01 janeiro, 2010

Meiotas

Querido Blog:
hoje, dia 2/jan/2010, como sabemos, é um sábado. como sabemos, Pescara é na costa do Adriático. como sabemos, aqui jogou Júnior. como sabemos, tenho comido pilhas desde o Natal. está na hora de pensar nos outros, os outros quilos que não posso ganhar... não é hora de falar em meus ideais igualitaristas, essas coisas.

na madrugada que passou, ou seja, nos primeiros alvores (uma escuridão dos diabos neste inverno europeu) do ano de 2010, fui a uma festa maravilhosa de brasileiros e italianos da comunidade de Pescara. em Oxford, tudo girava em torno de Maíta. aqui, é de Neide, nereida, ou melhor -como lhe declarei- uma de minhas fadas madrinhas, como o é Sue. como o foi Maíta e as demais participantes de meu palco.

pois na festa, ouvi a expressão "meiota". já a ouvira, lera, sei lá. talvez os mineiros de quem pouco tenho a falar. ainda assim, garanto ter lido um que outro Ciro dos Anjos, Aníbal Machado e Mário Palmério. talvez estivesse nos esparsos espaços de Guimarães Rosa, cuja leitura volta a eclipsar-se. o Aurrelião diz que "meiota" é uma meia garrafa de cachaça. não dá qualquer outra abertura. ontem, ao dar-me conta de que estava frente a um momento histórico -ouvindo "meiota"- indaguei se podia ser com outra bebida e Eduardo assentiu.

a melhor imagem que me ocorreu sobre "meiotas" é algo na linha: entre o abstêmio -cachaça zero- e o pileque - um litro de cachaça. ou uma garrafa. não houve gritos de carnaval, mas lembrei também do "leão de raça bebendo o quinto copo de cachaça". amo este verso noelesco do leão de raça.

beijos pescarenses
DdAB
Twitter: como Frida Kahlo veio parar nesta postagem sobre "meiotas"? entrei apenas com a palavra no Google Images. vieram lixos (pode conferir...). andei um pouco mais e vi uma imagem diminuta que me pareceu bela. olhei com detalhe e vi o que agora observamos: uma Fridinha maneira.

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