Querido diário:
Não posso narrar com mais dor do que sinto em meu peito com o fechamento da FEE e de várias outras organizações da administração indireta do governo do Rio Grande do Sul. Falo da FEE como se fosse minha: meu primeiro emprego como economista, aliás, como estagiário que foi contratado assim que rolou a formatura, semanas depois do olímpico dia da quinzena final de outubro de 1972, quando a "equipe" (Cláudio Einloft, myself, Marilene Ludwig, Moema Kray e Rubens Soares de Lima) reuniu-se pela primeira vez, sob a coordenação de Rudi Braatz. Até 1987, quando se deu minha saída definitiva, que eu pedira demissão em 1977, voltando em 1981, fiz muita coisa lá dentro. E amigos eternos que hoje também choram este "malfeito" do governo estadual.
Não posso narrar com mais dor do que sinto em meu peito com o fechamento da FEE e de várias outras organizações da administração indireta do governo do Rio Grande do Sul. Falo da FEE como se fosse minha: meu primeiro emprego como economista, aliás, como estagiário que foi contratado assim que rolou a formatura, semanas depois do olímpico dia da quinzena final de outubro de 1972, quando a "equipe" (Cláudio Einloft, myself, Marilene Ludwig, Moema Kray e Rubens Soares de Lima) reuniu-se pela primeira vez, sob a coordenação de Rudi Braatz. Até 1987, quando se deu minha saída definitiva, que eu pedira demissão em 1977, voltando em 1981, fiz muita coisa lá dentro. E amigos eternos que hoje também choram este "malfeito" do governo estadual.
No mural de Maria Lúcia Leitão de Carvalho, dias atrás, havia um daqueles testes típicos do ambiente do Facebook. Estes testes deixam-me inquieto, mas às vezes não resisto e tento resolvê-los. Em particular, o que resolvi numa planilha LibreOffice/Excel, vai aqui como homenagem àquele grupo que cresceu vertiginosamente e gerou conhecimento e informação para uso das diferentes instâncias da vida societária do Rio Grande do Sul. A tarefa é colocar um número no lugar daquele ponto de interrogação. Na primeira tentativa, coloquei 96, quando já vira gente colocando 40. Mas tudo aquilo me levou a pensar que todos fizemos o salto indutivo criticado por David Hume. E finalizei dando um encaminhamento assemelhado àquele dado por Edmar Bacha e Lance Taylor na fábula do rei da Belíndia.
Nós, economistas, também éramos "tabeleiros", pois até as máquinas de calcular eram racionadas e precisávamos de papel para ir acumulando os cálculos. E tinha o folclore das tabelas enormes dos 232 municípios (eu disse '232'?, quanto cargo público desnecessário nessa ampliação para quase 500 de hoje) que eram tão mas tão grandes que eram chamadas de 'lençóis".
O que não sabíamos era que, vencida a ditadura militar, as ameaças "saneadoras" dos projetos reacionários locais iriam concretizar-se de modo letal. E, por falar em Belíndia, haverá algo mais "Índia" que esta administração estadual e, by the way, da federal? Já referi ter sido enganado por mestres e amigos que, no final de minha adolescência, acenavam com um país decente em minha vida adulta. Pois esta chegou e passou e passei a acenar "como pobre papagaio" a alunos e amigos com o desenvolvimento econômico. E, na velhice, entendi que eu também enganei-os, pois o que vivemos aqui não pode ser chamado de país desenvolvido, ao contrário. Vivemos na lama e não vejo saída para este país de desenvolvimento institucional precaríssimo.
DdAB
Responsáveis diretos pelo fechamento:
Carlos Búrigo, Cleber Benvegnú, Márcio Biolchi, assessores do governo sartori.
Nenhum comentário:
Postar um comentário