Lá se vão algumas poucas semanas que coloquei na minha lista de leituras matinais o "Jornal do Comércio" de Porto Alegre. E hoje na página 3, que tem a coluna "Começo de Conversa", assinada por Fernando Albrecht, vemos um exemplo de problemas conceituas, talvez não...
Diz o colunista:
DESACELERAÇÃO na queda do PIB trimestral se deveu -também- ao aumento nos gastos do governo.
Fiz um quadrinho que tem na primeira parte definições e na segunda, um exemplo numérico.
A. conceitos: o PIB é uma das três óticas de cálculo do valor adicionado ("colheita menos sementes"), sendo as demais designadas como da renda e da despesa. Ou seja, aumentos ou reduções no gasto do governo afetam, claro, o valor adicionado, mas apenas quando o mensuramos obedecendo a ótica da despesa. E não há dúvida de que, ao fazê-lo, as duas demais óticas de cálculo reagem cada uma lá à sua maneira.
Diz o colunista:
DESACELERAÇÃO na queda do PIB trimestral se deveu -também- ao aumento nos gastos do governo.
Fiz um quadrinho que tem na primeira parte definições e na segunda, um exemplo numérico.
A. conceitos: o PIB é uma das três óticas de cálculo do valor adicionado ("colheita menos sementes"), sendo as demais designadas como da renda e da despesa. Ou seja, aumentos ou reduções no gasto do governo afetam, claro, o valor adicionado, mas apenas quando o mensuramos obedecendo a ótica da despesa. E não há dúvida de que, ao fazê-lo, as duas demais óticas de cálculo reagem cada uma lá à sua maneira.
B. No exemplo, nem falamos no PIB ou na renda, mas temos como dado que no ano zero havia 100 unidades de valor adicionado. Estas reduziram-se em 5% entre o ano zero e o ano primeiro. Não sabemos e não interessa para a avaliação da sentença em courier qual era a composição da despesa no ano zero. Mas no ano primeiro bem sabemos. Em particular, o gasto do governo em meu exemplo elevou-se, mas não podemos dizer que foi isto que provocou a queda de mais 2% com relação àqueles 5% do ano primeiro.
DdAB
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