22 novembro, 2019

Bolsonaro e a Eleição sem Lula


O Brasil dividiu-se novamente, 210 milhões de juristas, ou um pouco menos, com a negadinha do supremo tribunal julgando se a constituição manda pra cadeia ou, ao contrário, se Moro e seus miquinhos amestrados é que inventaram a prisão em segunda instância.

Eu mesmo já falei isto, todo mundo já falou isto. Além de botar Lula na cadeia, Sérgio Moro, na condição de juiz, divulgou a delação de Antonio Palocci, em que a menos de uma semana da eleição, caguetava o presidente Lula, já no xilindró em Curitiba.

Uma semana atrás, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que não estaria onde está agora se o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, não tivesse cumprido bem a missão quando era juiz responsável pela operação Lava Jato. Segundo o presidente, que fez discurso ao lado do ministro durante cerimônia de formatura de novas turmas da Polícia Federal, parte do que acontece na política brasileira atualmente se deve a Moro.

Bolsonaro não citou nenhuma ação específica julgada por Moro enquanto esteve à frente da Operação Lava Jato. No entanto, Moro foi o responsável por condenar em primeira instância o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que era líder das pesquisas eleitorais antes de ser proibido de disputar a eleição do ano passado devido à Lei da Ficha Limpa. Depois, nas antevésperas do segundo turno da eleição, liberou a delação premiada do velho Antônio Palocci, um trânsfuga que incriminava seus antigos aliados.

E a notícia da semana é que começam os trâmites para a criação do novo partido em que Bolsonaro pretende se abrigar, para controlar tudo, inclusive os dinheiros que não lhe foram outorgados pelo seu PSL. Aliança pelo Brasil: nunca esquecerei que Fernando Henrique Cardoso, no tempo em que era apenas um professor talentoso, chamou a atenção para aquela Aliança Renovadora Nacional. Denunciou-a por ter o nome errado, pois aliança une dois ou mais partidos, nunca seria o nome de um deles. Bolsonaro, como fugiu da escola, nunca ouviu falar em ciência política, filosofia política, economia política e, enquanto tal, teoria da escolha pública.

DdAB

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