Querido diário:
Meu ponto é que a repercussão das notícias da imprensa em outros órgãos de imprensa é "são os mesmos", até fazê-lo tornar-se um assunto destacado. Penso que se anteontem não houve declarações mais escabeladas da direita ou da esquerda:
-enforque-se o último burguês nas tripas do último padre
- enforque-se o último padre comunista com as cordas do violão do recentemente finado ad hoc do músico de protesto.
São pontos de vista respeitáveis, admito, mas o melhor mesmo é fazer o que aprendi com FHC e já falei neste blog: o totalitário quer destruir o inimigo, ao passo que o democrata quer atrair o inimigo para seu lado. E tem mais, naquela campanha presidencial admirável de 1989, Lula sempre falou em seus antagonistas não como inimigos mas como 'adversários". Acho que foi o Frei Beto que cantou esta pedra.
E que dizer de Aécio Neves? Nunca se conformou em ter perdido a eleição, com um programa que cheguei a sugerir ser tão parecido com o da eleita que, tibiamente, andei designando aquela encrenca toda como chapa Dilma-Aécio (onde? aqui). Mas teria uma diferença importante: a questão das privatizações.
Para mim, ainda falarei mais sobre o tema, pois tenho-o como um punhal cravado em meu coraçãozinho igualitarista, privatização num país com uma distribuição da renda escandalosa, significa dar a propriedade dos ativos estatais aos ricos. Já pensou se aquele casalzinho de empregada doméstica e motorista de ônibus compram o Banco do Brasil? Com que roupa?
Tanto se falou, Aécio falou, em impeachment de Dilma que a turma dos sem noção passou a gostar do tema e hoje ele virou a grande pegada do estilo programa de auditório da política brasileira.
DdAB
Alguém aí lembra de quem é esta foto? Eu a chamo de "Men on a Wire", em homenagem àquele lindo filme chamado de "Bird on a Wire". E parece que, no Brasil contemporâneo, (e no antigo e no futuro próximo) estamos todos - homens e mulheres - na corda bamba.
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