Querido Diário:
Encaminho-me para terminar a leitura de "Israel em Abril", de Érico Veríssimo, um livro de viagens de 1966, o.s.l.t. À p.37, ele diz algo que levou-me a pensar em algo parecido, na linha dos questionários que andei respondendo na concorrida cidade de Jaguari, entre 13 e 14 de idade.
.a. que livros escrevi
E ainda faltou o que também editei, a exemplo deste acima, de Técnicas de Pesquisa, nomeadamente, Reflexos da reestruturação produtiva mundial sobre a economia do Rio Grande do Sul. E falta o que encontra-se "no prelo": Contabilidade Social, do qual também sou editor, associado a Vladimir Lautert e dois editores associados, David Pedroso Correa e Arlei Fachinello.
Depois, ele -Érico- falou em países que visitou. Pensei em myself, listando pelo que lembro ser a ordem cronológica das visitas. Paraguai, Uruguai, Argentina, Inglaterra, França, Espanha, Portugal, Estados Unidos, Alemanha, Áustria, Bélgica. Não vejo manifestações do Sr. Myself de interesse em visitar milhares de outros países, exceto o Canadá. E voltar aos países vizinhos da fronteira gaúcha.
Por fim, decidi informar quais meus autores prediletos. Escrevi na hora, o que contradiz outras postagens, contradiz, não, complementa... Talvez alguma ordem alfabética, os entre aspas sendo autores que li e gostei e agora não tenho mais o menor interesse em reler. Monteiro Lobato, (Jorge Amado), Malba Tahan, Graciliano Ramos, Francis Scott FitzGerald, Science Fiction em geral e Isaac Azimov, Lulizinha, SuperMan, Asterix, e por aí vai.
DdAB
3 comentários:
Enquanto isso ...
Bandoneón
(M. Benedetti - 1920/2009)
me jode confesarlo
pero la vida es también un bandoneón
hay quien sostiene que lo toca dios
pero yo estoy seguro que es troilo
ya que dios apenas toca el arpa
y mal
fuere quien fuere lo cierto es
que nos estira en un solo ademán purísimo
y luego nos reduce de a poco a casi nada
y claro nos arranca confesiones
quejas que son clamores
vértebras de alegría
esperanzas que vuelven
como los hijos pródigos
y sobre todo como los estribillos
me jode confesarlo
porque lo cierto es que hoy en día
pocos
quieren ser tango
la natural tendencia
es a ser rumba o mambo o chachachá
o merengue o bolero o tal vez casino
en último caso valsecito o milonga
pasodoble jamás
pero cuando dios o pichuco o quien sea
toma entre sus manos la vida bandoneón
y le sugiere que llore o regocije
uno siente el tremendo decoro de ser tango
y se deja cantar y ni se acuerda
que allá espera
el estuche.
Caro Sr. Ellahe:
Pensei e pensei e decidi transcrever o que acabo de ler:
"Eu canto porque o instante existe
e a minha vida esta completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.
Mário Quintana? Tudo escritinho nas estrelas, no infinito?
DdAB
Estimado Prof. Berni: é curioso que, entre tantos esfoços de conexão com a vida quotidiana, aflore esse chamado da poesia. Poeta chama poeta, então escrevo o que me ocorre:
"Uma parte de mim é todo mundo
Outra parte é ninguém
- fundo sem fundo
Uma parte de mim é multidão
Outra parte, estranheza e solidão
Uma parte de mim pesa, pondera
Outra parte delira
Uma parte de mim almoça e janta
Outra se espanta
Uma parte de mim é permanente
Outra parte se sabe de repente
Uma parte de mim é só vertigem
Outra parte, linguagem
Resumir uma parte noutra parte
é uma questão de vida ou morte
- será arte?"
É de Ferreira Gullar, como o Sr. sabe. Gostaria que fosse minha. Gostaria de cantá-la com Fagner me acompanhando ao violão. Sem isso, não dá pra dizer que "minha vida está completa".
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