Querido diário:
De acordo com meu banco de dados, o país de menor renda per capita do planeta é a República Democrática do Congo, com US$ 400 (PPP). A participação de seu setor serviços no PIB é de 33,1%, contrastando com os 79,7% da economia dos Estados Unidos. Caso o Congo também gastasse mais, digamos, em educação, saúde, água e saneamento, elevando seu terciário às mesmas proporções do americano, isto levaria sua renda per capita para US$ 1,318.2 (PPP), postando-lhe um aumento substantivo naquela renda per capita abaixo do nível de subsistência mesmo para o caso de um índice de Gini igual a zero.
Claro que há linkages na economia congolesa, não é mesmo? Não se produz água potável ou esgoto sem insumos, mas basicamente, no caso em que o governo force o centro de gravidade do gasto para, por exemplo, a educação, seu tíbio esforço estará semeando o futuro. O que me inquieta é que, por exemplo, se houvesse um imposto de Tobin (sobre finanças internacionais), aportando US$ a cada congolês, fazendo-lhe verdadeiramente este dinheirinho chegar-lhes às mãos, haveria uma mudança tão espantosa que nem poderíamos acreditar!
DdAB
Imagem: aqui, população confere com estes estonteantes 75 milhões. E fiquei a indagar-me de que bacano é a foto daquele 1355 da, adivinho, Societé Nationale des Chemins de Fer, un nom belgique, se bem julgo.
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