querido blog:
andava há pouco pelas ruas de Porto Alegre, by car, e ouvia a Rádio Pampa, 970KHz, com o programa da Bia e seus amigos. tenho escutado-o com frequencia, neste tipo de andança episódica. tanto que achei que poderia começar a postar sobre temas que de lá vêm ecos.
hoje, nesses 20 ou 30min em que lhes fiz companhia, ela referiu vários fenômenos preocupantes. por exemplo, o partido do Maluf apoia a realização de mais estudos para a confecção da chamada lei das mãos limpas, de acordo com a qual severas suspeitas de ladroagem inviabilizam candidaturas. também falou que Collor será candidato a governador de Alagoas. vitória do povo de Alagoas, que pode votar, já o elegeu senador e agora voltará a sagrá-lo governador. derrota dos povos de Alagoas, inclusive os índios caetés e outros menos gracilianescos.
por que os povos de Alagoas estão derrotados com senadores do porte de Heloísa Helena e Fernando Collor? claro que são pessoas contrafeitas ao uso do bom-senso. que fez Heloísa sobre questões candentes, como a extinção da "Hora do Brasil" e o aborto voluntário? no primeiro caso, nada e, no segundo, simplesmente odeia a ideia. nem indago o que teria feito Collor. que fez Heloísa Helena para alguns casos importantes de purificação da política?
.a. voto voluntário
.b. voto distrital
.c. financiamento público das campanhas
.d. proibição de pessoa jurídica dar dinheiro a político,
.e. essas coisas.
o interessante ponto de Bia da Pampa foi ilustrar para mim a rivalidade entre políticos em geral e -pasmemos- os de mesmo partido. ela evocou um fato de eleições passadas, em que os candidatos tinham direito de encher as ruas da cidade de propaganda. então, passava a equipe de um deles colando cartazes e, momentos depois, passava a de seu colega de partido, removendo-os e colando outros. a primeira voltava e, jogando tit-for-tat, arrancava os cartazes dos invasores, ad nauseam.
imediatamente fui levado a pensar nas virtudes do voto distrital. neste caso, algum desperdício de recursos em propaganda iria ocorrer, de qualquer jeito, mas -por definição- os rapazes do mesmo partido não disputariam a mesma base eleitoral.
a avó do Badanha diz ter uma amiga de Congregação que alega que, com voto distrital, não surgem lideranças nacionais. o próprio Badanha encarregou-se de contra-argumentar que o lugar do surgimento de lideranças nacionais é no congresso nacional e não na esquina das Av. Ipiranga e São João, ou -em Porto Alegre- Ipiranga e São Manoel, São Luiz, Sant'Ana, o que dá no mesmo...
DdAB
sobre a captura: bem, não são 400 razões para a adoção do voto distrital, mas apenas 400 postagens neste blog, ou seja, 400 formas de manter-me alerta nos temas de minha vida pessoal, de meus escritos e de economia política, como a entendo. a imagem veio de: http://www.vlima.com/blog/wp-content/uploads/2008/09/eleicoes-logo.jpg.
3 comentários:
Ei, Duilio!
Adorei a referência ao povo versos os povos alagoanos.
Sou partidária do voto distrital e de 90% do que defendes em política.
Parabéns pelas 400 postagens!
MdPB
doçura: fico muito feliz que tenhas percebido. na hora de escrever, vi que havia problemas com a generalização. hoje mesmo, voltei a refletir sobre algo parecido com estes questionamentos. acho que o melhor é eu estender-me no blog. ergo, a postagem 401 é (outra) em tua homenagem.
DdAB
Ôba!
MdPB
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