Prossseguem no jornal e na TV os espantados com a decisão de José Genoíno de tomar posse como deputado federal, suplente que era do PT, cujo titular garrou uma prefeitura. Até o governador Olívio Dutra considera que teria sido mais sensato Genoíno renunciar ao mandato.
Claro que vemos em ação a lógica da ação do indivíduo diferindo da lógica que move os atos do cidadão. Esta questão entre ética e moral e o que é melhor para quem quer que seja é tíbia. É de natureza pessoal, o que a impede de receber foro público.
O que poderia ser feito? Algúem que, sentindo-se prejudicado, recorresse precisamente ao tribunal que condenou o cara. Ninguém recorreu? Talvez nem precisasse mesmo ser o tribunal, pois talvez um embargo na própria câmara dos deputados poderia fazer o serviço, sei lá, que de mumunhas jurídicas fujo como um político à ética e à moral.
Mas, seja como for, o cara foi condenado. Está condenado. Mas a condenação não vale, poiso judiciário está em férias, algo assim. Então o "transitar em julgado" terá que esperar. A morosidade do judiciário é que é o vilão desta chance que deram ao Genoíno de exercitar um pensamento altruísta e ele fracassou.
O cordão dos puxa-sacos é que dificultam as coisas. Parece que o próprio supremo já se comporta como um programa de auditório, sendo boa parte das questões resolvidas por escores de 6x5. Mas também parece que nestas querelas políticas não interessam conceitos como ética, moral, bem comum, ou melhor, o entendimento das pessoas é que muda de acordo com seus anseios. Desejos determimam crenças com a mesma intensidade que, em outros casos, talvez a maioria, as crenças é que determinem nossos desejos. Eu creio que me sentiria bem num cargo daqueles, o que me faz desejá-lo.
DdAB
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