18 maio, 2009
Roubado do Paraguai
Querido Diário:
Para falar em canções populares, digo "Ando meio desligado", ou melhor, ando ligado em outras paragens. Voltarei, tornerò, in due time, si pudiera. Por enquanto, penso em Henri Theil e seus asseclas. Seja como for, no outro dia, escrevi uma cartinha para Humberto Trezzi, o colunista de "Sua Segurança" do jornal you-know-the-name. Hoje, a Zero Herra, na p.4-5 tem reportagem sobre o roubo de veículos, clonagem, e sua circulação entre o Brasil e o Paraguai.
Por que citei o cancioneiro popular? Porque procurei "roubando do paraguai" no Mr. Google Images e veio o que vemos acima. Sei que Jacarepaguá, festejado bairro do Rio de Janeiro, foi homenageado com os versos:
É hoje que eu vou me acabar
Com chuva ou sem chuva eu vou para lá
Eu vou, eu vou para Jacarepaguá
Mulher é mato e eu preciso me arrumar.
Indaguei que papo é este de "mulher é mato" e por que o indivíduo que hoje vai-se acabar deseja fazê-lo justamente em Jacarepaguá e não, por exemplo, nas margens do Rio Paraguai. Ou de qualquer outro canto já portador de coordenadas no Mr. Google Maps. Resposta: é que Jacarepaguá hospeda um dos mais hospedeiros hospícios da Cidade Maravilhosa. Bem, eleições para o Departamento de Enfermagem? Só pode ser num azzillo mwyto louko, o.s.l.t. (do filme e de Machado de Assis, lembramos?). Ou para escolher o paraninfo da formatura do Jardim da Infância Sol nas Almas, momento em que as criancinhas de quatro aninhos foram aconchavadas pela representante de um Sr. Traficante de Drogas, e elegeram-no como padrinho.
Eu dissera que criança, criminoso e louco não pode votar. Representante de criminoso aconchavando votos de crianças só pode ser louca. Segui a indagar-me se não seria ela a candidata a Presidente dos Enfermeiros do tal azzillo. Pouco ou nada disto direi em minha carta eventual ao Jornalista Trezzi. O que lhe quero dizer é mais prosaico: uma boa razão para o vai-vem de viaturas ilegais pela Ponte da Amizade e por outras vias fraternas é também carregá-las com mercadorias ilegais. Como sabemos, nem toda a mercadoria ilegal é imoral ou engordante, mas acalento suspeitas de que, no caso do contrabando, o problema são os bens de demérito, pois os meritórios deveriam estar isentos, de qualquer jeito, de qualquer ônus alfandegário.
abraços
DdAB
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