Querido diário:
No futebol, aprendi que 1 x 2 é 1 para cá e dois para lá, ou seja, o time hospedeiro fez um gol e o time visitante fez dois, ganhou a parada. Ergo 2 x 1 dá a vitória ao hospedeiro. No cenário político brasileiro, temos três poderes (e eu recomendo substituir o judiciário por uma empresa júnior atrelada a alguma faculdade de direito suíça, norueguesa, sei lá, que iria administrar a justiça, com ganhos maiores do que o status quo). Quando há conflito entre dois deles, o terceiro é que deve tomar posição, seria esta a ideia.
Mas os legisladores de 1988 deixaram a perda de mandato por corrupção ou o que seja como responsabilidade de julgamento dos próprios pares. Li que é o artigo 55 da constituição. Nâo vou examinar com mais vagar. O que quero dizer é que, do jeito que contei, esta encrenca sobre se o tribunal que julga o mensalão vai cassar ou não três deputados federais acusados de ladroagem deveria ser vencida com dois votos pela cassação e um voto pelo "liberô geral". Se não cassar, não cassou, se cassar, significa que o executivo (por meio da negadinha que iniciou o processo do mensalão e conseguiu processar até políticos em exercício de mandato) e o judiciário têm uma posição. E quem seria o legislativo para vencer o jogo por 1 x 2? No Brasil?
DdAB
As imagens vêm daqui. Uma aula (a que assisti) sobre como tocar reco-reco está aqui. Não é tudo um carnavalão mesmo? Não podemos esquecer que quem deveria ter processado toda essa macacada envolvida na corrupção do mensalão seria mesmo o poder legislativo. Nâo o fez, o executivo tomou conta e remeteu ao judiciário, pois parece que seria arbitrário parar simplesmente de pagar os réprobos (se réprobos houvesse). Emoção po emoção, vai um hai-kai:
Afinal, quem é o maioral,
o reco-reco de madeira
ou o instrumento de metal?
(Atualizado às 11h35min de 20/dez/2012)
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