querido blog:
quem terá o direito de me colocar em algemas? que crime serei eu capaz de praticar que venha a merecer tratamento algemático? um dia, teremos a administração da justiça e não mais o governo da justiça, um dia substituiremos o governo dos homens pela administração das coisas. se alguém, no futuro, praticar crimes contra a pessoa, então vamos declará-lo como réu em um processo do qual os programas de inteligência artificial irão encarregar-se. homem não pode julgar homem, mulher, mulher etc.. e homem que ganha R$ 27.000 mensais deveria julgar (talvez não sejam propriamente humanos...) os que têm iguais estipêndios.
no outro dia, ouvi alguns agentes da política falarem em "este Governo". penso que eles economizariam não apenas três letras, mas também um "shift G", para eliminar a letra maiúscula, se dissessem "o governo". na opinião das receitas públicas, tudo quanto é neguinho que recebe estipêndio originário do lado oposto ao gasto público deve ser declarado governo. é inconcebível que os assessores da "oposição" nas câmaras legislativas não entendam que também são governo, o governo dos homens, aquele que deverá -in due time- ser substituído pela administração das coisas.
mais imporatante ainda: querer dissociar governo e oposição ou o governo "atual" dos governos "anteriores" é apenas uma forma de fazer a mistificação encapsulada pelos agentes que escolhem a política (ergo, no Brasil, ladrões) como forma de expressar seus desejos de ampliação patrimonial. como disse o moageiro Mill, "é tudo farinha do mesmo saco".
DdAB
captura da imagem: http://capeiaarraiana.files.wordpress.com/2009/05/gnr-algemado01a.jpg
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