23 janeiro, 2010

Deus e a Matemática

querido blog:
não é que esta ilustração, obtida no Gogle Images, lembra-me de Deus e da Matemática? com alguns requebros que não vislumbro, tiro noves fora e chego ao desenho primevo de uma cabeça. evoluir é a finalidade da vida. deste modo, somos forçados a crer que a primeira cabeça, modelada por meio desta imagem, ou outra assemelhada, ainda que não intencional, foi mesmo de um blim-blim-blim trilhando o meio (meiota) do caminho entre o animal e o vegetal. não penso mostrar-se necessário dar maiores detalhes.

parece mesmo que evoluir é a finalidade da vida. primeiramente, porque existem as ciências lógicas, como a lógica e a matemática. elas fazem verdades lógicas, incontestáveis sob o ponto de vista lógico, lógico. por exemplo, sempre que alguém imaginar um triângulo retângulo, ele terá que provar que a soma dos ângulos internos ferve a 180graus, um troço assim. este "alguém" não precisa ser um terráqueo. mas, se pensar, terá que achar 180graus de ângulo (ou aquilo em que estava pensando não era um triângulo).

foi este tipo de raciocínio, bebericando um drink que inventei há dias, chamado de Duilino, em minha própria homenagem e em contraste a outro (muito assemelhado) chamado de Negrone, constituído o Duilino por 1/3 de Cointreau, 1/3 de Grand Marnier, 1/3 de Jack Daniels e 1/3 de quatro colheres de chá de suco de limão, e mais uma rodela de limão, o que também joga na roda (no Adriático?) nova versão da teoria das três metades, foi este tipo de raciocínio, rememoro que ouvi, expresso em forma verbal, há menos de 24 horas: a matemática não é uma opinião: é uma razão. gostei! de tudo, from scratch.

por outro lado, uma vez que evoluir é a finalidade da vida, permanece a questão etiológica: será que o Universo Amplo criou tudo e, ao fazê-lo, criou-se a si próprio ou, alternativamente, tudo sempre existiu? no primeiro caso, podemos falar em Deus, talvez até com "capitals" mesmo. mas, na linha da lógica de Guilherme de Occam, talvez o melhor seja pensarmos que este troço todo sempre existiu e que talvez nunca nenhuma mente (como entendemos o termo hoje, aqui no Adriático) tenha a capacidade de entender este troço da etiologia. talvez nem tampouco da teleologia.

somos "organismos", como terei ouvido de Sueli da Câmara (não é a Fada A), ou seja, seres minúsculos, comparados com os problemas que volta e meia criamos. esta visão leva-me a pensar novamente na teleologia e, especialmente, na axiologia: de onde vêm os valores que esposamos, se não for de uma forte formação religiosa? as ciências lógicas, e sua aplicação chamada de teoria dos jogos, talvez ajude a responder: sou bondoso porque meu pay-off eleva-se se meus amigos e adversários pensarmos que jogo tit-for-tat. como sabemos que sabemos ou não, pay-off é a recompensa que ganho ao envolver-me em algum tipo de interação com outro ser. como também sabemos, tit-for-tat é uma estratégia do estilo "olho por olho": ou seja se me furas um olho ou arrancas um dente, vingo-me furando-te apenas um olho ou arrancando-te apenas um dente. depois disto, eu estaria disposto a voltar a cooperar contigo. de modo análogo, eu e Marcel Mauss temos dito que a troca dos presentes é fundamental para o sucesso civilizatório: se me dás um presente, eu não te digo um desaforo. ao contrário, sentir-me-ei compelido a retribuir.

e que dizer de quem diz "quero sair miano"? ou "acredito nin Deus"? digo: bye now.
DdAB

Um comentário:

... DdAB - Duilio de Avila Berni, ... disse...

querido blog:
eu pensei que SdS iria comentar esta postagem, mas ele comentou os rumos do otimismo. é uma otimista contido!
DdAB