querido blog:
aqui na margem mais ocidental do Mar Adriático fez um domingo às vezes ensolarado. agora chove, mas chove, chove e choverá em todos os lugares deste desabrigado e desabrido planeta. seja como for, parece que as pegadas que andamos plantando por aqui e por ali deixaram algum/s registro/s. no caso, eu queria comentar o significado astronômico e astrológico do segundo dedo do pé.
terei ouvido que a Sra. Nadir (de Tal) estaria fadada a mandar no marido, por ter nascido com dois dedos do pé (ambos), o adjacente e o que lhe é adjacente, mais compridos do que os demais, inclusive o próprio hálux. de minha parte, minha mulher manda em mim, mas faz-me algumas vontades (servidão voluntária?) que embasbacaria as feministas mais combativas e mesmo os homens basbaques. não mais de 20 ou 30 anos atrás, deu-se um diálogo que não posso manter inédito para as ondas mundiais. esparrafachava-me em uma cadeira de praia, com uma sede dos diabos, mais fácil Cristo sair da cruz do que eu levantar-me dali. pedi a minha bonecra:
-trar-me-ias uma estupidamente do congelador?
ao voltar com a geladésima, a Sra. Zenite, nossa convidada para aquele período praiano (no Hemisfério Sul), indagou-lhe:
-por que que tu busca estas coisa para o Negrone? (supondo que a personagem [realíssima] que agora descrevo assim se chamasse).
a boneca disse apenas:
-porque ele pediu.
mesmo sabendo ter colocado tudo a perder, a Sra. Zenith indagou-me:
-e tu, por que que tu pede?
não que eu seja malvado, mas não tive contemplação e respondi um tanto secamente para quem ingeria uma mofada de tão molhada:
-porque ela tráz.
DdAB
31 janeiro, 2010
27 janeiro, 2010
Amar o Grêmio
bom dia, meu amado blog:
tudo bom? esta é uma carta pessoal. quero falar de amor. o marcador, claro, é "Vida Pessoal", mas poderia ser os demais, nomeadamente, "Escritos" e "Economia Política". trata-se de "Escritos" porque não são "Falados", item que não consta de minhas indexações. trata-se de "Economia Política", pois nada há de mais distante da "Política Econômica" do que o que seguirei a escrever.
mulheres gremistas? gremistas petistas que desfraldam bandeiras azuis? gremistas GLS que agitam bandeiras multicores? nunca esquecerei uma reportagem do um tanto obfuscado jornal Zero Hora sobre harmonia das "torcidas", em que um par de garotas, com camisas Gre-Nal, mostravam intensa felicidade em estarem juntas, em amarem clubes diversos, adversários, e se amarem fraternalmente. chamou-me a atenção cada detalhe da foto. o que destaco (e não é o mais importante, apenas é importante para o tema) é que a garota com a camiseta do Grêmio, puxou o tecido com o punho cerrado bem sobre seu coração. amor ao Grêmio, amor à amiga, amor, por que negar?, à idéia do jornal de vê-las harmonizadas.
hoje apenas os gaúchos mais primários, brutos ("um bruto", parece-me ter lido em Graciliano, já não lembro se o rapaz de "Caetés" ou o próprio Paulo Honório (de "S. Bernardo") ou um terceiro, que me fugiria com as preás, a Baleia. e Graça botaria esta última vírgula?), repito, brutos, pensam na rivalidade universal como única alternativa à convivência com o - chavão - coirmão. elas eram coirmãs. e são. e amam seus clubes, e tem lá seus outros amores. ninguém ama apenas um objeto. nem ninguém pensa no objeto amado o tempo inteiro. no outro dia, falei que Freud referia-se a seus - hoje sabemos - algozes como "meus amados charutos". quando li isto, engasguei.
pois bem, a literatura moderna divide-se em contos, fábulas e apólogos, não é isto? bem, talvez não seja tão moderna assim, pois terei aprendido isto lá por 1965... seja como for, o conto fala de gente, a fábula fala de bichos que falam e o apólogo fala de objetos que falam. "Uns braços" é um conto, "O Leão e o Burro" é uma fábula e "A aguia de Haia" é um apólogo (n.b. "aguia" pronuncia-se "agúia" e não "águia".). não é isto?
por isto, somos forçados a concluir que podemos amar coisas, como fez Freud com os charutos, seus milhares de objetos de uso, desde as obras de arte até as camisas e o terno que, se ainda lembro, dos anos magros, era único e ele preciava deitar-se até que a Frau o lavasse e passasse, pois nada mais tinha de roupa. estranho esse velhinho. eu disse "esse" e não "este".
no outro dia, minha cunhada LP falou que fora ao jogo do Grêmio (acompanhada de sua irmã LP), este fora derrotado, em virtude de falhas gritantes do árbitro, do time adversário, da própria "torcida", de tudo e de todos, exceto a falhas do Grêmio itself. eu percebi o sofrimento e indaguei o que a fazia "apoiar" o Grêmio. ela, especialista no tema, disse ser amor. aqui em Pescara, às vésperas de receber CA, pensei em ZP (Zizzi Pozzi) e seu disco: "per amore". ligando Grêmio e charutos, obras completas de Machado e cadeiras de açoita-cavalo, canetinhas stábilo e tapete turco, vejo que amo pilhas de objetos materiais. e não sou materialista: materialista é quem ama a matéria intocada pela mão humana. quem ama um televisor é menos materialista do que quem ama uma cachoeira. quem ama um televisor e desconhece o segredo do fetichismo das mercadorias é porque não leu a seção 4 do capítulo 1 do volume 1 d'O Capital. não falei que tudo tem a ver com "escritos" e "economia política"?
DdAB
tudo bom? esta é uma carta pessoal. quero falar de amor. o marcador, claro, é "Vida Pessoal", mas poderia ser os demais, nomeadamente, "Escritos" e "Economia Política". trata-se de "Escritos" porque não são "Falados", item que não consta de minhas indexações. trata-se de "Economia Política", pois nada há de mais distante da "Política Econômica" do que o que seguirei a escrever.
mulheres gremistas? gremistas petistas que desfraldam bandeiras azuis? gremistas GLS que agitam bandeiras multicores? nunca esquecerei uma reportagem do um tanto obfuscado jornal Zero Hora sobre harmonia das "torcidas", em que um par de garotas, com camisas Gre-Nal, mostravam intensa felicidade em estarem juntas, em amarem clubes diversos, adversários, e se amarem fraternalmente. chamou-me a atenção cada detalhe da foto. o que destaco (e não é o mais importante, apenas é importante para o tema) é que a garota com a camiseta do Grêmio, puxou o tecido com o punho cerrado bem sobre seu coração. amor ao Grêmio, amor à amiga, amor, por que negar?, à idéia do jornal de vê-las harmonizadas.
hoje apenas os gaúchos mais primários, brutos ("um bruto", parece-me ter lido em Graciliano, já não lembro se o rapaz de "Caetés" ou o próprio Paulo Honório (de "S. Bernardo") ou um terceiro, que me fugiria com as preás, a Baleia. e Graça botaria esta última vírgula?), repito, brutos, pensam na rivalidade universal como única alternativa à convivência com o - chavão - coirmão. elas eram coirmãs. e são. e amam seus clubes, e tem lá seus outros amores. ninguém ama apenas um objeto. nem ninguém pensa no objeto amado o tempo inteiro. no outro dia, falei que Freud referia-se a seus - hoje sabemos - algozes como "meus amados charutos". quando li isto, engasguei.
pois bem, a literatura moderna divide-se em contos, fábulas e apólogos, não é isto? bem, talvez não seja tão moderna assim, pois terei aprendido isto lá por 1965... seja como for, o conto fala de gente, a fábula fala de bichos que falam e o apólogo fala de objetos que falam. "Uns braços" é um conto, "O Leão e o Burro" é uma fábula e "A aguia de Haia" é um apólogo (n.b. "aguia" pronuncia-se "agúia" e não "águia".). não é isto?
por isto, somos forçados a concluir que podemos amar coisas, como fez Freud com os charutos, seus milhares de objetos de uso, desde as obras de arte até as camisas e o terno que, se ainda lembro, dos anos magros, era único e ele preciava deitar-se até que a Frau o lavasse e passasse, pois nada mais tinha de roupa. estranho esse velhinho. eu disse "esse" e não "este".
no outro dia, minha cunhada LP falou que fora ao jogo do Grêmio (acompanhada de sua irmã LP), este fora derrotado, em virtude de falhas gritantes do árbitro, do time adversário, da própria "torcida", de tudo e de todos, exceto a falhas do Grêmio itself. eu percebi o sofrimento e indaguei o que a fazia "apoiar" o Grêmio. ela, especialista no tema, disse ser amor. aqui em Pescara, às vésperas de receber CA, pensei em ZP (Zizzi Pozzi) e seu disco: "per amore". ligando Grêmio e charutos, obras completas de Machado e cadeiras de açoita-cavalo, canetinhas stábilo e tapete turco, vejo que amo pilhas de objetos materiais. e não sou materialista: materialista é quem ama a matéria intocada pela mão humana. quem ama um televisor é menos materialista do que quem ama uma cachoeira. quem ama um televisor e desconhece o segredo do fetichismo das mercadorias é porque não leu a seção 4 do capítulo 1 do volume 1 d'O Capital. não falei que tudo tem a ver com "escritos" e "economia política"?
DdAB
P.S. E o açoita-cavalo tem como nome científico Luehea Divaricata. Mas também achei na internet um chá Luehea Candicans e outro de Guazuma Ulmifolia.
26 janeiro, 2010
Vida de Campo
querido blog:
é brabo a vida de campo. é brabo nadar de poncho. é brabo nadar de poncho e mergulhar de guarda-chuva. água morro abaixo e fogo morro acima: forças inexoráveis. que podes fazer se te antepões a forças inexoráveis? deixa a água correr, deixa o fogo morrer. pode escrever errado para dizer que quem está dizendo são os outros, que diriam errado anyway?
por outro lado, diziam-me: "se eu não me queimo, se tu não te queimas, de onde surgirá a chama?" eu pensei em fazer minha parte, mas sobrevivi. pensei ter-me sentido culpado por ter tido amigos que se foram com a guerrilha. como, parece, ouvi de Zé Kéti, que era arrimo de família, um troço assim, que por estas ou outras sinuosas e pouco bélicas razões, não teria vindo fazer a Campanha da Itália, mas ficara "batendo perna no quartel", que devia ser bem situadinho no Rio de Janeiro.
por outro lado, entendi que os regionalismos são fascinantes e nem todos originam-se de nossos antepassados índios. será que todos sabemos o que é um poncho? e pubar? uma puba, do tupi, é algo fermentado. em particular a mandioca dada para animais atualmente ainda é deixada "a pubar" uns dias antes de ser-lhes servida. a internet Google Images deu-me a imagem acima.
por outro lado, entendi que um menino que circula elipsóidemente (então não circula, não é?) passou a odiar coraçãozinho de galinha servido no espeto, pois soube que o animal que o fazia pulsar já morrera. teve certa repugnância em ver-se envolvido com o cadáver de uma galinha. e lembrou-me -a história- de Albert Schweitzer, que disse ter-se tornado vegetariano, ao perceber que ser onívoro significava comer cadáveres.
DdAB
é brabo a vida de campo. é brabo nadar de poncho. é brabo nadar de poncho e mergulhar de guarda-chuva. água morro abaixo e fogo morro acima: forças inexoráveis. que podes fazer se te antepões a forças inexoráveis? deixa a água correr, deixa o fogo morrer. pode escrever errado para dizer que quem está dizendo são os outros, que diriam errado anyway?
por outro lado, diziam-me: "se eu não me queimo, se tu não te queimas, de onde surgirá a chama?" eu pensei em fazer minha parte, mas sobrevivi. pensei ter-me sentido culpado por ter tido amigos que se foram com a guerrilha. como, parece, ouvi de Zé Kéti, que era arrimo de família, um troço assim, que por estas ou outras sinuosas e pouco bélicas razões, não teria vindo fazer a Campanha da Itália, mas ficara "batendo perna no quartel", que devia ser bem situadinho no Rio de Janeiro.
por outro lado, entendi que os regionalismos são fascinantes e nem todos originam-se de nossos antepassados índios. será que todos sabemos o que é um poncho? e pubar? uma puba, do tupi, é algo fermentado. em particular a mandioca dada para animais atualmente ainda é deixada "a pubar" uns dias antes de ser-lhes servida. a internet Google Images deu-me a imagem acima.
por outro lado, entendi que um menino que circula elipsóidemente (então não circula, não é?) passou a odiar coraçãozinho de galinha servido no espeto, pois soube que o animal que o fazia pulsar já morrera. teve certa repugnância em ver-se envolvido com o cadáver de uma galinha. e lembrou-me -a história- de Albert Schweitzer, que disse ter-se tornado vegetariano, ao perceber que ser onívoro significava comer cadáveres.
DdAB
25 janeiro, 2010
Parcimonismo e e Perdularismo
querido blog:
seguem as reflexões sobre meiotas, isto que aqui em Pescara não tem cachaça, ainda que os supermercados estejam recheados de maionese, o que permite nela viajarmos.
mesmo que inventando alguma das palavras do título desta postagem, minhas reflexões sobre meiotas e teoria do meio copo cheio, poliana etc. adaptam-se, facilmente, do que segue. e que teria ouvido de dois meninos de rua, caso os houvesse por aqui. aqui há, já sabemos, trabalhadores precários, vendendo isqueiros, guarda-chuvas e similares.
disse o promeiro sobre o preço de um par de cobertores pura lã Aurora (não mais produzidos):
-499? (que era o preço da vitrine)
respondeu-lhe o outro:
-ah, 400 é um bom preço.
chocado com o critério de arredondamento usado pelo segundo menino de rua, o primeiro disse:
-500, né, meu?
eu disse que não diria nada aproveitável?
DdAB
p.s.: ainda assim, o otimista (cultivado ou natural) teria dito: "falar e rir para a sorte abrir". isto leva logicamente a pensarmos que o Senado Federal é que é um pândego. devia ser fechado.
24 janeiro, 2010
Polyana, Meio Copo Cheio e Otimismo Cultivado
querido blog:
neste domingo, em instantes, vou ver o filme Avatar. em três dimensões, não é teatro. de manhã, corri na Lungomare. vi milhares de gentes e lembrei de filmes fellinianos e, claro, das ramblas de Barcelona, que -se bem lembro- não são à beira-mar, mas nele chegam, no navio réplica da Santa Maria, da Pinta ou da Niña, não lembro.
neste domingo, procurei "otimismo cultivado" no Google Images e veio-me uma lembrança de Janis Joplin: "take another bit of my heart, baby". antes, eu enviara um e-mail a SM, sugerindo fazermos uma série de 3.146 papers, o que ela achou exagerado, pois o número pi poderia levar-nos ao infinito. mas talvez façamos um, o que quereria dizer simplesmente (pi)^0, capturou?
seja como for, decidi falar por aqui de
.a. teoria de poliana: tem que forçar a barra para instilar otimismo nos outros (se bem fizeres, viverás feliz contigo mesmo/a. lembrar que quem sorri é mais feliz do que quem não o faz!
.b. teoria do meio copo cheio: claro que todos podemos pensar metaforicamente que meio copo cheio é meio copo vazio. mas o bom mesmo é vê-lo cheio ou pelo menos pela metade.
.c. teoria do otimismo cultivado: podemos pensar que a vida é um mar de sargaços, mas o melhor mesmo é iludirmo-nos e passar a acreditar que ela é um mar de rosas.
o resumo destas teorias de felicidade auto-inflingível é um diálogo que não tive mas poderia ter tido:
DdAB: fui incapaz de convencê-lo.
AAM: ele foi incapaz de entender meu argumento.
ou seja, o melhor mesmo é "blame the victim" e "save one's own soul".
Não é isto?
DdAB
neste domingo, em instantes, vou ver o filme Avatar. em três dimensões, não é teatro. de manhã, corri na Lungomare. vi milhares de gentes e lembrei de filmes fellinianos e, claro, das ramblas de Barcelona, que -se bem lembro- não são à beira-mar, mas nele chegam, no navio réplica da Santa Maria, da Pinta ou da Niña, não lembro.
neste domingo, procurei "otimismo cultivado" no Google Images e veio-me uma lembrança de Janis Joplin: "take another bit of my heart, baby". antes, eu enviara um e-mail a SM, sugerindo fazermos uma série de 3.146 papers, o que ela achou exagerado, pois o número pi poderia levar-nos ao infinito. mas talvez façamos um, o que quereria dizer simplesmente (pi)^0, capturou?
seja como for, decidi falar por aqui de
.a. teoria de poliana: tem que forçar a barra para instilar otimismo nos outros (se bem fizeres, viverás feliz contigo mesmo/a. lembrar que quem sorri é mais feliz do que quem não o faz!
.b. teoria do meio copo cheio: claro que todos podemos pensar metaforicamente que meio copo cheio é meio copo vazio. mas o bom mesmo é vê-lo cheio ou pelo menos pela metade.
.c. teoria do otimismo cultivado: podemos pensar que a vida é um mar de sargaços, mas o melhor mesmo é iludirmo-nos e passar a acreditar que ela é um mar de rosas.
o resumo destas teorias de felicidade auto-inflingível é um diálogo que não tive mas poderia ter tido:
DdAB: fui incapaz de convencê-lo.
AAM: ele foi incapaz de entender meu argumento.
ou seja, o melhor mesmo é "blame the victim" e "save one's own soul".
Não é isto?
DdAB
23 janeiro, 2010
Deus e a Matemática
querido blog:
não é que esta ilustração, obtida no Gogle Images, lembra-me de Deus e da Matemática? com alguns requebros que não vislumbro, tiro noves fora e chego ao desenho primevo de uma cabeça. evoluir é a finalidade da vida. deste modo, somos forçados a crer que a primeira cabeça, modelada por meio desta imagem, ou outra assemelhada, ainda que não intencional, foi mesmo de um blim-blim-blim trilhando o meio (meiota) do caminho entre o animal e o vegetal. não penso mostrar-se necessário dar maiores detalhes.
parece mesmo que evoluir é a finalidade da vida. primeiramente, porque existem as ciências lógicas, como a lógica e a matemática. elas fazem verdades lógicas, incontestáveis sob o ponto de vista lógico, lógico. por exemplo, sempre que alguém imaginar um triângulo retângulo, ele terá que provar que a soma dos ângulos internos ferve a 180graus, um troço assim. este "alguém" não precisa ser um terráqueo. mas, se pensar, terá que achar 180graus de ângulo (ou aquilo em que estava pensando não era um triângulo).
foi este tipo de raciocínio, bebericando um drink que inventei há dias, chamado de Duilino, em minha própria homenagem e em contraste a outro (muito assemelhado) chamado de Negrone, constituído o Duilino por 1/3 de Cointreau, 1/3 de Grand Marnier, 1/3 de Jack Daniels e 1/3 de quatro colheres de chá de suco de limão, e mais uma rodela de limão, o que também joga na roda (no Adriático?) nova versão da teoria das três metades, foi este tipo de raciocínio, rememoro que ouvi, expresso em forma verbal, há menos de 24 horas: a matemática não é uma opinião: é uma razão. gostei! de tudo, from scratch.
por outro lado, uma vez que evoluir é a finalidade da vida, permanece a questão etiológica: será que o Universo Amplo criou tudo e, ao fazê-lo, criou-se a si próprio ou, alternativamente, tudo sempre existiu? no primeiro caso, podemos falar em Deus, talvez até com "capitals" mesmo. mas, na linha da lógica de Guilherme de Occam, talvez o melhor seja pensarmos que este troço todo sempre existiu e que talvez nunca nenhuma mente (como entendemos o termo hoje, aqui no Adriático) tenha a capacidade de entender este troço da etiologia. talvez nem tampouco da teleologia.
somos "organismos", como terei ouvido de Sueli da Câmara (não é a Fada A), ou seja, seres minúsculos, comparados com os problemas que volta e meia criamos. esta visão leva-me a pensar novamente na teleologia e, especialmente, na axiologia: de onde vêm os valores que esposamos, se não for de uma forte formação religiosa? as ciências lógicas, e sua aplicação chamada de teoria dos jogos, talvez ajude a responder: sou bondoso porque meu pay-off eleva-se se meus amigos e adversários pensarmos que jogo tit-for-tat. como sabemos que sabemos ou não, pay-off é a recompensa que ganho ao envolver-me em algum tipo de interação com outro ser. como também sabemos, tit-for-tat é uma estratégia do estilo "olho por olho": ou seja se me furas um olho ou arrancas um dente, vingo-me furando-te apenas um olho ou arrancando-te apenas um dente. depois disto, eu estaria disposto a voltar a cooperar contigo. de modo análogo, eu e Marcel Mauss temos dito que a troca dos presentes é fundamental para o sucesso civilizatório: se me dás um presente, eu não te digo um desaforo. ao contrário, sentir-me-ei compelido a retribuir.
e que dizer de quem diz "quero sair miano"? ou "acredito nin Deus"? digo: bye now.
DdAB
não é que esta ilustração, obtida no Gogle Images, lembra-me de Deus e da Matemática? com alguns requebros que não vislumbro, tiro noves fora e chego ao desenho primevo de uma cabeça. evoluir é a finalidade da vida. deste modo, somos forçados a crer que a primeira cabeça, modelada por meio desta imagem, ou outra assemelhada, ainda que não intencional, foi mesmo de um blim-blim-blim trilhando o meio (meiota) do caminho entre o animal e o vegetal. não penso mostrar-se necessário dar maiores detalhes.
parece mesmo que evoluir é a finalidade da vida. primeiramente, porque existem as ciências lógicas, como a lógica e a matemática. elas fazem verdades lógicas, incontestáveis sob o ponto de vista lógico, lógico. por exemplo, sempre que alguém imaginar um triângulo retângulo, ele terá que provar que a soma dos ângulos internos ferve a 180graus, um troço assim. este "alguém" não precisa ser um terráqueo. mas, se pensar, terá que achar 180graus de ângulo (ou aquilo em que estava pensando não era um triângulo).
foi este tipo de raciocínio, bebericando um drink que inventei há dias, chamado de Duilino, em minha própria homenagem e em contraste a outro (muito assemelhado) chamado de Negrone, constituído o Duilino por 1/3 de Cointreau, 1/3 de Grand Marnier, 1/3 de Jack Daniels e 1/3 de quatro colheres de chá de suco de limão, e mais uma rodela de limão, o que também joga na roda (no Adriático?) nova versão da teoria das três metades, foi este tipo de raciocínio, rememoro que ouvi, expresso em forma verbal, há menos de 24 horas: a matemática não é uma opinião: é uma razão. gostei! de tudo, from scratch.
por outro lado, uma vez que evoluir é a finalidade da vida, permanece a questão etiológica: será que o Universo Amplo criou tudo e, ao fazê-lo, criou-se a si próprio ou, alternativamente, tudo sempre existiu? no primeiro caso, podemos falar em Deus, talvez até com "capitals" mesmo. mas, na linha da lógica de Guilherme de Occam, talvez o melhor seja pensarmos que este troço todo sempre existiu e que talvez nunca nenhuma mente (como entendemos o termo hoje, aqui no Adriático) tenha a capacidade de entender este troço da etiologia. talvez nem tampouco da teleologia.
somos "organismos", como terei ouvido de Sueli da Câmara (não é a Fada A), ou seja, seres minúsculos, comparados com os problemas que volta e meia criamos. esta visão leva-me a pensar novamente na teleologia e, especialmente, na axiologia: de onde vêm os valores que esposamos, se não for de uma forte formação religiosa? as ciências lógicas, e sua aplicação chamada de teoria dos jogos, talvez ajude a responder: sou bondoso porque meu pay-off eleva-se se meus amigos e adversários pensarmos que jogo tit-for-tat. como sabemos que sabemos ou não, pay-off é a recompensa que ganho ao envolver-me em algum tipo de interação com outro ser. como também sabemos, tit-for-tat é uma estratégia do estilo "olho por olho": ou seja se me furas um olho ou arrancas um dente, vingo-me furando-te apenas um olho ou arrancando-te apenas um dente. depois disto, eu estaria disposto a voltar a cooperar contigo. de modo análogo, eu e Marcel Mauss temos dito que a troca dos presentes é fundamental para o sucesso civilizatório: se me dás um presente, eu não te digo um desaforo. ao contrário, sentir-me-ei compelido a retribuir.
e que dizer de quem diz "quero sair miano"? ou "acredito nin Deus"? digo: bye now.
DdAB
22 janeiro, 2010
50 Anos Atrás
querido blog:
tudo isto deixa-me um tanto emocionado. o sucesso de minha festa de aniversário dos 62,5 foi algo que me fez pensar nos destinos da humanidade, além de meu próprio. mas tanto pensa em destino (output) que decidi pensar um pouco nas origens (inputs). o primeiro curso realmente sério que recebi sobre o tema foi na University of Sussex, Profa. Julia Hebden (que veio, anos após, a dar-me uma das decisivas cartas que viabilizou meu aceite em Oxford e, como tal, conhecer "o maior intelectual de esquerda" de minha vida. claro que há outros, como Samuel Bowles, mas este eu conheço apenas superficialmente. o Andrew J. Glyn é outra coisa: jamais o esquecerei.
"50 anos atrás" é o título de um livro espírita que li há mais de 50 anos. teria eu uns 12-13, em média (meiota), 12,5. jaguari. tinha Siomara. tinha um neguinho (diria a Ministra Dilma...) que suicidou-se bathing, ou seja, foi para a banheira, encheu-a (um escravo é que o teria feito?), cortou os pulsos, e ficou a olhar a água a colorir-se, colorar-se. no outro dia, evoquei que a primeira vez que ouvi falar em suicídio fora com o casal Leon-Natália. pois não fora. foi no romance. claro que, neste último, todo mundo reencarna, in due time, mas o bom mesmo é não dar cobro à vida. quem o faz pode ser declarado criança, criminoso ou louco.
por falar em "bathing" e "loo", que foi o que procurei no Google-Images, veio-me a figura acima, uma camiseta um tanto sargentepeperizada. mas não era a ela que eu estava buscando e sim a esta coisa de 50 anos. quanto dá 2010-1977? 43, quase 50, ou até 33. ou seja, há meio século, ocorreu-me algo muito curioso.
"50 anos atrás" é o título de um livro espírita que li há mais de 50 anos. teria eu uns 12-13, em média (meiota), 12,5. jaguari. tinha Siomara. tinha um neguinho (diria a Ministra Dilma...) que suicidou-se bathing, ou seja, foi para a banheira, encheu-a (um escravo é que o teria feito?), cortou os pulsos, e ficou a olhar a água a colorir-se, colorar-se. no outro dia, evoquei que a primeira vez que ouvi falar em suicídio fora com o casal Leon-Natália. pois não fora. foi no romance. claro que, neste último, todo mundo reencarna, in due time, mas o bom mesmo é não dar cobro à vida. quem o faz pode ser declarado criança, criminoso ou louco.
por falar em "bathing" e "loo", que foi o que procurei no Google-Images, veio-me a figura acima, uma camiseta um tanto sargentepeperizada. mas não era a ela que eu estava buscando e sim a esta coisa de 50 anos. quanto dá 2010-1977? 43, quase 50, ou até 33. ou seja, há meio século, ocorreu-me algo muito curioso.
tipo dia 5 de agosto de 1977, parti de Porto Alegre, embalei-me por uns momentos no Rio de Janeiro e cruzei o Equador pela primeira vez em minha pacata vida. não tomei pileques, como -dizque- faziam os antigos navegantes portugueses. em sucessivas travessias, vi que eles deixaram milhares de descendentes, pois observei uma amostra muito expressiva de muito gambá.
como sabemos, Gatwick é o “segundo aeroporto de Londres”, sendo o primeiro chamado de Heathrow, perto de Reading, para onde eu fui, depois de dois dias de London-London. Caetano e Beatles. de Gatwick, como manda o figurino, fui à Victoria Station. lá, para minha estupefação, vi o primeiro sinal do que considerei sendo um arcaísmo do tempo em que não havia tempo: um aviso para que os usuários da estação cuidassem das carteiras, pois havia ladrões nas cercanias. pensei; “se não gostam de ladrões, por que não os prendem?”
seja como for, no próprio avião da British Caledonian, havia uma boa meia-dúzia de brasileiros e brasileiras. comemos pizza já em Londres, visitamos lojas de artigos “eróticos” na Chaucery Lane (?), Soho. antes do prândio, lembro de ter ido ao “hotel” (depois vim a saber que se tratava de halls universitários) de colegas para “gather together”, como eu aprenderia quase 50 anos depois...
tendo lá chegado, eu queria ir ao banheiro. Indaguei: “can I go to the bathrrrrroom?” achando-me petulante com o caprichadíssimo “r” americano, o Porter (que não era, presumo, o Michael) olhou-me de cima a baixo e fez sua história. não entendi patavina, odiei, mas agora mudei de opinião. ele estava dificultando minha comunicação consigo. dificultar a comunicação, no caso nada mais era do que uma manifestação do humor inglês.
milhares de anos anos depois, quando fui para Oxford (chegando por Heathrow, very practical), vim a entender que “loo” era o que eu deveria ter dito. agora que tudo passou, posso dizer que “loo” é nosso “banheiro”, o “gare de l’eau” dos franceses, que chegou aos ingleses como tal. são os tais. e eu estou na estrada, como sabemos, há mais de 62,5 anos. já cruzei o Equador mais de 20 vezes (entre idas e vindas; são tantas que perdi as contas...)
DdAB
20 janeiro, 2010
O Nome do Homem
querido blog:
lembrei de Drummond:
"que coisa é o homem
"que há sobre o nome
"uma hagiografia?
((ou era geografia? esta memória))
fora Plínios e Jùlios, já me chamaram com relativa frequencia de Duílio e Duilho. aqui em Pescara localizei elevação na frequencia das variantes: Duilo, Duíli e -novidade absoluta- Duília (talvez seja corruptela ou mal-entendido do filho de Neide, William).
tá bom, né?
DdAB
p.s.: a ilustração não sei não mas poderia ter sido o Adriático no domingo passado!
mais um p.s.: informa-me Wanda dAB que já fui chamado de Dumilho e, mais sutil, Dutrigo, óbvia variação em torno de "o homem do milho". Este foi o José Danúbio Pires, chamado pelo Prof. JdMG de "Valsante". aí também lembrei das rimas, esta que coloquei no site, "Duilio, filho de um potrilho", com pronúncia de "putrilho", claro.
Marcadores:
Vida Pessoal
17 janeiro, 2010
Cultura, Externalidades e Regulamentações
querido Blog:
vim a entender que, na Itália, não é hábito culturalmente validado vender a tampa da panela juntamente com a panela propriamente dita. aprendi-o porque, na casa em que habito, há apenas uma panela, sem tampa. mas "dá de fazer molho", pois há duas frigideiras. não há chaleiras nem algo assemelhado.
por puro acaso, no outro dia, eu vira em uma loja de artigos chineses, uma pilha de tampas de panela e, quando percebi que as panelas não se fazem acompanhar de tampas, incontinenti, dei-me conta de que essas tampas "solteiras" estavam à venda. comprei uma. se bem lembro paguei E 1,50 ou, com exagero, E 3,50. deixemos pelos 1,50.
pensei que milhões de tampas poderiam significar alguma economia de energia não desprezível, pois ferver sem tampa é menos eficiente do que ferver tampado. pelo menos foi o que me disses um menino de rua local (ficção, claro, pois todos os meninos são de casa). então a questão econômica é: deixa o consumidor escolher levar sua panela pelo preço que a indústria oferece e, se desejar, gasta mais E 1,50 na tampa, que lhe economiza energia em montante desprezível (mas significativo, sob o ponto de vista social: de grão em grão é que a galinha enche o papo).
agora, cá entre nós, tornar obrigatória a produção e entrega da tampa quando neguinho compra uma panela já é casca grossa. usar subsídios?
DdAB
vim a entender que, na Itália, não é hábito culturalmente validado vender a tampa da panela juntamente com a panela propriamente dita. aprendi-o porque, na casa em que habito, há apenas uma panela, sem tampa. mas "dá de fazer molho", pois há duas frigideiras. não há chaleiras nem algo assemelhado.
por puro acaso, no outro dia, eu vira em uma loja de artigos chineses, uma pilha de tampas de panela e, quando percebi que as panelas não se fazem acompanhar de tampas, incontinenti, dei-me conta de que essas tampas "solteiras" estavam à venda. comprei uma. se bem lembro paguei E 1,50 ou, com exagero, E 3,50. deixemos pelos 1,50.
pensei que milhões de tampas poderiam significar alguma economia de energia não desprezível, pois ferver sem tampa é menos eficiente do que ferver tampado. pelo menos foi o que me disses um menino de rua local (ficção, claro, pois todos os meninos são de casa). então a questão econômica é: deixa o consumidor escolher levar sua panela pelo preço que a indústria oferece e, se desejar, gasta mais E 1,50 na tampa, que lhe economiza energia em montante desprezível (mas significativo, sob o ponto de vista social: de grão em grão é que a galinha enche o papo).
agora, cá entre nós, tornar obrigatória a produção e entrega da tampa quando neguinho compra uma panela já é casca grossa. usar subsídios?
DdAB
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Economia Política
14 janeiro, 2010
Umas 39
querido diário:
é bonita a foto. busquei-a com os dizeres, sem o operador booleano "dó ré mi fá sol lá si", que me foi dado pelo Sr. Images, em segundo lugar. basta conferir. por outro lado, não calculei -o tempo urge em Pescara- quandos "birds" estão "on a wire", para falar do título de um filme, por si um trocadilho com stress e a foto acima.
outro lado do poliedro: ouvi o seguinte diálogo sabe-se lá onde:
-Sabes música?
-Claro: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si.
isto lembrou-me da peça infantil, que todo mundo tende a ser pai ou avô ou ambos, "Os Saltimbancos". cada animal ia dizendo as notas musicais que sabia. o jumento, muito sabido e modesto, declarou saber umas 39, um número primo, 32 notas a mais que o segundo orador do diálogo acima transcrito para benefício do leitor.
DdAB
p.s.: fora o filme "bird on a wire", não era isto?
é bonita a foto. busquei-a com os dizeres, sem o operador booleano "dó ré mi fá sol lá si", que me foi dado pelo Sr. Images, em segundo lugar. basta conferir. por outro lado, não calculei -o tempo urge em Pescara- quandos "birds" estão "on a wire", para falar do título de um filme, por si um trocadilho com stress e a foto acima.
outro lado do poliedro: ouvi o seguinte diálogo sabe-se lá onde:
-Sabes música?
-Claro: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si.
isto lembrou-me da peça infantil, que todo mundo tende a ser pai ou avô ou ambos, "Os Saltimbancos". cada animal ia dizendo as notas musicais que sabia. o jumento, muito sabido e modesto, declarou saber umas 39, um número primo, 32 notas a mais que o segundo orador do diálogo acima transcrito para benefício do leitor.
DdAB
p.s.: fora o filme "bird on a wire", não era isto?
13 janeiro, 2010
Vida Social em Pescara or elsewhere
Querido Blog:
Eu anunciara: a festa de comemoração de meus 62 anos e meio foi mesmo concorridíssima e, naturalmente, ganhei o bolo (gostosíssimo) que acima vemos. O povo daqui deixa-me louco de alegria e felicidade. Nunca vi nada igual. E não é apenas a colônia brasileira e seus satélites italianos (e uma garota da Croácia oslt). A dona do apartamento -Sra. Filomena- que ocupo é gentilíssima e já se habilitou para, quando chegar aqui a Sra. Abegg, sairmos os quatro a dançar, faltando-me falar em seu marido, Duccio-Francesco, que é um espanto de simpatia e intelecto.
Quando a Sra. Filomena falou que iríamos os quatro a dançar -qui lhi piatchi-, eu apenas balbuciei que não gosto muito de dança, ou melhor, adoro a dança dos outros, balé moderno ou clássico -como aqui verei em 10 dias o Quebra-Nozes, again. Ela não se deixou abater por uma peteca no ar e disse apenas: Meu marido também não dança necas dipiti biribas e vai do mesmo jeito. Achei melhor não argumentar e começar a preparar-me para o que minha sina reserva neste início de 2010.
DdAB
Eu anunciara: a festa de comemoração de meus 62 anos e meio foi mesmo concorridíssima e, naturalmente, ganhei o bolo (gostosíssimo) que acima vemos. O povo daqui deixa-me louco de alegria e felicidade. Nunca vi nada igual. E não é apenas a colônia brasileira e seus satélites italianos (e uma garota da Croácia oslt). A dona do apartamento -Sra. Filomena- que ocupo é gentilíssima e já se habilitou para, quando chegar aqui a Sra. Abegg, sairmos os quatro a dançar, faltando-me falar em seu marido, Duccio-Francesco, que é um espanto de simpatia e intelecto.
Quando a Sra. Filomena falou que iríamos os quatro a dançar -qui lhi piatchi-, eu apenas balbuciei que não gosto muito de dança, ou melhor, adoro a dança dos outros, balé moderno ou clássico -como aqui verei em 10 dias o Quebra-Nozes, again. Ela não se deixou abater por uma peteca no ar e disse apenas: Meu marido também não dança necas dipiti biribas e vai do mesmo jeito. Achei melhor não argumentar e começar a preparar-me para o que minha sina reserva neste início de 2010.
DdAB
12 janeiro, 2010
Vida Social em Porto Alegre ou elsewhere
querido blog:
parece que postei algo na madrugada do domingo/segunda feira que as circunstâncias impediram-me de visualizar no www. fui olhar nos "rascunhos" do próprio sistema e nada achei, exceto outros "rascunhos". havia um que, parece, eu deixara para outra hora as pesquisas. não as farei agora. talvez as tenha feito e publicado antes. precisava de pesquisa. não a farei...
eu dissera: existe um tema que falará por si mesmo para o qual prometo dedicar-lhe uma postagem inteirinha, com ilustrações do Google Images, com citação de João Cabral, Jorge Luiz Borges e Machado de Assis, ou seja, tudo o que de melhor possa conceber venha a inspirar-me para responder as três questões que seguem. com "João Cabral", "Borges" e "Machado de Assis", achei várias coisas, das quais destaco a imagem que nos antecede.
.a. se haverá melhor exemplo de tortura do que a praticada pela elite naziste ao som de Beethoven.
resposta: sim, há; nas civilizações tipo II, em que vicega o "dilema dos prisioneiros", podemos imaginar tudo. também podemos imaginar que "nada do que é humano me é estranho". E também podemos indagar-nos de ondem vem o bem, de onde vem a noção de moralidade e justiça. sempre que me indago isto penso na Profa. Hilda Jobim, que me deu aulas de matemática no longínquo ano de 1962. ela disse: "gente, não desesperem: antes de vocês já houve milhares de pessoas que estudaram teoremas." aprendemos nossa parte, penso.
.b. se haverá circunstâncias que justifiquem a ausência da polidez mesmo para o caso da prática das verdadeiras virtudes.
resposta: no caso da prática das verdadeiras virtudes, parece óbvio que a polidez é a regra fundamental. não se pode ser virtuoso comportando-se como um bruto, pois a brutalidade, a ira, a cobiça, inveja, etc. não são propriamente virtudes, algumas até sendo declaradas como pecados capitais. de outra parte, nas civilizações tipo II, ouvem-se exclamações, como a do Prof. Rubim, da mema série, do mesmo ano, que fumava charutos e tinha um automóvel importado: "escreveu, não leu, então não ganha elogio. mas se leu com boa entonação, ainda que não metido a ator, ganha 10." ele era 10.
.c. se o amor pode desprender-se das formas e viver o que é, ou seria, apenas a encarnação hegeliana (kardequiana?) do espírito puro.
resposta: sobre este troço de espírito puro, devo declarar não conhecer recônditos da alma humana mais impuros do que alguns impulsos que às vezes me acodem. João, Jorge e José diriam: "disto é que se recheia minha literatura." eu acrescentaria: e a de Graciliano, para não falar de Somerset Maughan e milhares de outros sobre quê já deitei as unhas.
DdAB
parece que postei algo na madrugada do domingo/segunda feira que as circunstâncias impediram-me de visualizar no www. fui olhar nos "rascunhos" do próprio sistema e nada achei, exceto outros "rascunhos". havia um que, parece, eu deixara para outra hora as pesquisas. não as farei agora. talvez as tenha feito e publicado antes. precisava de pesquisa. não a farei...
eu dissera: existe um tema que falará por si mesmo para o qual prometo dedicar-lhe uma postagem inteirinha, com ilustrações do Google Images, com citação de João Cabral, Jorge Luiz Borges e Machado de Assis, ou seja, tudo o que de melhor possa conceber venha a inspirar-me para responder as três questões que seguem. com "João Cabral", "Borges" e "Machado de Assis", achei várias coisas, das quais destaco a imagem que nos antecede.
.a. se haverá melhor exemplo de tortura do que a praticada pela elite naziste ao som de Beethoven.
resposta: sim, há; nas civilizações tipo II, em que vicega o "dilema dos prisioneiros", podemos imaginar tudo. também podemos imaginar que "nada do que é humano me é estranho". E também podemos indagar-nos de ondem vem o bem, de onde vem a noção de moralidade e justiça. sempre que me indago isto penso na Profa. Hilda Jobim, que me deu aulas de matemática no longínquo ano de 1962. ela disse: "gente, não desesperem: antes de vocês já houve milhares de pessoas que estudaram teoremas." aprendemos nossa parte, penso.
.b. se haverá circunstâncias que justifiquem a ausência da polidez mesmo para o caso da prática das verdadeiras virtudes.
resposta: no caso da prática das verdadeiras virtudes, parece óbvio que a polidez é a regra fundamental. não se pode ser virtuoso comportando-se como um bruto, pois a brutalidade, a ira, a cobiça, inveja, etc. não são propriamente virtudes, algumas até sendo declaradas como pecados capitais. de outra parte, nas civilizações tipo II, ouvem-se exclamações, como a do Prof. Rubim, da mema série, do mesmo ano, que fumava charutos e tinha um automóvel importado: "escreveu, não leu, então não ganha elogio. mas se leu com boa entonação, ainda que não metido a ator, ganha 10." ele era 10.
.c. se o amor pode desprender-se das formas e viver o que é, ou seria, apenas a encarnação hegeliana (kardequiana?) do espírito puro.
resposta: sobre este troço de espírito puro, devo declarar não conhecer recônditos da alma humana mais impuros do que alguns impulsos que às vezes me acodem. João, Jorge e José diriam: "disto é que se recheia minha literatura." eu acrescentaria: e a de Graciliano, para não falar de Somerset Maughan e milhares de outros sobre quê já deitei as unhas.
DdAB
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Vida Pessoal
08 janeiro, 2010
Sessenta e dois e meio (62,5)
Querido Blog:
Seguem as meiotas: trata-se de uma calça com algo a ver com 62,5, e uma perna meiotamente erguida. Tudo porque no dia 8 recém findo vivi uma das mais extraordinárias de minha vida. Fiz uma história para minhas agora oficialmente cinco fadas (Fada I (romano), Fada A, Fada P, Fada E e Fada Am, respectivamente, Sueli, Neide, Cândida, Eva e Margarete; é muita fada; mas há uma foto também com os príncipes, uns oito). Falarei mais sobre o tema, mostrando uma foto especialmente clicada na ocasião da festa dos 62,5. Meiotas são realmente meu forte! [nota: sempre coloco a palavra "forte" em itálico, pois percebo que ela entrou na língua portuguesa do italiano em expressão musical; além do piannoforte, temos os acordes com intensidades fortes e fortissimos]. vencida esta pedante nota, vejamos.
entendo que o primeiro teorema da idade ("nunca fui tão velho quanto hoje") deve dar lugar, conforme ensinou-me a Fada A, ao pensamento de que "a cada ano, estou mais novo do que no ano seguinte". ou seja, obviamente, ano que vem terei um ano a mais de idade contadinho no calendário. mas a obviedade está longe de esgotar o assunto: quanto mais eu viver, mais jovem serei, pois os "jovens" antecedendo jovens é o segredo da localização das coordenadas da fonte da juventude.
DdAB
Seguem as meiotas: trata-se de uma calça com algo a ver com 62,5, e uma perna meiotamente erguida. Tudo porque no dia 8 recém findo vivi uma das mais extraordinárias de minha vida. Fiz uma história para minhas agora oficialmente cinco fadas (Fada I (romano), Fada A, Fada P, Fada E e Fada Am, respectivamente, Sueli, Neide, Cândida, Eva e Margarete; é muita fada; mas há uma foto também com os príncipes, uns oito). Falarei mais sobre o tema, mostrando uma foto especialmente clicada na ocasião da festa dos 62,5. Meiotas são realmente meu forte! [nota: sempre coloco a palavra "forte" em itálico, pois percebo que ela entrou na língua portuguesa do italiano em expressão musical; além do piannoforte, temos os acordes com intensidades fortes e fortissimos]. vencida esta pedante nota, vejamos.
entendo que o primeiro teorema da idade ("nunca fui tão velho quanto hoje") deve dar lugar, conforme ensinou-me a Fada A, ao pensamento de que "a cada ano, estou mais novo do que no ano seguinte". ou seja, obviamente, ano que vem terei um ano a mais de idade contadinho no calendário. mas a obviedade está longe de esgotar o assunto: quanto mais eu viver, mais jovem serei, pois os "jovens" antecedendo jovens é o segredo da localização das coordenadas da fonte da juventude.
DdAB
05 janeiro, 2010
Mais Meiotas
Querido Blog:
se isto não é uma balança Filizola de pesar nenês, mudo de nome. meu tema sobre balanças de hoje origina-se de uma balança marca Laica que adquiri na segunda-feira pescarense. disse eu que o conceito de média é o mais importante e original (no sentido de primeiro) momento de aproximação da construção de abstrações sobre o mundo por parte do homem milenar. o meio do caminho, nem tão virtuoso nem tão esbórnia. nem tanto ao mar nem tanto à terra. entre San Juan e Mendoza. meio copo cheio e meio copo vazio.
a balança Laica diz, nas instruções em inglês, que traduzo, para benefício da humanidade: "Sua nova balança de banheiro é extremamente confiável e precisa. Ela não requer qualquer tipo de manutenção. [ ] Para aperfeiçoar a leutura, pese-se duas vezes, e se os pesos aparecerem diferentes, seu peso (verdadeiro) localiza-se no meio das duas leituras." É ou não é o conceito de média? É ou não é um exagero dizer que "é extremamente confiável e precisa"?
mas em seguida já vem coisa boa: "Sempre pese-se na mesma balança, no mesmo horário, preferentemente despido e antes do café da manhã." Mais uma lição de ciência, além daquela de quem bebe por meiotas. Agora vemos a necessidade de regularidades para uma observação adequada do fenômeno que desejamos estudar.
nesta linha é que lembrei-me, ao ler o manual da Laica, de uma frase que aprendi há quase 30 anos: você só controla aquilo que observa. e dizia respeito precisamente a esta questão de controle do peso. seria o manual de instruções das Balanças Yara? o fato é que fui muito além do peso (não queria dizer no sentido de engordar, o que também fiz, desfiz, refiz e dei bis). achei que esta seria uma importante máxima para conduzir os destinos de milhões de androides que pretendo implantar em um desses planetas cheios de matéria escura que ainda vou criar quando conhecer a raiz quadrada de alguns números que ainda não posso escrever, pois são reais e grandes o suficiente para tomar todo meu atual horizonte de vida.
como observamos, estou vivendo dias extraordinários, ou vice-versa.
DdAB
se isto não é uma balança Filizola de pesar nenês, mudo de nome. meu tema sobre balanças de hoje origina-se de uma balança marca Laica que adquiri na segunda-feira pescarense. disse eu que o conceito de média é o mais importante e original (no sentido de primeiro) momento de aproximação da construção de abstrações sobre o mundo por parte do homem milenar. o meio do caminho, nem tão virtuoso nem tão esbórnia. nem tanto ao mar nem tanto à terra. entre San Juan e Mendoza. meio copo cheio e meio copo vazio.
a balança Laica diz, nas instruções em inglês, que traduzo, para benefício da humanidade: "Sua nova balança de banheiro é extremamente confiável e precisa. Ela não requer qualquer tipo de manutenção. [ ] Para aperfeiçoar a leutura, pese-se duas vezes, e se os pesos aparecerem diferentes, seu peso (verdadeiro) localiza-se no meio das duas leituras." É ou não é o conceito de média? É ou não é um exagero dizer que "é extremamente confiável e precisa"?
mas em seguida já vem coisa boa: "Sempre pese-se na mesma balança, no mesmo horário, preferentemente despido e antes do café da manhã." Mais uma lição de ciência, além daquela de quem bebe por meiotas. Agora vemos a necessidade de regularidades para uma observação adequada do fenômeno que desejamos estudar.
nesta linha é que lembrei-me, ao ler o manual da Laica, de uma frase que aprendi há quase 30 anos: você só controla aquilo que observa. e dizia respeito precisamente a esta questão de controle do peso. seria o manual de instruções das Balanças Yara? o fato é que fui muito além do peso (não queria dizer no sentido de engordar, o que também fiz, desfiz, refiz e dei bis). achei que esta seria uma importante máxima para conduzir os destinos de milhões de androides que pretendo implantar em um desses planetas cheios de matéria escura que ainda vou criar quando conhecer a raiz quadrada de alguns números que ainda não posso escrever, pois são reais e grandes o suficiente para tomar todo meu atual horizonte de vida.
como observamos, estou vivendo dias extraordinários, ou vice-versa.
DdAB
04 janeiro, 2010
Intervencionismo estastal: use parcimoniosamente
Querido Blog:
nem toda corrente mantém-se intacta pelo resto da eternidade. vemos que o jogo que nos hoje ilustra está meio corroído. antes, não havia estado nem estado nacional. penso que hoje ele -o estado nacional- está moribundo e apenas existe por causa de segmentos do poder de diversos países em manterem-se encastelados. prejuízos evidentes para a classe trabalhadora, ou seja, para "nós, o povo".
a legenda "proletários de todos os países, uni-vos" nunca foi adotada de modo unânime. sempre houve gente que a desprezou, mesmo nos movimentos de esquerda. hoje, vejo estupefato muitos colegas economistas ainda acenarem com bandeiras nacionalistas, querendo desenvolver o Brasil como grande potência, sonhos da hegemonia latino-americana e "global player" com interesses disseminados por todo o mundo e, especificamente, pela África.
em Pescara, vejo novamente o que é a vida de um país desenvolvido. claro que a Itália não vive um momento privilegiado de sua história. dizem (noto apenas sintomas secundários) que a crise de set/2008 marcou-a pesadamente. o que eu vejo, ou não vejo, são meninos de rua, papeleiros puxando suas carroças (tração humana) ou maltratando seus cavalos (tração animal). não seria a crise que iria fazer com eles -país de instituições fortes, ainda que estranhas- caíssem no mesmo caos que se abateu sobre a Argentina, há 15 anos.
claro que o governo deve intervir na economia. os contornos da intrervenção é que precisam ser definidos. e apenas numa sociedade cuja comunidade é pesada é que teremos definições interessantes. na condição de arauto dos interesses populares, não tenho dúvida em listar:
.a. sistema bancário
.b. regulamentações diversas nos setores produtivos (intervenção sempre que necessária, provisão sempre que possível)
.c. provisão também de bens de mérito e bens públicos.
andei tomando leite Parmalat e lembrei da crise de uns cinco anos atrás. fraudes, escandalosas e desbragadas fraudes. hoje está tudo certinho nos supermercados locais: o leitinho, o queijinho etc.. não conheço mais detalhes sobre o assunto. intuo, porém, analogias com o escândalo das companhias imobiliárias americanas.
em ambos os casos, vim a entender que a intervenção pública deveria ser mesmo eminentemente restrita à ação monetária. não faria sentido ver estas duas indústrias serem destruídas pela falta de ação do próprio governo ou da comunidade. falta de ação? claro, falta de controle sobre as formas de operação. a mesma falta aponto para o caso dos trabalhadores: como é que pode trabalhar numa empresa e ver tudo sendo roubado e ficar quieto?
agora, a ação governamental como "complementação da iniciativa privada" é um absurdo, pois origina-se num mal-entendido sobre a verdadeira natureza do fluxo circular da renda: é como se o dinheiro-crédito que ingressa na economia fosse abençoado apenas no caso de fazê-lo por meio do lado da demanda, como se não fosse possível o governo transferir dinheiro às famílias pobres. precisaria, por força, distribuir aos produtores? cara, isto parece lavagem cerebral (com a qual, presumo, rompi já em 2009, que dizer do que escreverei durante 2010?).
DdAB
nem toda corrente mantém-se intacta pelo resto da eternidade. vemos que o jogo que nos hoje ilustra está meio corroído. antes, não havia estado nem estado nacional. penso que hoje ele -o estado nacional- está moribundo e apenas existe por causa de segmentos do poder de diversos países em manterem-se encastelados. prejuízos evidentes para a classe trabalhadora, ou seja, para "nós, o povo".
a legenda "proletários de todos os países, uni-vos" nunca foi adotada de modo unânime. sempre houve gente que a desprezou, mesmo nos movimentos de esquerda. hoje, vejo estupefato muitos colegas economistas ainda acenarem com bandeiras nacionalistas, querendo desenvolver o Brasil como grande potência, sonhos da hegemonia latino-americana e "global player" com interesses disseminados por todo o mundo e, especificamente, pela África.
em Pescara, vejo novamente o que é a vida de um país desenvolvido. claro que a Itália não vive um momento privilegiado de sua história. dizem (noto apenas sintomas secundários) que a crise de set/2008 marcou-a pesadamente. o que eu vejo, ou não vejo, são meninos de rua, papeleiros puxando suas carroças (tração humana) ou maltratando seus cavalos (tração animal). não seria a crise que iria fazer com eles -país de instituições fortes, ainda que estranhas- caíssem no mesmo caos que se abateu sobre a Argentina, há 15 anos.
claro que o governo deve intervir na economia. os contornos da intrervenção é que precisam ser definidos. e apenas numa sociedade cuja comunidade é pesada é que teremos definições interessantes. na condição de arauto dos interesses populares, não tenho dúvida em listar:
.a. sistema bancário
.b. regulamentações diversas nos setores produtivos (intervenção sempre que necessária, provisão sempre que possível)
.c. provisão também de bens de mérito e bens públicos.
andei tomando leite Parmalat e lembrei da crise de uns cinco anos atrás. fraudes, escandalosas e desbragadas fraudes. hoje está tudo certinho nos supermercados locais: o leitinho, o queijinho etc.. não conheço mais detalhes sobre o assunto. intuo, porém, analogias com o escândalo das companhias imobiliárias americanas.
em ambos os casos, vim a entender que a intervenção pública deveria ser mesmo eminentemente restrita à ação monetária. não faria sentido ver estas duas indústrias serem destruídas pela falta de ação do próprio governo ou da comunidade. falta de ação? claro, falta de controle sobre as formas de operação. a mesma falta aponto para o caso dos trabalhadores: como é que pode trabalhar numa empresa e ver tudo sendo roubado e ficar quieto?
agora, a ação governamental como "complementação da iniciativa privada" é um absurdo, pois origina-se num mal-entendido sobre a verdadeira natureza do fluxo circular da renda: é como se o dinheiro-crédito que ingressa na economia fosse abençoado apenas no caso de fazê-lo por meio do lado da demanda, como se não fosse possível o governo transferir dinheiro às famílias pobres. precisaria, por força, distribuir aos produtores? cara, isto parece lavagem cerebral (com a qual, presumo, rompi já em 2009, que dizer do que escreverei durante 2010?).
DdAB
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Economia Política
03 janeiro, 2010
Beijjockaish
Querido Blog:
Esta imagem com certo sabor marcantemente anarquista veio-me quando campeei um pouco sob o nome "bjk". Bisquei-a, pois estava viajando em torno do título que apus à postagem de hoje. Bjk é a saudação encontradiça nos e-mails postados antes de 01/jan/2010, mas acho que nestes dois dias e tanto do novo ano, teremos (nós, os terráqueos) digitados mais centenas de milhões de vezes, particularmente, se contarmos os ideogramas chineses correspondentes.
Tempos atrás, desejando alongar-me no tema da despedida, criei (creio, crivei) "bjcks", depois, veio-me a versão estendida "beijocks" e finalmente a epígrafe, nomeadamentte, as "beijjockaish", que recende a sotaque carioca e catarinense/ilhéu. São 12 dígitos, o que -naturalmente- alonga a despedida. Vejamos as consequencias deste alongamento sobre pessoas que, nossos descendentes, terão horizontes de vida extraordinariamente mais dilatados do que os de nossos bisavós.
Pois bem, uma pessoa de meu porte consegue estes 12 "toques" em cerca de 4seg, ou seja, a cada 15 e-mails que respondo, com a mensagem do canônico "Feliz Natal e Próspero Ano Novo", aponho "beijjockaish", para disfarçar a cacofonia que tanto me desagrada do "a-nono-vo", o que não deixa de ser, por contraste, homenagem a todos os avós e nonos da história (ver postagens sobre o significado da história).
Pois ainda mais bem. Com um minuto usado para 15 mensagens, claro que teremos que gastar uma hora para enviar 300 mensagens, e assim por diante, perdazendo 2.628.000 em um ano. Ou seja, a finitude de minha vida requer que eu não passe um ano inteiro de minha existência escrevendo "beijjockaish", ao invés de "bjk", pois tenho coisas mais úteis do que ficar escrevendo "beijjockaish". Por exemplo, escrever no blog. E coisas ainda mais úteis do que escrever no blog.
DdAB
Twitter 1: li num gibi: "Não existe o afeto, apenas manifestaçáo do afeto". Reescrevi num papelzinho para: "Nunca percebemos os afetos. O que nos chega aos sentidos são apenas as manifestações dos afetos."
Twitter 2: no clima da enorme afetividade que percola por Pescara, lembrei-me de que a seginte sentença foi ou pode ser articulada, no caso de eu comprar um caminhão e querer escrever algo sensível no pára-choque: "Nada peço do amanhã, porque meu hoje é sempre!" Isto, claro, cheira a Cecília Meirelles.
Twitter 3: ontem indagamo-nos (Eduardo, Sueli e myself) qual é a raiz quadrada de um tijolo. Bem, não foi bem isto. Indagamo-nos quando é que começou-se a produzir tijolos. A Wikipedia em inglês e a em prtuguês falam em 7.500 a.C., ou selah, talvez precisamente nos momentos em que a humanidade iraniana abandonava o nomadismo e começava os fundamentos da cidade. Abaixo, de despedida, vemos uns tijolaços romanos.
Esta imagem com certo sabor marcantemente anarquista veio-me quando campeei um pouco sob o nome "bjk". Bisquei-a, pois estava viajando em torno do título que apus à postagem de hoje. Bjk é a saudação encontradiça nos e-mails postados antes de 01/jan/2010, mas acho que nestes dois dias e tanto do novo ano, teremos (nós, os terráqueos) digitados mais centenas de milhões de vezes, particularmente, se contarmos os ideogramas chineses correspondentes.
Tempos atrás, desejando alongar-me no tema da despedida, criei (creio, crivei) "bjcks", depois, veio-me a versão estendida "beijocks" e finalmente a epígrafe, nomeadamentte, as "beijjockaish", que recende a sotaque carioca e catarinense/ilhéu. São 12 dígitos, o que -naturalmente- alonga a despedida. Vejamos as consequencias deste alongamento sobre pessoas que, nossos descendentes, terão horizontes de vida extraordinariamente mais dilatados do que os de nossos bisavós.
Pois bem, uma pessoa de meu porte consegue estes 12 "toques" em cerca de 4seg, ou seja, a cada 15 e-mails que respondo, com a mensagem do canônico "Feliz Natal e Próspero Ano Novo", aponho "beijjockaish", para disfarçar a cacofonia que tanto me desagrada do "a-nono-vo", o que não deixa de ser, por contraste, homenagem a todos os avós e nonos da história (ver postagens sobre o significado da história).
Pois ainda mais bem. Com um minuto usado para 15 mensagens, claro que teremos que gastar uma hora para enviar 300 mensagens, e assim por diante, perdazendo 2.628.000 em um ano. Ou seja, a finitude de minha vida requer que eu não passe um ano inteiro de minha existência escrevendo "beijjockaish", ao invés de "bjk", pois tenho coisas mais úteis do que ficar escrevendo "beijjockaish". Por exemplo, escrever no blog. E coisas ainda mais úteis do que escrever no blog.
DdAB
Twitter 1: li num gibi: "Não existe o afeto, apenas manifestaçáo do afeto". Reescrevi num papelzinho para: "Nunca percebemos os afetos. O que nos chega aos sentidos são apenas as manifestações dos afetos."
Twitter 2: no clima da enorme afetividade que percola por Pescara, lembrei-me de que a seginte sentença foi ou pode ser articulada, no caso de eu comprar um caminhão e querer escrever algo sensível no pára-choque: "Nada peço do amanhã, porque meu hoje é sempre!" Isto, claro, cheira a Cecília Meirelles.
Twitter 3: ontem indagamo-nos (Eduardo, Sueli e myself) qual é a raiz quadrada de um tijolo. Bem, não foi bem isto. Indagamo-nos quando é que começou-se a produzir tijolos. A Wikipedia em inglês e a em prtuguês falam em 7.500 a.C., ou selah, talvez precisamente nos momentos em que a humanidade iraniana abandonava o nomadismo e começava os fundamentos da cidade. Abaixo, de despedida, vemos uns tijolaços romanos.
01 janeiro, 2010
Meiotas
Querido Blog:
hoje, dia 2/jan/2010, como sabemos, é um sábado. como sabemos, Pescara é na costa do Adriático. como sabemos, aqui jogou Júnior. como sabemos, tenho comido pilhas desde o Natal. está na hora de pensar nos outros, os outros quilos que não posso ganhar... não é hora de falar em meus ideais igualitaristas, essas coisas.
na madrugada que passou, ou seja, nos primeiros alvores (uma escuridão dos diabos neste inverno europeu) do ano de 2010, fui a uma festa maravilhosa de brasileiros e italianos da comunidade de Pescara. em Oxford, tudo girava em torno de Maíta. aqui, é de Neide, nereida, ou melhor -como lhe declarei- uma de minhas fadas madrinhas, como o é Sue. como o foi Maíta e as demais participantes de meu palco.
pois na festa, ouvi a expressão "meiota". já a ouvira, lera, sei lá. talvez os mineiros de quem pouco tenho a falar. ainda assim, garanto ter lido um que outro Ciro dos Anjos, Aníbal Machado e Mário Palmério. talvez estivesse nos esparsos espaços de Guimarães Rosa, cuja leitura volta a eclipsar-se. o Aurrelião diz que "meiota" é uma meia garrafa de cachaça. não dá qualquer outra abertura. ontem, ao dar-me conta de que estava frente a um momento histórico -ouvindo "meiota"- indaguei se podia ser com outra bebida e Eduardo assentiu.
a melhor imagem que me ocorreu sobre "meiotas" é algo na linha: entre o abstêmio -cachaça zero- e o pileque - um litro de cachaça. ou uma garrafa. não houve gritos de carnaval, mas lembrei também do "leão de raça bebendo o quinto copo de cachaça". amo este verso noelesco do leão de raça.
beijos pescarenses
DdAB
Twitter: como Frida Kahlo veio parar nesta postagem sobre "meiotas"? entrei apenas com a palavra no Google Images. vieram lixos (pode conferir...). andei um pouco mais e vi uma imagem diminuta que me pareceu bela. olhei com detalhe e vi o que agora observamos: uma Fridinha maneira.
hoje, dia 2/jan/2010, como sabemos, é um sábado. como sabemos, Pescara é na costa do Adriático. como sabemos, aqui jogou Júnior. como sabemos, tenho comido pilhas desde o Natal. está na hora de pensar nos outros, os outros quilos que não posso ganhar... não é hora de falar em meus ideais igualitaristas, essas coisas.
na madrugada que passou, ou seja, nos primeiros alvores (uma escuridão dos diabos neste inverno europeu) do ano de 2010, fui a uma festa maravilhosa de brasileiros e italianos da comunidade de Pescara. em Oxford, tudo girava em torno de Maíta. aqui, é de Neide, nereida, ou melhor -como lhe declarei- uma de minhas fadas madrinhas, como o é Sue. como o foi Maíta e as demais participantes de meu palco.
pois na festa, ouvi a expressão "meiota". já a ouvira, lera, sei lá. talvez os mineiros de quem pouco tenho a falar. ainda assim, garanto ter lido um que outro Ciro dos Anjos, Aníbal Machado e Mário Palmério. talvez estivesse nos esparsos espaços de Guimarães Rosa, cuja leitura volta a eclipsar-se. o Aurrelião diz que "meiota" é uma meia garrafa de cachaça. não dá qualquer outra abertura. ontem, ao dar-me conta de que estava frente a um momento histórico -ouvindo "meiota"- indaguei se podia ser com outra bebida e Eduardo assentiu.
a melhor imagem que me ocorreu sobre "meiotas" é algo na linha: entre o abstêmio -cachaça zero- e o pileque - um litro de cachaça. ou uma garrafa. não houve gritos de carnaval, mas lembrei também do "leão de raça bebendo o quinto copo de cachaça". amo este verso noelesco do leão de raça.
beijos pescarenses
DdAB
Twitter: como Frida Kahlo veio parar nesta postagem sobre "meiotas"? entrei apenas com a palavra no Google Images. vieram lixos (pode conferir...). andei um pouco mais e vi uma imagem diminuta que me pareceu bela. olhei com detalhe e vi o que agora observamos: uma Fridinha maneira.
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