30 março, 2019

Eu e Marx sobre o "Plusvalor" (e Brody e até Walras)

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Saberei eu dizer como é que vim parar neste artigo aqui?

La “Nueva Solución” al problema de la transformación: Una crítica solidaria * Fred Moseley ** Traducido por A. Sebastián Hdez. Solorza. [E disponível aqui]

Pois Moseley diz:

Marx le escribió a Engels en 1868 (es decir, después de la publicación del Volumen 1 en 1867 y después de escribir el borrador del Volumen 3 en 1864-65), que consideró su análisis de la cantidad total de plusvalor previo a su división en partes individuales uno de los tres aspectos 'fundamentalmente nuevos' de El Capital: 

   'En contraste con toda la economía política previa, que desde los mismos inicios trata los diferentes fragmentos del plusvalor con sus formas fijas de renta, ganancia e interés como previamente dados, yo primero trato con la forma general del plusvalor en la que todos estos fragmentos aun están indiferenciados – como solución por decirlo de alguna manera.' (Marx y Engels 1975: 186, énfasis añadido, ver también 180 y Marx, 1963: 40 y 92). [e eu coloquei o itálico de acordo com meu PDF]

Sorprendentemente en contraste a esto, la interpretación Sraffiana de la teoría de Marx asume esencialmente el orden de determinación opuesto entre magnitudes agregadas y magnitudes individuales. En lugar de la determinación previa de las magnitudes agregadas, la interpretación Sraffiana asume la determinación previa de magnitudes individuales. En la interpretación Sraffiana, así como en la teoría de producción lineal en
general, las magnitudes agregadas, en general no tienen un rol esencial. Las variables que se determinan en la teoría son los precios de las mercancías individuales y la tasa de ganancia. La tasa de ganancia no se determina por el cociente entre plusvalor total y capital total invertido, sino al contrario se determina simultáneamente con los precios como solución a un sistema de ecuaciones simultáneas. Si uno quisiera definir y determinar las
variables agregadas, tales como el precio total y el plusvalor total (o ganancia) con base en esta teoría, entonces uno podría hacerlo multiplicando tantas veces el precio por la cantidad producida como industrias hubiera y después sumando estos totales por industria. En otras palabras, los agregados totales estarían determinados por la suma de sus partes individuales, que es lo opuesto al método de Marx con la determinación previa de las
magnitudes agregadas.

Primeiro e mais breve: aprendi na faculdade e passei a vida ensinando e até publicando haver quatro fatores de produção (na realidade, publiquei haver quatro locatários de fatores de produção) e que recebem remunerações chamadas de salários, aluguéis, lucros e juros (pra citar na mesma ordem da obra prima de 1867, antecipando-a pelos salários). Ou seja, uma coisa é dizer que, digamos, o lucro é determinado antes dos, digamos, juros, o que não faço. E outra bem diferente é dizer que não podemos aproveitar alguma coisa aprendida na faculdade, especialmente aquela por mim ensinada (e publicada). Como sabemos, minha formulação mais radical é que o valor adicionado (seria lá o capital variável mais plusvalor lá dele, deles, nossas quatro remunerações) é uma função da população. Ok, não nego que sem trabalho não há nem produção nem valor, mas é que fiz uma correlação entre a renda per capita dos diferentes países como função da população e achei r^2 = 0,63, ou seja, as variações na população em meu cross section de 181 países explicam as variações em suas rendas per capita (aqui). Claro que Marx ficaria entusiasmado com as implicações políticas para a sociedade igualitária destes achados.

Segundo: indo mais diretamente ao espírito do texto do Moseley e da citação que ele recolheu d'O Capital, especificamente no que diz respeito à forma de acordo com a qual surge a mais valia: se primeiro surge o total e depois é distribuído ou, ao contrário, se primeiro surge, digamos, o salário (na luta entre trabalhadores e capitalistas) e depois o lucro (na luta entre capitalistas), e assim por diante... Para mim é óbvio que primeiro surge tudo, pois, sem população, não tem valor adicionado nenhum, não tem exploração, não tem bíblias nem garrafas de cachaça (para brincar com uma irreverência do capítulo 1). E, depois de ver os preços relativos determinados pela concorrência (Walras), trata-se de sua distribuição de acordo com os afamados preços de produção (que, na linguagem de András Bródy, nada mais são do que as proporções que dão título a seu livro).

Confesso não ser lá tão versado na economia sraffiana e, assim, nada vou falar além desses meus dois pontos.

DdAB
E a imagem veio daqui. By the way, eu nunca disse, pelo menos não recentemente, ser marxista. A rigor sou um baita dum eclético. Costumo dizer que, para mim é tão difícil aprender o que quer que seja que, quando o faço, nunca mais esqueço e procuro integrar no resto do que já, com esforços sobre-humanos, aprendi.

P.S. E olha que o Moseley fala em micro e macro: "tanto en el análisis macro del plusvalor en el Volumen 1 como en el análisis micro de precios de producción del Volumen 3".

P.S.S. E ainda tem soberania monetária no conceito de Wassili Leontief de quantidades monetárias, que nada mais são do que valores a preços correntes das mercadorias.

25 março, 2019

Racionalidade, Equilíbrio, Socialismo, Trocas e Dinheiro

Você conhece raças de gado bovino? - Canal Rural
(naquele tempo o gado (pecus), 
daí a pecúnia, era usado como proto-dinheiro)

abcz seguir no "Dinheiro e Troca"


Quem sou eu
Tudo começou quando me dei conta de que odeio a teoria da grande conspiração. E parti para a prática daquele dito que se atribui a Allan Kardec: é preferível negar 10 verdades a aceitar uma mentira. Hoje qualquer notícia que não se insere no modelo portmanteau que me anda pela cabeça, já vou tachando logo de grande conspiração. Por exemplo, que são os judeus ou os banqueiros que desejam a miséria da Nigéria.

Ao ler

ALCHIN, Nicholas (2003) Theory of knowledge. London: Hodder Murray.

aprendi um sentido mais cotidiano da expressão "concepção de mundo". Esta, como talvez eu nunca tenha revelado, veio a meu conhecimento por meio de um livro de Roger Garaudy, um marxista (que, parece, virou católico) muito popular, digamos, nos anos 1960. Só que, francesamente, muito menos cotidiana. Alchin (página 181) fala em "padigma moderno", constando de cinco itens:

a) seres humanos são acidentes evolucionários
b) a humanidade é um dos bilhões de espécies biológicas
c) não existe Deus
d) não há um propósito para a vida
e) não há um caminho para se alcançar a verdade.

No contexto daquelas páginas, tomei a liberdade de falar numa escalada das lições que a modéstia  trouxe ao ser humano:

a) a Terra não é o centro do Universo
b) o homem é um primo do chimpanzé
c) o universo conhecido é apenas uma das manifestações de incontáveis outros formadores da transa Universo, a julgar pela asserção de que ele é constituído em cerca de 30% de matéria escura, ou seja, um componente de que pouco ou nada se sabe.

Encorajado com esta lição de modéstia, dialeticamente, pensei em minha "concepção de mundo":

a) o ser humano é um acidente evolucionário
b) o ser humano é gregário
c) o ser humano é livre
d) o ser humano é proprietário
e) o ser humano não gosta de desigualdade.

Por que valorizo o conceito de equilíbrio para a construção da teoria econômica
Meu papel de fundador (modéstia à parte) da escola neo-heterodoxa levou-me a estudar algumas teorias da economia marxista e, nesta condição, entendo que a lei fundamental do capitalismo é a lei da concorrência. Sem concorrência, não haveria lei do valor. Ao mesmo tempo, sem a existência de equilíbrio na formulação do modelo (esquema, como falei no outro dia), obviamente a lei do valor não teria sentido. Com efeito, é exatamente no momento em que os trabalhos sociais dos diferentes setores realizam-se na produção das mercadorias e estas são vendidas que o valor é reconhecido. Trata-se do momento em que a mercadoria dá, no dizer de Marx, seu "salto mortal". Aliás, se a mercadoria não for vendida, nem terá usado trabalho social nem terá qualquer valor. Quer dizer, sem o conceito de equilíbrio, sem a igualdade entre oferta e procura, não haveria uma lei do valor em funcionamento.
E aí, como é que se explicariam os preços das mercadorias? Volta a dialética: a explicação pura da iteração entre oferta e demanda para os preços das mercadorias é, sabidamente, vulgar. Ao mesmo tempo, intermediada pela lei do valor, é essa iteração entre oferta e procura que dá sentido às variações menos erráticas dos preços. Mas agora a lei da oferta e da procura abriga-se em nova roupagem. Não estaremos falando em oferta e procura de bens e serviços, mas de oferta e demanda de (força de) trabalho. Querendo dizer que a ação da lei do valor, dado o nível de emprego dos trabalhadores, encarrega-se de nivelar as necessidades e disponibilidades de mão-de-obra para produzir, ao menor custo possível o que a sociedade necessita. Se tem gente trabalhando demais, haverá excesso de oferta dos bens e serviços e os preços vão cair. E se tem gente trabalhando de menos é sinal de que há escassez de um conjunto de mercadorias, pois há escassez de trabalho social devotado à produção desse conjunto.

O Postulado da Racionalidade sem Melindres 
Sobre o postulado da racionalidade: "A razão é serva das paixões", conforme David Hume. Talvez por isso é que o capitalismo tenha alcançado tanto sucesso nos últimos três ou quatro séculos. Sua lei de funcionamento fundamental, a saber, a lei da concorrência, induz as empresas a se tornarem inovadoras ou - o que tem os mesmos e nefastos efeitos sobre o emprego - os imitadores. Ou seja, a empresa que se descuida da ação racional de minimização de custos vai à falência, com perda de capitais, novos donos, novas práticas gerenciais e nova lucratividade.

Mesmo em concorrência monopolística, mesmo trabalhando de graça, o pequeno empresário é forçado a ater-se a comportamentos racionais, minimizadores de custos. Obviamente não estou dizendo que o capitalismo é ou não racional, perspectiva antropocêntrica muito do fora-da-moda. Usar sua racionalidade é um atributo humano, aliás, negado por muitos pensadores contemporâneos da ciência econômica. Em boa medida, podemos refrasear o que acaba de ser dito como um atributo do capitalismo que requer de seus agentes produtores. Naturalmente a racionalidade no comportamento do consumidor também é importante para o sucesso de seu processo de escolha de bens e serviços (e poupança).

Queremos socialismo?
Já alegrei a vida de meus leitores dezenas de vezes citando o prof. Gerônimo Machado, que disse-me uma vez e bastou: "Não queremos o socialismo, mas as reformas democráticas que podem conduzir a ele." A sabedoria da frase que me marcou desde que a ouvi em Floripa lá pelos idos de, digamos, 1996, veio cada vez a fazer mais sentido em minha forma de pensar. Mesmo naquele tempo eu já tomara contato com a economia institucional e dado importância a seus achados, quando examinados sob uma perspectiva igualitarista e, atrevo-me a dizer, de esquerda. Neste caso, há pouco tempo, comecei a citar duas reflexões que me parecem relevantes:

a) o próprio Marx dizia que nenhum sistema econômico se extingue antes de alcançar seu pleno desenvolverimento. Às vezes brinco que o capitalismo acabou há mais de 15 dias, mas -por outro lado- não é difícil de entendermos que ainda há "muito campo pra queimar". Hoje vejo na praticamente eterna expansão dos setores de saúde (vida eterna...) e transportes (lua-de-mel nos anéis de Saturno) uma possibilidade ainda convencional. E nos intermediários financeiros, um cassino cada vez menos ligados aos tradicionais setores produtores de bens e serviços, mas de amplas possibilidades de crescimento. Ok, ok. Mas tem outro ponto.

b) aparentemente a humanidade não criou instituições adequadas para apoiar uma sociedade socialista. Claro que houve a tentativa na URSS. Como é que se criam novas instituições? Uma que se encontra no nascedouro é a renda básica da cidadania que luta com sangue, suor e lágrimas para emergir. E há outras menos imponentes e outras talvez até mais. Especialmente estas que ainda faltam não são identificadas precisamente por serem diferentes daquilo que a humanidade conheceu até este ponto de sua evolução. Entendo que a educação é que constitui essa atividade capaz de elevar-nos ao ponto de criticar as instituições vigentes e permitir-nos vislumbrar novos arranjos.

Dinheiro e Trocas
Dinheiro antecedendo a troca? Não entendo e Bowles documenta o contrário com aquele Al Battuta.
Nunca esquecendo Hobbes, Locke e Hume e a filosofia política que vê no contrato social um elemento que diferencia o homem do bicho.
A racionalidade é o antídoto da violência.
E os canais de TV com a vida dos bichos na selva mostram o que é “guerra de todos contra todos”.
De acordo com Locke, a comunidade é um conjunto de indivíduos que abre mão de sua liberdade absoluta pela segurança dada ao indivíduo pelo estado.
abcz
Wikibooks: https://pt.wikibooks.org/wiki/Civiliza%C3%A7%C3%A3o_Eg%C3%ADpcia/Per%C3%ADodo_pr%C3%A9-din%C3%A1stico
[Por volta de 4.500 a.C.:]
Quanto a agricultura, já havia um certo desenvolvimento agrícola, de modo que o cultivo de cereais como o trigo e a cevada, além do linho se tornou uma fonte de riqueza. Todo o excedente era trocado entre os nomos.
E isto:
https://en.wikipedia.org/wiki/Economy_of_the_Maya_civilization
The Maya economy had no universal form of trade exchange other than resources and services that could be provided among groups such as cacao beans and copper bells. Though there is limited archeological evidence to study the trade of perishable goods, it is noteworthy to explore the trade networks of artifacts and other luxury items that were likely transported together.
While subsistence agriculture played a central role in daily life, the Maya had a sophisticated mechanism for economic exchange between settlements, which was capable of supporting specialists and a system of merchants through trade routes
E seguimos:
SHARER, Robert J. (2009). Daily life in Maya civilization(2nd ed.). Westport, Conn.: Greenwood Press. ISBN 978-0313351297OCLC 290430059.
abcz

24 março, 2019

Pão e Rosas: a desigualdade não para de aumentar



Tem muita intermediação para eu chegar onde pretendo: mais lições sobre a falta de racionalidade que envolve as sociedades em que impera a desigualdade econômica e social.

Primeiro: pão e rosas é o slogan de inúmeros movimentos anti-establishment dos EUA.

Segundo: "no capitalismo, tudo vira mercadoria, inclusive a honra". Não duvido, mas parece que meu poder de chocar-me não é suficiente para me ajudar a dar sugestões concretas para acabar com a desigualdade. No caso, os dois frascos que já contiveram água ou refrigerante viraram a base de construção de uma "sandália havaiana". Ao lado esquerdo a foto recente que colhi do mural do Facebook do prof. Jorge Ussan. É incrível que aquele chinelo do lado direito da montagem que fiz virou mercadoria, de alguma forma chegou às mãos daquele menino e serve para simular possivelmente um telefone celular setado para imortalizar um selfie do grupo.

Terceiro: depois de muito sofrer tentando entender o drama daqueles jovenzinhos que todos, todinhos, parecem muito felizes com a brincadeira inventada. Lembrei de brinquedos imitando telefones celulares de verdade e da alegria que provocam em crianças de certa idade.

Quarto: não consigo entender como é que neo-liberais e mesmo muitos libertarianos acham possível dar um jeito no planeta sem políticas igualitárias, sem o emprego público, sem fake-jobs, sem o gasto público em educação e saúde, segurança e cuidados ambientais, e mais outros bens de mérito e públicos. Em outras palavras, imagino que todos desejemos ver um mundo melhor em que essas duas fotos que colhi daqui e dali sejam apenas cena de filme ou caricatura de uns tempos sombrios, já superados.

DdAB
P.S. Eles dizem: "bread for all, and roses too".

A imagem pode conter: 5 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas em pé e atividades ao ar livre

07 março, 2019

O Velho 8 de Março Está de Volta



Querido diário:

Não é sempre que leio o jornal Zero Hora! Hoje, dia internacional da mulher e dia de uma mulher específica, a professora Paula de Paris (personal trainer porto-alegrense sul-riograndense, assinante do Facebook, o que viabiliza o contato por quem de direito). Em sua homenagem -sua, mulher, sua, Paula- transcreverei um texto maneiro:

SILVA, Filipa Basílio da (2019) O último fôlego do machismo. Sabe viver. Março. Portugal 2,50E, página 105. [Hehehe, cito como se fosse um TCC...]

Vantagens dos direitos iguais
'Os dados mostram que, quando os homens partilham as tarefas domésticas, as suas parceiras são mais saudáveis, apresentam níveis de contentamento matrimonial mais elevados e uma vida sexual mais satisfatória. Se os homens partilham os cuidados com as crianças, elas têm melhores resultados na escola, têm menos transtornos de atenção e hiperatividade. Quando os homens partilham estas tarefas, eles próprios são mais saudáveis: fumam menos, bebem menos, tomam menos drogas recreativas e têm menos propensão para depressões.'

Olha aí, oh, marmanjo! Com o preço do cigarro, da cachaça, da mardita e do rivotril nas alturas, por que não ajudar a patroa nas atividades de casa e nos cuidados com a filharada?

DdAB
A imagem é uma viagem. Há tempos, bem aqui, fiz outra viagem sobre uma turma que só lendo. Tinha em mente, Trótski, Mercader, Padura, um monte de gente, postagem que me levou a trazer (hahaha) um trecho para cá:

Em meus tempos de admirador do comunismo e, especialmente, dos romances que me emprestou o primo Sílvio Garcia Jantzen, adquiridos à Editorial Vitória, aquelas editoras, eu conhecia a literatura laudatória, como "A Colheita", de Galina Nicolaieva (histórias nos kolkhoses e adjacências) e o grande Iliá Ehremburg (1), de quem lembro ter lido "A Tempestade" (II Guerra). Talvez tenha cometido um engano em recusar-me a ler a literatura de contestação de Alex Soljenitzin. Mas li o afamado "Dr. Jivago", que não lembro bem, talvez nem mesmo a propaganda anti-soviética quer-me ter parecido severa. E a Julie Christie está belíssima no filme. E conheço uma boa meia-dúzia de garotas chamadas Lara!

Esta das Laras, mulheres brasileiras é interessante. Terminei minha postagem com

E li aquele livro dos Cisnes Selvagens, o que me deixou, além de embasbacado, desabotinado e escabelado. Talvez eu deva passar a usar como lema a linda frase de Guedáli:

Mas a Revolução é alegria. E a alegria não gosta de ter órfãos pela casa.

Se eu pudesse corrigir este senhor, apenas grafaria "revolução" e "Alegria".

 Mas antes falava em Galina Nicolaieva. Aí lá naquele tempo procurei no Google Images ou algo parecido uma imagem dela, Galina ou seu livro de que falei. E achei algo acachapante, como podemos ver aqui. E ela também recebe minha homenagem neste 8 de março, como já o fizera:

abcz
Aqui já passam quase um minuto da meia noite: é dia internacional da mulher!!!
O marcador brasileiro assinalou como 21h00. Ergo é mesmo 0h00min1seg...

01 março, 2019

Ideia Fixa: Borges, Emprego e... Adalmir...

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Querido diário:

Dado o estrondoso sucesso que alcançaram duas publicações em que fiz menção explícita a estratégias adotadas pelo prof. Adalmir para enfrentar as lidas da vida, decidi fazer umas reflexões -eu mesmo- sobre a vida e suas lidas. Tenho o objetivo de, com elas, deixar claro que o prof. Marquetti, ainda na condição de estudante na Av. João Pessoa, 52 em Porto Alegre muito marcou minha contemporânea maneira de pensar. Para ilustrar minha parte, pensei que poderia ser de bom tom eu citar algo assinado por autores do porte daquele que fez a vigília na Rua São Manoel, também em Porto Alegre.

Na busca de ilustrar minha relação de pertinência ao mundo econômico, achei super sábio o que dizem Jorge Luis Borges e Adolfo Bioy-Casares na página 103 do livro que vou referenciar no P.S. Era um bicho muito louco descrevendo coisas para don Isidro Parodi:

[...]
Assim como no corpo do homem o dente não vê, o olho não arranha e a pata não mastiga, no corpo que por convenção chamamos de 'país', não é decente que um indivíduo usurpe a função dos outros.

Sintético, pero cariñoso, digo, "... negro, pero cariñoso, llorona...". E sobretudo não é impossível que eu esteja citando fora de contexto. Mas no último dos seis problemas resolvidos por Isidro Parodi, pelo que entendi, temos uma sutil alusão ao funcionamento do mercado de trabalho.

Parece evidente que, além de minha diligente pessoa, Richard Layard, em seu livro "Happiness" também valeu-se desse segmento de frase, a fim de ilustrar seu ponto de que quem trabalha em excesso polui a vida dos demais. Óbvio que somos poluídos apenas por quem trabalha em excesso quando inserido no mercado de trabalho. Este, como sabemos, tem incontornáveis excedentes de oferta, o que -no capitalismo- garante-se que não haverá empregos para todos. Claro que, como observou nosso professor Marquetti, o trabalho embutido naquelas mangas não polui ninguém, pois não estamos falando em mercadoria, portanto, não se fala em produção mercantil e nem em mercado de trabalho. As mercadorias, como sabemos, existem apenas num mundo em que rege a propriedade privada, o que não é o caso da mangueira da Rua São Manoel

E ficou claro que a economista Carolina da Silva Dias situa-se entre ele (Adalmir) e mim (Duilio): o A de Adalmir cerca o C de Carolina, que também é cercado pelo D de Duilio, o que prova insofismavelmente que, na sequência {A C D}, o C está mais perto do D do que do A. Não é isto?

DdAB
Ops. Parece que deu um certo xabu na ilustração que selecionei para hoje, pois tá ali o velho Borges sendo homenageado pelo marechal Pinochet, ou algo parecido. Mas já falei sobre isto aqui mesmo no blog, examinando uma posição absolutamente favorável ao literato e devastadora ao cidadão ocupada por Julio Cortazar (aqui).

P.S. Ei-lo:
BORGES, Jorge Luis (2002) Obras em colaboração; com Adolfo Bioy Casares. Rio de Mouro: Teorema. V. 1. Seis problemas para don Isidro Parodi. Tradução (primorosa) de Serafim Ferreira do original de 1942, tempo em que nem o prof. Adalmir nem a econ. Carolina havia aparecido no terceiro planeta de Sol. [E sabe-se lá como fazer a referência de um negócio destes que desandou até para observações pessoais...]

Conjuntura e Champolion

Nenhuma descrição de foto disponível.
Querido diário:

Mais esta no Facebook tecendo elogios ao prof. Adalmir Marquetti:

Não tou falando? A mais importante fonte de notícias desde que o velho Champolion cantou a pedra, o jornal Zero Hora de hoje, volta a citar nosso sempre bem-querido nome do prof. Adalmir (desta vez sem as mangas na camisa...).

DdAB