28 dezembro, 2015

Tit-for-tat e Elis Regina


Querido diário:

Volta e meia, retorna-me à mente o modelo Tit-for-tat, criado para tentar explicar o surgimento da cooperação entre agentes auto-interessados. Em outras palavras, o que ocorre se dois prisioneiros 'jogam' diversas partidas. Todos sabemos que, sempre que cairmos em um dilema de prisioneiro, a solução racional é trairmos nosso/a parceiro/a. Neste mundo de Tit-for-tat, se os dois prisioneiros são presos repetidamente, surge a estratégia de cada um cooperar se o outro cooperou na rodada prévia.

Mas o próprio Tit-for-tat recomenda: se você foi traído, vingue-se. A cada olho arrancado, arranque um do oponente (mas, notate bene, apenas um). E que faz o prisioneiro traído? Ele, na jogada seguinte, trai. E o que acaba de ser traído? Trai. E assim por diante. Uma sequência de 'bicadas' que culmina por tirar de campo ambos os prisioneiros. E daí? Tenho percebido gente fazendo associações da economia/política brasileira com um Fla-Flu ou Gre-Nal. E entendo que é necessário o comparecimento de uma força estranha a estes contornos tit-for-tateanos, de sorte a se remover o Brasil deste impasse.

Seria oportuno pensarmos em um governo de união nacional. Mas, mas, mas. Parece que não vai surgir tão cedo. Também tenho pensado que uma pessoa como Elis Regina, que praticamente fundou a MPB, é que seria capaz de iniciar o passo adiante.

DdAB
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