Querido diário:
Como sabem aqueles que acompanham as obras psicografadas por Karl Heinrich Nietszche, retransmitidas por Chico Xavier e avalizadas pelos antagonistas do impeachment da presidenta Dilma, existem dois -e apenas dois- meios de alguém assenhorear-se da realidade objetiva da concretude de tangencialidade do mundo mundano. A primeira -que não nega a segunda- é assumir que a macacada votou errado: queria a reencarnação de Eduardo Campos e ingeriu uma garrafa de caninha Pitu inteirinha. De dua parte, a segunda é mais consentânea com a ineficiência do sistema judiciário nacional (morosidade = impunidade) e se socorre da impunidade que cercou a adição de soda cáustica na caninha Tremapé e levou os correlatos do chefe substituto do departamento de pessoal a ganhar a loto ("fazer os 13 furos", como se dizia então). E gastar 98% desta cifra "em bobagens", como declarou ao delegado o amigo da vítima, depois de mais uns arroubos machistas, dizer-lhe uns desaforos. Por mediunidade, o delegado encerrou seu parecer com as seguintes sentenças: "dar golpe em 1964, impedir Collor ou tentar impedir Dilma é fria. Da mesma forma que aquele plebiscito sobre a volta da monarquia, a proscrição do uso de armas, e tudo o mais, tudo isso é fria, é roubar tempo, é lavrar um tento, é roubar um tambo, é marcar um tímpano, é ouvir um timbre."
De tudo isto, tirei apenas uma lição: delírio por delírio, sou contra o delírio do impeachment de Dilma. E contra o governo. Diferentemente de Luciana Genro, porém, quero que as eleições sejam mesmo em 2018 e, até, lá, a sociedade discuta política, formando nova assembleia nacional constituinte. A pressa é inimiga da perfeição: precisamos esperar que a coragem da garota da foto permita-lhe desenvolver-se e liderar a construção do Brasil decente.
DdAB
Postagem espelhada do Facebook. A imagem é daqui e foi recortada por mim.
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