Há instantes, botei esta catilinária (chalaçaria?) no Facebook:
Primeiramente, Fora Temer. Por não aguentar o excesso de conteúdo direitista no jornal Zero Hora, passei a ler o Jornal do Comércio há poucas semanas. Não que ele seja de esquerda, by the way. Então tenho algumas novidades neste mundo da economia política (ou melhor, business and politics).
No jornal de ontem, página 2, lê-se:
Sou candidato a fazer um bom trabalho no Ministério da Fazenda e corrigir essa trajetória fiscal que temos desde a Constituinte. Conseguindo fazer isso, estarei realizado profissionalmente.
Era o Meireles. Li, reli, tornei a ler e reler, digitei, quase regurgitei, que está na moda. Depois de uns bons goles de cachaça (que a temperatura local bem que ajuda), fiquei a analisar o dito do nosso Fred, comemorando o gol do estilo mexicano.
Primeiramente: bom trabalho no ministério da fazenda, hum, hum, pensei cá com meu copo. Segundo: corrigir o que quer que seja que estava na constituição da república. Hum, hum hum, o copo balbuciou, pensando que o velhinho estava pensando ser ele próprio a reificação (personificação?) do poder constituinte. Um homem que vale pelos atuais 513 + a malta de senadores, pensamos a garrafa, o copo e eu, em surdo uníssono. Terceiro: sobre a realização profissional, eu até que me contentaria com menos, por exemplo, arruinar o Programa Bolsa Família. Chega.
Ok. E que foi que me fez exclamar lá em riba (de 'ribamar'?) aquele 'fora temer'? O governo interino está se dando ares de realmente querendo reescrever toda a história do Brasil, agora como farsa. Por exemplo, já pulo para a última página do Jornal do Comércio de hoje. Há um 'drops' anunciando que "O governo do presidente interino Michel Temer pretende fazer alterações na Lei das Licitações..." Gelei novamente, que a cachaça não esquenta for good. Um governo com um ministério dominado por acusados de corrupção e até assassinato mudar a lei das licitações vem coisa. Mas logo abaixo fala no ministério criado precisamente para lidar com este tipo de "recurso" (hahaha). É a criação do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle, que já vi Chalaças aqui mesmo no Fb tentar batizá-lo com a sigla de TRA-FI-CO. Rimou com o ministério da justiça, regido regiamente pelo ministro que andou defendendo traficantes, aliás, todos temos direito a um bom advogado, não era isto?
Basta? No 'drops' seguinte fala-se que o tribunal de contas da união "lançou o aplicativo móvel [... com o qual] o cidadão poderá [...] contribuir [...] com a fiscalização dos recursos públicos [...]."
Como disse Louis Armstrong, "then I said to myself 'what a wonderful world'".
DdAB
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