querido diário:
um país desigual tem das suas comicidades. dias atrás, como sabemos, o senador Aécio Neves foi flagrado (termo de página policial), carregando a suspeita de carregar uma dose excessiva de álcool no sangue. contrabando. instado a fazer o uso do aparelho conhecido nas rodas do crime como bafômetro, ele houve-se por bem recusar-se, sob a alegação de que poderia pagar aquela merreca de multa que não chega a dois salários mínimos. alegação minha, diga-se a bem da verdade. um pândego esse senador, como sou levado crer, inclusive por causa de algumas incriminações que lhe fizeram -também dizem-me- num dossiê associado à candidatura de José Serra à presidência da república no ano passado. Aecinho, como é chamado, ganha dezenas de vezes mais do que esses dois ambicionados por 80% dos brasileiros salários-mínimos, de sorte que, para ele, a multa não tem qualquer poder de "penalizar". dá pena ver um país com tal grau de desigualdade.
pois não é que é no caso do jogador Romário que vemos um caso idêntico? também convidado a dar à sociedade conhecimento de seu estado etílico ao dirigir veículo automotor. também recusou-se, também levou esses dois salários mínimos de multa.
provavelmente ambos serão reeleitos. Aécio pode ser candidato a presidente da república e, claro, Romário poderá ser seu vice. and i love you so, cantou frank, dirigindo-se ao brésil.
DdAB
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