08 novembro, 2015
Industrialização e Diversificação: ponto para pensar
Querido diário:
No outro dia, caiu-me uma ficha sobre a intuição que tive há anos sobre a relevância da industrialização como instrumento de desenvolvimento e, como tal, como merecedora de salamaleques em matéria de políticas públicas. Primeiro: nos tempos em que eu estudava economia (organização) industrial, vim a entender que a principal forma de uma empresa crescer é diversificar-se. E depois cheguei a entender que o ápice da diversificação é mesmo a entrada no setor financeiro, na linha de James Clifton e sua interpretação sobre a evolução do capitalismo no século XX.
O que eu nunca me dera conta é que, quando falamos na matriz de insumo-produto, tem gente que pensa que a diversificação é uma grande virtude. Acho que está-se transpondo um conceito relevante no nível da investigação microeconômica para a mesoeconomia. Claro que a transposição é complicada e talvez irrelevante ou mesmo errada.
Um setor diversificado não existe: que quereria dizer isto, que a química produz químicos e biológicos? As restrições para a delimitação de um setor mesoeconômico excluem possibilidades de diversificação: muito diferente é outro setor. E uma economia, para criar novos setores, estará caindo na ilusão proporcionada pela lei de Say, no sentido de achar-se que a oferta é que cria sua demanda.
DdAB
Imagem daqui. Pedi ao Google Images apenas "diversificação" ele deu-me esta maravilhosa seleção para uma sopinha de domingo de noite...
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