Querido diário:
Ontem vi o filme "No" (aqui). Adorei aquela visão do publicitário René de Cervantes Saavedra, ok, ok, não chegava a tanto, mas que era genial lá isto era. Se tudo entendi nos trinques, ele fora criado fora do Chile -se me não torno ambíguo. Como tal, não tinha aquele ranço dos que sofreram nas mãos de um dos mais cruéis e desavergonhados ditadores do subcontinente.
O mote para o "marketing eleitoral" era contar com a alegria dos homens. Contar que eles poderiam jogar para o futuro as preocupações: mudanças incrementais e sucessivas, o que se obtém apenas com a democracia. E, aliás, nem sempre, como é o caso das ditaduras venezuelanas e o atual sofrimento institucional vivido pelo país dividido, com o presidente num hospital cubano. Fingindo-se de vivo, é o que dizem...
Não ficou bem claro para mim, a memória não ajuda, o que foi feito da lei da anistia criada pelo velho Pinochet. Na linha do Movimento pela Anistia aos Ladrões Estrela (MAL*) e minha posição sobre o revanchismo de uma negadinha que quer, porque quer, punição à milicada envolvida na tortura daqueles chamados anos de chumbo, penso que o importante não é vingar o passado mas pavimentar o futuro. Não implico que se deva esquecer, claro. Apenas que a questão central brasileira contemporânea está muito longe de punir réprobos que não estão envolvidos com o roubo presente (hoje mesmo) do patrimônio social.
DdAB
Campeei esta imagem ao digitar "alegria" no Google Images (aqui). Meus ancestrais é que ficariam satisfeitos com o site que apareceu. Diriam mais: não foi por acaso! E quem sou eu para desdizê-los? Dizer que não há acaso? Dizer que há?
P.S.: claro que, para mim, "no más" não é mais que frase de crupier do cassino de Montevidéu.
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