18 outubro, 2015
Desigualdade Ainda Ontem
Querido diário:
Pois bem, chegou o horário de verão. Em compensação, o blog de Leonardo Monasterio (aqui) enviou-me para o local de onde recolhi a imagem acima.
Que diz ali? Magnifique a imagem e verá. Os 1% mais ricos do Brasil detêm 25% da renda brasileira, elevando-se o estonteante percentual para 54% quando passamos a falar dos 10% mais ricos (dados de 2012, ontem, para padrões interestelares). Sempre digo que não conheço praticamente ninguém abaixo destes 10% ou, se conheço, deixo por desconhecidos os que se situam abaixo dos 20%. Talvez conheça algum mendigo, algo assim. Mas o resultado é que "sou da classe alta" e mantenho relações apenas com assemelhados.
E tem gente que é contra a bolsa família e não é contra a renda básica, pois nem sabe que ela poderia amenizar a desigualdade local.
Será que precisa redistribuir renda no país? Se algum dia criarmos um partido que decida assumir esta missão, vou dizer-lhes:
.a. aumentem o gasto público com saúde, educação, essas coisas manjadas
.b. aumentem o imposto de renda.
E será que com estas duas legendas, nosso partido não seria natimorto?
DdAB
P.S. E você, onde anda? Diga-me, sabendo que naquela fonte a desses 1% de ricaços é igual ou superior a R$ 18,5 mil mensais (em 12 parcelas perfazendo R$ 223 mil no ano).
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3 comentários:
sempre fui de classe alta, seria um exagero, mas o fui, na maior parte da vida, sou, contudo, tive e tenho muitos em situação abaixo da linha dos 20% ou mais, o que sempre me constrangeu, saber que um ou dois, muitos e vários estão ainda pior, são. Dito isso, meu partido, o que sou e serei, por não mudar muito, eu, não ele, será a favor das duas cláusulas, e se não for, mudarei eu, mais uma vez, a última, creio. Abraço, entre vírgulas e sem reticências, do s.
Sábio Filósofo!
Grato pelo comentário. Também eu já mudei tanto. Nasci MDB, migrei ao PMDB, demorei a apoiar o PT. No segundo dia do Governo Lula já vi colegas inquietos (seria com o ministério, para começar). Dois meses depois, no escândalo Valdomiro Diniz, ficou-se mais fragilizado. Mas veio a bolsa família. Mas vieram mais desilusões. No caso, a incapacidade de transformar este mecanismo em renda básica. Criar mais partidos? Quando penso nos 40 existentes, tenho ímpetos é de puxar minha garrafa de cachaça. Jurei não esperar nada do Brasil por dez anos. Mas não consigo cumprir. Quanto mais envelheço, mais espero dos jovens, de seu gene da mudança. O assunto está longe de acabar, reticências.
DdAB
Tem mais uma, Anaximandros. Às vezes penso que, melhor que um partido político, é sermos todo-poderosos e criar um grupo de imprensa, rádio, TV, cinema, jornal, revista, que mais?
DdAB
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