10 outubro, 2015
Como Fazer Amigos...
Querido diário:
No outro dia, por erro de manipulação, por ser novato no Facebook, levei amigos a pensar que eu estava me casando, que me casara no início de outubro. É que eu estava aparecendo como solteiro, ou algo assemelhado, e isto causou certa confusão e apreensão da parte de meus familiares: teria eu sido despachado por quem de direito?
E ainda no outro dia, o jornal Zero Hora, que leio com exação, publicou a seguinte piada: um homem e uma mulher encontram-se virtualmente num chat e decidem um encontro real. Não se gostam, a garota vai ao banheiro, o carinha pede ao garçom para ligar para seu número telefônico escondido. A garota volta do banheiro, o garçom toca o telefone, o valente diz para a garota que morreu-lhe a avó. E a garota comenta: "Que sorte, pois -em mais alguns minutos- seria a minha que iria morrer."
Pois comovo-me com este tipo de história e fiquei imaginando o incentivo e a tecnologia para esse não-casal voltar a investir no afeto, no carinho, no amor ou na amizade e criei o seguinte:
CÓDIGO DE AÇÃO NO CHAT
.1. Ação: se achas um/a cara interessante, propões um chat (no próprio Face?, em sites especializados?), dizendo coisas do seguinte estilo:
.a. gosto de teu nome
.b. gosto de teu sobrenome
.c. gosto de teus óculos
.d. gosto de teu sorriso
.e. [para santarrões:] gosto de teu escapulário
.f. teu sobrenome evocou-me um personagem de Machado de Assis [e com isto abrem-se as portas da literatura universal, com milhões de nomes e sobrenomes. Não recomendo o médico Simão Bacamarte, de "O Alienista"...]
.g. evocação de nomes e sobrenomes de pintores, escultores, cientistas, amigos, parentes, etc.
.h. pareces um amigo de infância que não vejo há muitos anos.
.i. "não fomos colegas no Julinho [na faculdade, na academia, no show de Nenhum de Nós, no ônibus Glória, na Churrascaria Parrilla del Sur"?
.j. os nove itens acima não se restringem a nove estratégias, mas a mais de um bilhão delas, praticamente uma para cada chinês/a.
A evidência da eficácia do estilo é a verdadeira infinidade de casais já formados, outros em formação e os milhares de bebês que sobrevieram ao chat.
DdAB
Imagem daqui. Trata-se de uma pintura de William Baumol intitulada Sistina 4. A propriedade, pelo que imagino, é daquela galeria. E por que Baumol? Ainda falo mais nele, mas por ora é para botar pressão na turma que distribui o Prêmio Nobel de Economia (ver o blog do Leonardo aqui).
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