O Facebook hoje em dia tem, para mim, mais utilidade que os antigos jornais. Claro que leio volta e meia os jornais eletrônicos, a dita grande imprensa (el País (preferido), Estadão, Folha, etc., onde me permitem) e os sites e blogs de esquerda (JornalJá, Sul21, Nexo, Fórum, etc.). Então, puxa pra lá, empurra pra cá, caí em dois textos muito maneiros.
PRIMEIRAMENTE (Fora Temer!)
Um artigo envolvido em uma enorme polêmica patrocinada pelo caderno Ilustríssima, da Folha de São Paulo.
Título:
O núcleo duro da divergência entre ortodoxos e heterodoxos na economia
Autores: JOSÉ LUIS OREIRO e PAULO GALA
O núcleo duro da divergência entre ortodoxos e heterodoxos na economia
Autores: JOSÉ LUIS OREIRO e PAULO GALA
Disponível em: http://m.folha.uol.com.br/ilustrissima/2016/10/1824987-o-nucleo-duro-da-divergencia-entre-ortodoxos-e-heterodoxos-na-economia.shtml?mobile. [para quem é assinante da encrenca, eu ainda estava numa cota de cinco unidades para o mês de outubro, de sorte a ler a materia inteira.]
Tenho acompanhado a controvérsia (que não vou nem referenciar aqui, pois não me sinto confortável com ela) e torno-me cada vez mais confuso sobre o que pensar na linha da história do pensamento econômico e da teoria econômica do século XXI. Já fui cognominado de "neo-clássico de esquerda" e eu mesmo tenho certo orgulho em declarar-me eclético. Acho que o orgulho de assim dizer-me origina-se de meu contato com meu finado orientador de doutorado, o finado Andrew Glyn, mas talvez ele até me achasse até mais eclético do que ele próprio.
Tenho acompanhado a controvérsia (que não vou nem referenciar aqui, pois não me sinto confortável com ela) e torno-me cada vez mais confuso sobre o que pensar na linha da história do pensamento econômico e da teoria econômica do século XXI. Já fui cognominado de "neo-clássico de esquerda" e eu mesmo tenho certo orgulho em declarar-me eclético. Acho que o orgulho de assim dizer-me origina-se de meu contato com meu finado orientador de doutorado, o finado Andrew Glyn, mas talvez ele até me achasse até mais eclético do que ele próprio.
Seja como for, aprendi muito com os economistas neo-clássicos (quem são eles, by the way?), com os economistas marxistas e com a dupla Marx-Engels. E mais recentemente (últimos 25 anos; recentemente?), passei a crescentemente conviver com os austríacos e com a teoria da escolha pública. Marx e Buchanan levaram-me a reviver a expressão que aprendi com Oskar Lange e falar na moderna economia política. Pois então, sou um economista político moderno.
Neste caso, que dizer de Oreiro e Gala? Primeiro, que dizem eles? Muita coisa, claro, inclusive levando-me -por instantes- a pensar em desprezar tudo o que aprendi sobre a maior ou menor adequação dos modelos à realidade (descrever, compreender, explicar, prever, recomendar) e ficar apenas na retórica. Mas destacarei apenas:
No Brasil, a expressão 'economista ortodoxo' é usualmente entendida como "economista neoclássico", ou seja, aquele que compartilha o programa de pesquisa neoclássico, definido a partir de um núcleo duro de proposições formado por princípios como a racionalidade econômica, entendida como a maximização da satisfação ou lucro, e o equilíbrio dos mercados como norma ou 'ponto de referência' para o funcionamento do sistema. Deve-se destacar aqui que esses princípios básicos do programa de pesquisa neoclássico são tidos como axiomas, ou seja, fazem parte da "visão de mundo" dos economistas neoclássicos, sendo aceitos como verdades auto-evidentes, não estando, em princípio, sujeitos a comprovação empírica.
Então de onde vêm as razões para o que acabo de justificar como a parte marxista de minha postura eclética? Pois acho que é:
Então de onde vêm as razões para o que acabo de justificar como a parte marxista de minha postura eclética? Pois acho que é:
princípios como a racionalidade econômica, entendida como a maximização da satisfação ou lucro, e o equilíbrio dos mercados como norma ou 'ponto de referência' para o funcionamento do sistema.
Em outras palavras, Parece-me que Marx teria sido, neste caso, o primeiro economista neoclássico da história da humanidade. E eu estaria apenas atuando como seu fiel escudeiro, mas certamente não o único.
_a nunca ouvi dizer que Marx considerava os capitalistas burros, ao contrário, dava-lhes o maior crédito quanto às centenas de ardis de que se valem para manter as subsunções formal e real da classe trabalhadora. Ou seja, neguinhos agem racionalmente, da mesma forma os consumidores, que ganham um salário de subsistência, mas que este vai comprando cada vez mais bens e serviços.
_b nunca ouvi dizer que Marx negligenciava o equilíbrio ex ante dos mercados como centro de gravidade em torno do qual gravitam os preços de mercado.
_c e é precisamente nesta linha de preços gravitando em torno do valor e da lei fundamental do desenvolvimento capitalista, nomeadamente, a lei da concorrência, que ergo (do verbo erguer) minhas preces para que Marx permaneça vivo e atuante.
A esta altura, não posso deixar de revelar a meu leitor novato que não acredito em tudo o que leio na cartilha marxista. Por exemplo, não acredito em "el derrumbre" daquele jeito que se poderia retirar do que foi escrito por Marx e Engles. Do jeito que podemos entender as coisas, a humanidade tem mais chance de fenecer por problemas ambientais, guerra nuclear ou explosão demográfica (ver Kenneth Boulding aqui) do que por sofrer da queda tendencial na taxa de lucro ou a emiseração crescente da classe trabalhadora, aquelas coisas. No outro dia, conclamei a humanidade a declarar o Haiti um protetorado do governo mundial. Poucos responderam e, por isso, a turma lá na era dos furacões segue vivendo sua vidinha de privações.
Pois é, né? Governo mundial, né? No outro dia eu falava sobre a tentativa de formação de uma frente única de esquerda no Brasil e colocava em absoluto primeiro plano para a busca do consenso novo ponto para a diplomacia brasileira: que defenda vigorosamente com todos os meios justos disponíveis a implantação do governo mundial.
EM SEGUNDO LUGAR (Fora Temer, do mesmo jeito)
Um artigo que revida o pessimismo a que a presente situação mundial nos conduz com o mais radiante otimismo originário de nossa percepção de que, afinal, há saída.
Título: AS ELEIÇÕES AMERICANAS DE 2016 COMO SINAL HISTÓRICO
Autor: João Carlos Brum Torres
Acesso: aqui. Quando? Hoje, mas o original é de 23/out, ou seja, anteontem.
Para um coroa como Brum Torres, nem me atrevo a resumir o que ele disse (diferentemente de Oreiro, que eu bem poderia ousar). Seja como for, vamos a seu penúltimo parágrafo, destacando desde já o negrito que adicionei:
Tudo bem pesado, creio que a lição a tirar do que está em questão no dinâmico desdobramento da situação histórica atual é a de que se encontra, irrecusavelmente, nas mãos das gerações presentes fazer com que as mudanças que se avizinham no padrão das relações internacionais não nos levem a uma espécie de nova balcanização do mundo, nem congelem o quadro de instabilidade e profunda desigualdade econômica e social que hoje vemos por toda parte. Nosso desafio, nossa responsabilidade e nossa tarefa é antes a de converter os abalos, as incertezas atuais no primeiro momento de constituição do sinal histórico que estamos a antever, o inicial passo adiante na direção da criação no correr deste jovem século de uma sociedade mundial ao mesmo tempo dinâmica, inovadora e também diversa, plural e, sobretudo, mais justa e esclarecida, uma sociedade mais generalizadamente capaz de oferecer aos homens condições de vida dignas e as bases materiais e culturais indispensáveis para uma vida mais feliz. Desiderato cuja factibilidade, como todos sabemos, tem como absolutamente indispensável base a prevalência da paz, seja nos contextos nacionais e regionais, seja, ainda mais importantemente, no plano das relações internacionais.
Pesando tudo muito bem, Marx é neoclássico (e eu também), Brum Torres é esquerdista (e eu também) e assim vamos levando nossas vidinhas até que a morte nos separe. Enquanto isso, vai ter muito neguinho achando que Marx odiava o conceito de equilíbrio e o volume 2 do Capital nada tinha a ver com a possibilidade de reprodução em escala ampliada do modo de produção capitalista, que ele achava os capitalistas uns burrões irracionais, essas coisas todas que ajudam milhares de livres pensadores a pensar que heterodoxia é apenas ortodoxia entre os amigos.
DdAB
Como esta imagem lá de cima não faz parte de minha tese de doutorado (já que falei em Andrew Glyn lá em cima), não preciso dizer de onde veio esta fonte, pois o Norton avançou sobre meu Google e eu, portanto, gostaria de levar à cadeia: Temer, Gates, Norton etc.
Mas dizem que pode-se fazer tudo com os tanques, exceto sentar sobre eles. Não garanto nada.
Lá no Facebook, o Prof. Christian Velloso Kuhn comentou:
Professor, fiquei com umas dúvidas, acho que porque não compreendo tanto Marx e o Capital. Segundo me consta, a teoria de Marx trata sobretudo pelo lado da oferta, inclusive os aspectos de demanda, que estariam introjetados no seu modelo. Ao invés de consumidores, haverá a demanda por bens dos trabalhadores e dos capitalistas, que sua digamos restrição orçamentária será dada pela soma de rendimentos das duas classes. É quase como na Contabilidade Social, que a soma do valor da produção é igual à despesa que é igual à renda. Porém, os aspectos microeconômicos do comportamento do consumidor são, até onde eu sei, desconsiderados na teoria marxiana, até porque seu propósito é outro. O equilíbrio entre oferta e demanda ocorre em Marx porque, ao meu ver, ele considera a demanda como algo hermético, diferente dos marginalistas, que se ocupam mais em entender o que impacta sobre a demanda de bens.
Ainda, ao criticar a teoria de Lei de Say, Marx demonstra que não se mostra válida justamente porque nem toda a mercadoria produzida é um bem de consumo final, sendo parte de bem de capital. Para validar a lei de Say, os capitalistas precisariam investir todo o seu lucro em maquinário. A luta de classes e a distribuição de renda gerariam os ciclos, que é uma demonstração de que a Lei de Say não se verifica. Aliás, vi uma citação de Mises defendo a Lei de Say que achei extremanente pueril, porque simplesmente limita o papel do dinheiro a sua função de meio de troca.
Então, professor, não sei como sustentar a tese de Marx ser neoclássico considerando esses considerandos. Acho que somente os desconsiderando ou refutando. Algo que só o professor fará bem. Minha conclusão até o momento é que Say é Mill, Marshall é Mill, Neoclássicos são Marshall, mas Marx é Marx, Kalecki é Marx, Keynes é Malthus, Mises é niilista, e eu sou Duílio.
E eu respondi:
Mas dizem que pode-se fazer tudo com os tanques, exceto sentar sobre eles. Não garanto nada.
Lá no Facebook, o Prof. Christian Velloso Kuhn comentou:
Professor, fiquei com umas dúvidas, acho que porque não compreendo tanto Marx e o Capital. Segundo me consta, a teoria de Marx trata sobretudo pelo lado da oferta, inclusive os aspectos de demanda, que estariam introjetados no seu modelo. Ao invés de consumidores, haverá a demanda por bens dos trabalhadores e dos capitalistas, que sua digamos restrição orçamentária será dada pela soma de rendimentos das duas classes. É quase como na Contabilidade Social, que a soma do valor da produção é igual à despesa que é igual à renda. Porém, os aspectos microeconômicos do comportamento do consumidor são, até onde eu sei, desconsiderados na teoria marxiana, até porque seu propósito é outro. O equilíbrio entre oferta e demanda ocorre em Marx porque, ao meu ver, ele considera a demanda como algo hermético, diferente dos marginalistas, que se ocupam mais em entender o que impacta sobre a demanda de bens.
Ainda, ao criticar a teoria de Lei de Say, Marx demonstra que não se mostra válida justamente porque nem toda a mercadoria produzida é um bem de consumo final, sendo parte de bem de capital. Para validar a lei de Say, os capitalistas precisariam investir todo o seu lucro em maquinário. A luta de classes e a distribuição de renda gerariam os ciclos, que é uma demonstração de que a Lei de Say não se verifica. Aliás, vi uma citação de Mises defendo a Lei de Say que achei extremanente pueril, porque simplesmente limita o papel do dinheiro a sua função de meio de troca.
Então, professor, não sei como sustentar a tese de Marx ser neoclássico considerando esses considerandos. Acho que somente os desconsiderando ou refutando. Algo que só o professor fará bem. Minha conclusão até o momento é que Say é Mill, Marshall é Mill, Neoclássicos são Marshall, mas Marx é Marx, Kalecki é Marx, Keynes é Malthus, Mises é niilista, e eu sou Duílio.
E eu respondi:
Preciso dizer aos demais leitores que gosto mais do comentário do Prof. Christian Velloso Kuhn do que de minha postagem original. Reconheço que, uma vez que ele é doutor há menos tempo que eu, passaram-lhe pelos olhos temas e textos com que nunca sonhei. Portanto, vou falar apenas coisas transversais a suas eloquentes observações.
Inicio recuperando trecho de Oreiro e Gala que citei lá no blog:
"racionalidade econômica, entendida como a maximização da satisfação ou lucro, e o equilíbrio dos mercados como norma ou 'ponto de referência' para o funcionamento do sistema."
Para Marx e Engels, os capitalistas procuram obter o maior lucro possível (maximização, na linguagem da economia matemática dos tempos atuais). E mais: aqueles que, por desleixo ou incompetência, não conseguem alcançar o lucro máximo serão desalojados pelos que o alcançam. É nesta linha que a explicação deles para o progresso técnico deixa Schumpeter e outros no patamar da entrada à fábrica: o capitalista que não inova terá um preço inferior ao valor de sua mercadoria e, com isto, terá dificuldades em acumular capital e será, no devido tempo, absorvido pela concorrência ou simplesmente vai quebrar.
Ou seja, acabamos de ler a palavra "valor". Como se gera o valor das mercadorias? É a quantidade de trabalho médio socialmente necessário para sua produção. Se assim ficássemos em nossa investigação, poderíamos pensar que Marx ocupou-se apenas do lado da oferta. Mas devemos pensar, em seguida, na expressão "salto mortal" das mercadorias. O salto moral é precisamente o termo retórico para o comezinho fenômeno da venda. Quer dizer, a mercadoria que não tem demanda, que não é vendida, não gera valor. E o trabalho social etc. nela desperdiçado foi... desperdiçado.
É precisamente o equilíbrio entre a oferta e a demanda que determinam o próprio valor das mercadorias, como podemos perceber no parágrafo acima. É precisamente a adequação do trabalho social visto inicialmente como a abundância ou escassez de mercadorias e seus ajustes às necessidades da sociedade que nos leva a entender o processo de tentativa e erro que leva ao equilíbrio entre a oferta e a demanda das mercadorias mensuradas em preços e sua contabilidade social baseada em valores.
Obviamente o sistema não funciona navegando num mar de rosas, o sistema apresenta crueldades, a maior delas sendo a tendência a substituir trabalho vivo por trabalho morto, o que gera produtos mais baratos mas também desemprego. Além disso, esses ajustes entre oferta e demanda que determinarão o valor das mercadorias que, por seu turno, determinará os preços que se responsabilizarão pelos ajustes, poderá levar a crises, como já ouvimos falar na primeira parte do Das Kapital.
De minha trincheira eclética, vejo como o problema central do capitalismo a contradição entre a produção e a distribuição da produção. E penso que, na linha de Brum Torres, será apenas com o governo mundial que se poderá dar ampla ação para a legenda de "produção local e distribuição global". Ou seja, Santana do Livramento não precisa de ter uma fábrica de aviões voltada a gerar "emprego e renda" que permitam a seus cidadãos ir ao supermercado e comprar pão e chocolate. O que se precisa é de renda, da renda básica universal. Com ela, nem teria havido guerra na África e nem, menos ainda, aquela invasão de pobres e desvalidos à Europa, com o massacre no Mar Mediterrâneo.
Como observará o leitor atento, fugi da parte mais inteligente da crítica do prof. Christian.
"racionalidade econômica, entendida como a maximização da satisfação ou lucro, e o equilíbrio dos mercados como norma ou 'ponto de referência' para o funcionamento do sistema."
Para Marx e Engels, os capitalistas procuram obter o maior lucro possível (maximização, na linguagem da economia matemática dos tempos atuais). E mais: aqueles que, por desleixo ou incompetência, não conseguem alcançar o lucro máximo serão desalojados pelos que o alcançam. É nesta linha que a explicação deles para o progresso técnico deixa Schumpeter e outros no patamar da entrada à fábrica: o capitalista que não inova terá um preço inferior ao valor de sua mercadoria e, com isto, terá dificuldades em acumular capital e será, no devido tempo, absorvido pela concorrência ou simplesmente vai quebrar.
Ou seja, acabamos de ler a palavra "valor". Como se gera o valor das mercadorias? É a quantidade de trabalho médio socialmente necessário para sua produção. Se assim ficássemos em nossa investigação, poderíamos pensar que Marx ocupou-se apenas do lado da oferta. Mas devemos pensar, em seguida, na expressão "salto mortal" das mercadorias. O salto moral é precisamente o termo retórico para o comezinho fenômeno da venda. Quer dizer, a mercadoria que não tem demanda, que não é vendida, não gera valor. E o trabalho social etc. nela desperdiçado foi... desperdiçado.
É precisamente o equilíbrio entre a oferta e a demanda que determinam o próprio valor das mercadorias, como podemos perceber no parágrafo acima. É precisamente a adequação do trabalho social visto inicialmente como a abundância ou escassez de mercadorias e seus ajustes às necessidades da sociedade que nos leva a entender o processo de tentativa e erro que leva ao equilíbrio entre a oferta e a demanda das mercadorias mensuradas em preços e sua contabilidade social baseada em valores.
Obviamente o sistema não funciona navegando num mar de rosas, o sistema apresenta crueldades, a maior delas sendo a tendência a substituir trabalho vivo por trabalho morto, o que gera produtos mais baratos mas também desemprego. Além disso, esses ajustes entre oferta e demanda que determinarão o valor das mercadorias que, por seu turno, determinará os preços que se responsabilizarão pelos ajustes, poderá levar a crises, como já ouvimos falar na primeira parte do Das Kapital.
De minha trincheira eclética, vejo como o problema central do capitalismo a contradição entre a produção e a distribuição da produção. E penso que, na linha de Brum Torres, será apenas com o governo mundial que se poderá dar ampla ação para a legenda de "produção local e distribuição global". Ou seja, Santana do Livramento não precisa de ter uma fábrica de aviões voltada a gerar "emprego e renda" que permitam a seus cidadãos ir ao supermercado e comprar pão e chocolate. O que se precisa é de renda, da renda básica universal. Com ela, nem teria havido guerra na África e nem, menos ainda, aquela invasão de pobres e desvalidos à Europa, com o massacre no Mar Mediterrâneo.
Como observará o leitor atento, fugi da parte mais inteligente da crítica do prof. Christian.
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