A palavra valor tem muitos significados. Na ciência econômica, considera-se que uma mercadoria tem valor quando, submetida ao processo de troca, recebe (dá o salto mortal) outra que lhe é equivalente. Em toda ciência econômica ou apenas em uma pequena fração dos segmentos heterodoxos? Acho que apenas na pequena fração...
E por que estou filosofando sobre valor?
.a. entre 4 e 14 de maio do ano passado, li o fascinante livro
ALCHIN, Nicholas (2003) Theory of knowledge. London: Hodder Murray.
ou seja, tal foi meu fascínio que praticamente parei de respirar até concluí-lo. E por que o comecei? Porque a profa. Brena Fernandez o indicou. Ela que tem o blog aqui e que está aqui. E que tem/os o trabalho disponível com um clique aqui.
.b. na p.258, temos a seguinte frase de Alchin dirigindo-se ao sistema marxista, com minha tradução:
Individualmente, temos reduzida capacidade de desenvolver os recursos materiais - apenas as comunidades e sociedades é que podem fazê-lo. Consequentemente, a riqueza criada neste processo pertence a toda a comunidade ou sociedade.
Tem muita coisa aqui. E por que pensei no valor? Claro que apenas existe valor na troca econômica, que é - por definição - abrigada pela vida social. Não existia troca entre Robinson Crusoé e o navio que lhe cedeu cordames, velames e barris de água potável. Nem mesmo entre Robinson e Sexta-Feira. E a renda básica universal? Todos têm direito a alguma fração deste valor, já que ele foi gerado em sociedade e esta, por definição, abarca todos os indivíduos, desde os bebezinhos, passando pelos loucos, velhos e até... políticos.
E como sabemos qual o montante de valor circulando pela sociedade? Eu e o Marx (estou isentando a profa. Brena, hehehe) pensamos que este é um múltiplo ou submúltiplo da quantidade de dinheiro que está sendo avalizada a cada instante pela vida societária.
DdAB
valor adicionado, riqueza produzida pela comunidade, riqueza produzida pela sociedade, apropriação da riqueza da sociedade.
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