinou-me que a função do governo é gerar emprego, ao passo que a do setor privado é gerar lucro. Esta visão mudou minha própria visão e incorporei-a como a mais pura pérola da sabedoria humana. A ela associo a visão, mais geral, da harmonia entre as três esferas de agregação de preferências sociais: mercado-estado-comunidade. E todas têm virtudes e defeitos e como tal devem ser tratadas. Parece-me enorme arrogância daquele sr. Zamenhoff ter inventado uma língua para aproximar a humanidade. Erro grotesco precisamente do mesmo tamanho daqueles que acham que, de um dia para o outro, pode-se "implantar o socialismo", substituindo um sistema econômico que foi gestado pela humanidade em incontáveis gerações.
Descartar o socialismo não quer dizer descartar a ação do estado. Minha esquerda tem bem clara a distinção entre produção e provisão de bens públicos e de mérito. No primeiro caso, não vejo problema na provisão de serviços prisionais, com produção privada, por exemplo, e para polemizar. No caso dos bens de mérito, entramos na propaganda da educação e da saúde, ao que acrescento a previdência. Esta cada vez mais terá que responder pela crescente redução do emprego (e se o emprego vai aumentar ainda mais na China, os tratados comerciais deverão penalizar o dumping social daquela macacada).
Resumo: despesa pública regressiva e tributação progressiva. E, como dizemos ele e eu sobre as primeiras migrações, ou melhor, evasões da Terra, em poucos séculos, seremos felizes.
DdAB
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