Querido Blog:
se isto não é uma balança Filizola de pesar nenês, mudo de nome. meu tema sobre balanças de hoje origina-se de uma balança marca Laica que adquiri na segunda-feira pescarense. disse eu que o conceito de média é o mais importante e original (no sentido de primeiro) momento de aproximação da construção de abstrações sobre o mundo por parte do homem milenar. o meio do caminho, nem tão virtuoso nem tão esbórnia. nem tanto ao mar nem tanto à terra. entre San Juan e Mendoza. meio copo cheio e meio copo vazio.
a balança Laica diz, nas instruções em inglês, que traduzo, para benefício da humanidade: "Sua nova balança de banheiro é extremamente confiável e precisa. Ela não requer qualquer tipo de manutenção. [ ] Para aperfeiçoar a leutura, pese-se duas vezes, e se os pesos aparecerem diferentes, seu peso (verdadeiro) localiza-se no meio das duas leituras." É ou não é o conceito de média? É ou não é um exagero dizer que "é extremamente confiável e precisa"?
mas em seguida já vem coisa boa: "Sempre pese-se na mesma balança, no mesmo horário, preferentemente despido e antes do café da manhã." Mais uma lição de ciência, além daquela de quem bebe por meiotas. Agora vemos a necessidade de regularidades para uma observação adequada do fenômeno que desejamos estudar.
nesta linha é que lembrei-me, ao ler o manual da Laica, de uma frase que aprendi há quase 30 anos: você só controla aquilo que observa. e dizia respeito precisamente a esta questão de controle do peso. seria o manual de instruções das Balanças Yara? o fato é que fui muito além do peso (não queria dizer no sentido de engordar, o que também fiz, desfiz, refiz e dei bis). achei que esta seria uma importante máxima para conduzir os destinos de milhões de androides que pretendo implantar em um desses planetas cheios de matéria escura que ainda vou criar quando conhecer a raiz quadrada de alguns números que ainda não posso escrever, pois são reais e grandes o suficiente para tomar todo meu atual horizonte de vida.
como observamos, estou vivendo dias extraordinários, ou vice-versa.
DdAB
2 comentários:
Acho melhor subir na balança pelo menos uma centena de vezes pela manhã, anotar todas as leituras, calcular a média e o desvio-padrão, supor que os dados ajustem-se à distribuição normal e, por fim, calcular a probabilidade de que estejas na faixa de peso adequada. Mesmo sendo pequena, essa probabilidade nunca será zero, e precisamos de esperança. (Sílvio)
querido Silvio:
meu único medo é que meu peso dê um número real (não aproximável por um racional ou qualquer outro desses chinfrins), o que me tomaria o resto da eternidade buscando o arredondamento adequado numa planilha Excel celestial algoritmada adamantizada etc., criada por enxadristas diligentes.
DdAB
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