19 novembro, 2025

Dialogando com o GPT sobre Deus


A leitora do Planeta 23 é testemunha que não sou muito dado a falar em Deus. Mas já me expliquei por que usar a inicial maiúscula em seu nome (e jamais escreveria Seu, com maiúscula). Ao contrário, já andei me filiando à campanha "Ateus, saiam do armário". Mas, no outro dia, chegou-me às mãos uma citação interessante em que não se discutia deus ou Deus, mas como dirigir-se à figura divina: ela ou ele.

Tudo começou, dias atrás, quando li uma citação ao nome (que não retive) de uma suffragette que se dirigiu a um menino, invocando o nome de Deus, mas falando em "she" e não em "he". Desesperado por não mais encontrar o local em que li o relato, pedi ajuda a meu amigo o Chatbot GPT. Eis a resposta:

Boa pergunta. Não encontrei uma fonte confiável que relate exatamente uma sufragette falando a um menino, invocando Deus como “she” no sentido literal de dizer “God is she” para uma criança. No entanto, há uma citação famosa de uma suffragette que pode estar relacionada ou ter sido lembrada de forma parecida, e pode ser isso que você tenha visto:

Então, é bastante provável que o que você ouviu tenha sido justamente Emmeline Pankhurst ou algo derivado dela — e não necessariamente uma situação exata de uma sufragista se dirigindo a um menino dizendo “Deus é ela”.

Retomo: ao ler o nome de Emmeline Pankhurst na resposta do GPT, recordei que era ela mesma a pessoa citada no texto que me marcou.

DdAB

P.S. Parece que o tratamento frívolo que dei ao tema nesta postagem poderia estar abrindo uma série enorme de reflexões e divagações sobra a natureza do oculto. Se um dia eu vier a fazê-lo, certamente pretendo iniciar com Bento Espinosa.


26 outubro, 2025

Mercados, mercados, mercados



Mais de 50 anos atrás, foi escrito o poema que segue:


Markets

 

“There are broad markets, thin markets

Stable markets, big ones.

There are fish markets, flea markets

Gem markets and then some:

Gold markets, gyrating ones;

Free markets, dope markets

Controlled markets, sloopy ones.

 

What a lot of markets thera are!

 

There are black markets, grey markets

Job markets, sticky ones;

Shadow markets, ghost markets

Vice markets, baby ones!

 

There are bond markets, bill markets

Flexible markets, monopolized ones;

Stock markets, flow markets

Put-and-call markets, curb ones.

 

We could go on and on:

 

Auction markets, betting markets,

Markets made for barter;

Demand-determined, supply-determined

Markets run by charter.

Factor markets, supermarkets

Active markets, French ones

Futures markets, spot markets

Capital markets, resilient ones.

There are even markets for presidents.

 

MUNDELL, R. A. (1968) Man and economics. McGraw-Hill.

Citado em: TOWNSEED, Harry ed. (1971) Price theory. London: Penguin. p. 251.

DdAB

P.S. Sendo o título em português, mas o poema em inglês, achei de bom tom colocar uma imagem  homenageando à França.

03 outubro, 2025

Comunidade, mercado e Estado: mais considerações

 



Ao nos referirmos à sociedade humana, ora a designamos deste modo, ora a chamamos de comunidade. Intitulando-a de uma forma ou de outra, constituída por seres humanos, eis que o adjetivo é importante para delimitar o escopo do termo, diferenciando-o de sociedades animais, como os cães e as cobras e mesmo de sociedades vegetais, como as orquídeas e os bambuzais. Ao passo que essas sociedades evoluíram sob a égide das leis da natureza, as incipientes comunidades humanas viviam dias sombrios em que a tribo evoluía, arduamente, para a transformação em comunidade. 

Nesse ambiente consolidava-se um enorme patrimônio, base cuja ausência seria impensável para as novas formas de cultura que iniciavam a emanar dessas evoluções: a linguagem, o tabu do incesto e o compartilhamento de  alimentos com estranhos. Aliás, esses três requisitos para a civilização portadora dos contornos assemelhados aos que hoje conhecemos estiveram presentes no nascimento do mercado, possivelmente ligado ao que hoje se usa a expressão para explicar as trocas internacionais de “dar saída aos excedentes”.

DdAB

01 setembro, 2025

Luis Fernando Veríssimo: 30 joias


 

Ainda abatido com o passamento de Luis Fernando Veríssimo, recebi de amigos uma lista de 30 frases originalmente citadas pelo jornal Valor Econômico:

1. “O mundo não é ruim, só está mal frequentado.”

2. "Quando a gente acha que tem todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas.”

3. "Resignemo-nos à ignorância, que é a forma mais cômoda de sabedoria.”

4. "Você só sabe até onde pode ir quando já foi.”

5. “Vivemos cercados pelas nossas alternativas, pelo que podíamos ter sido.”

6. “O futuro era muito melhor antigamente.”

7. "Desenvolvi uma mente defensiva como um condomínio fechado. Uma mente com guarita, que abate qualquer inimigo na porteira.”

8. “Mas eu desconfio que a única pessoa livre, realmente livre, completamente livre, é a que não tem medo do ridículo.”

9. “Mas, como em tudo na vida, no amor também é preciso moderação.”

10. "Ironia tem que ser entendida como ironia, senão não é ironia.”

11. "Não sei para onde caminha a humanidade. Mas, quando souber, vou para o outro lado.”

12. "A verdade é que a gente não faz filhos. Só faz o layout. Eles mesmos fazem a arte-final.”

13. "O outono é a única estação civilizada. A primavera é descontrole glandular da Natureza. O inverno é o preço que a gente paga para ter o outono, e por isso está perdoado. O verão é uma indignidade.”

14. "Passamos a vida inteira nos preparando para nossa morte e quando ela vem não podemos assistir.”

15. "A gente não faz aniversários. Os aniversários é que vão fazendo a gente. E depois, pouco a pouco, nos desfazendo.”

16. “Nosso dilema continua sendo que só nos livramos da morte livrando-nos do corpo e só nos livramos do corpo morrendo.”

17. "Ninguém é o que pensa que é, muito menos o que diz que é. Precisamos da complicação para nos definir. Ou seja: ninguém é nada sozinho, somos o nosso comportamento com o outro.”

18. “Ninguém é o que parece ou o que aparece. O essencial não há quem enxergue.”

19. "Nada como uma boa conversa para se encontrar a solução de qualquer coisa, mesmo a insanidade.”

20. “Às vezes, a única coisa verdadeira num jornal é a data.”

21. “A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Por exemplo: dizer ‘escrever claro’ não é certo mas é claro, certo?”

22. “No Brasil o fundo do poço é apenas uma etapa.”

23. "Só acredito naquilo que posso tocar. Não acredito, por exemplo, em Luiza Brunet.”

24. "Quando o casamento parecia a caminho de se tornar obsoleto, substituído pela coabitação sem nenhum significado maior, chegam os gays para acabar com essa pouca-vergonha.”

25. "Muitas mulheres consideram os homens perfeitamente dispensáveis no mundo, a não ser naquelas profissões reconhecidamente masculinas, como as de costureiro, cozinheiro, cabeleireiro, decorador de interiores e estivador.”

26. "Brasil: esse estranho país de corruptos sem corruptores."

27. "Nunca usei bombacha, não gosto de chimarrão e nem de me lembrar da última vez que subi num cavalo. Aliás, o cavalo também não gosta.”

28. "Os tristes acham que o vento geme; Os alegres acham que ele canta.”

29. "Você é o seu sexo. Todo o seu corpo é um órgão sexual, com exceção talvez das clavículas.”

30. “A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.”

E tem mais. No Analista de Bagé, ou o que seja, há uma deblateração em que um paciente diz-lhe uns desaforos. O Analista apenas reage dizendo: "sem vergonha" é você, argumentei.

DdAB

14 agosto, 2025

O Senhor Embaixador: leitura de agosto



Querido diário:

Dias atrás, como que sentindo saudades de amigos queridos, decidi reler "O Senhor Embaixador", de Érico Veríssimo. Começa que o exemplar de minha biblioteca já apresentava tantas releituras e anotações que comecei a achar monótono reviver, além dos amigos, minhas observações. Comprei um novo exemplar e decidi nada anotar nele, o que não cumpri. 

O certo é que as primeiras leituras que fiz deste romance perderam-se na noite brumosa do tempo. A primeira primeiríssima ocorreu tipo em 1966, eis que o livro fora lançado em 1965. E mesmo naqueles tempos antigos, digamos, então já nos anos 1970s, reli uma ou outra vez.

Se a jura era de não fazer nenhuma anotação, como falei, rompia-a, pois volta e meia me batia uma vontade incontrolável de fazer alguma. O que segue é uma amostra do que andei fazendo, riscando.

Primeira parte: dois blim-blim-blins

I Polifemo e Galateia (citado por Érico às folhas tantas): fiquei olhando daqui e dali e não demorou que achei melhor direcionar minhas inquietaçõas ao Chat GPT:


A ligação entre Polifemo & Galateia e Pigmalião não é direta no enredo, mas há um parentesco temático na mitologia greco-romana: ambos são casos de amor idealizado e impossível. 

Pigmalião (na Metamorfoses de Ovídio) é o escultor que, decepcionado com as mulheres reais, cria uma estátua perfeita — Galateia — e acaba se apaixonando por ela. 

Afrodite (ou Vênus, na versão romana) dá vida à estátua, concedendo-lhe o amor desejado. Polifemo e Galateia (também narrados por Ovídio) mostram o oposto: um amor não correspondido, em que o amante (o ciclope) nunca conquista a amada, e a história termina em tragédia. 

A coincidência curiosa é que o nome “Galateia” aparece nas duas histórias: Na de Pigmalião, é dado posteriormente à estátua que ganha vida (embora Homero e Ovídio não usem explicitamente esse nome, ele é adotado pela tradição posterior). Na de Polifemo, Galateia já é uma personagem da mitologia, uma ninfa marinha. Resumindo: o ponto comum é o motivo literário do amor idealizado por uma figura bela e inatingível, e o nome Galateia funciona como um elo nominal e simbólico entre as duas narrativas.

II Segunda parte: A Morte fala que língua?

Na página 128 de minha edição do Clube do Livro, lemos dentro de um parêntese:

Uma amiga lhe dissera um dia: "se a morte fala alguma língua, aposto como é sueco."

Que fiz eu? Pedi ao Google tradutor para colocar esta sentença em sueco:

Om döden talar något språk, så slår jag vad om att det är svenska.

Se o leitor desejar, pode colocar de volta esta sentença lá no próprio Google tradutor e pedir-lhe para foná-la. Eu ouvi e reouvi e pensei que visitar a Escandinávia é muito caro e ficarei com esta amostra, concordando: é mesmo um estilão que a Morte herself pode verbalizar.

III Terceira parte: enriqueça seu vocabulário (citas em diferentes páginas)

alpondra: substantivo feminino cada uma das pedras que formam, de uma margem à outra de um rio, um caminho que pode ser percorrido a pé; passadeira, pondra.

arquedo: a imagem que nos encima é um Constelation Arquedo. Veja só!

casula: substantivo feminino Paramento religioso que o sacerdote coloca sobre a alva, para a celebração da missa.

escarmento: substantivo masculino Experiência de sofrimento; provação; castigo.

fescenino: adjetivo Obsceno, licencioso, lascivo: poesia fescenina.

surdir: verbo intransitivo Sair, aparecer, brotar: surdiam gafanhotos do solo.

Claro que talvez tenha ocorrido um enorme volume de palavras desconhecidas que decidi não registrar. E aquele "arquedo" teria que voltar ao livro para ver se copiei mal.

IV Um hai-kai do Planeta 23

O Érico tem uma história entre Pablo e Kimiko (?) que se correspondem, ambos moradores de Washington DC, em hai-kais. Millôr Fernandes foi quem me ensinou a amar o hai-kai, tanto e que a Editora GangeS fez um livro de Aldo de Avila mostrando hai-kais que eu mesmo fiz. Mas nem Millôr nem eu seguimos o cânone japonês de ter os canônicos três versos com cinco, sete e cinco sílabas. Sem muito esforço fiz o que segue com o singelo título

Hai-Kai 5-7-5

Cantando feliz

o dia amanhece lento:

busca diretriz.

DdAB

P.S. Tudo indica que terei que ler o volume mais uma vez talvez no próximo outono.

24 julho, 2025

Um Mundo Inteiro a Ganhar


Lembra do final do "Manifesto Comunista", de Marx e Engels? Se a memória ajuda, é: 

"Os proletários nada têm a perder a não ser seus grilhões. Têm um mundo a ganhar. 

Proletários de todos os países, uni-vos!"

Então vemos na imagem que copiei de Maria Lúcia Carvalho o que significa um mundo inteiro de propriedade coletiva da classe trabalhadora e seus acólitos.

DdAB

20 junho, 2025

Solstício de hoje e o outro e os equinócios


 Com a palavra o GPT:

A diferença entre solstício e equinócio está na posição do Sol em relação à Terra e na duração do dia e da noite.


🌞 Solstício

Ocorre duas vezes por ano: em junho e em dezembro.
É o momento em que o Sol atinge a sua maior distância angular do equador celeste, marcando o início do verão ou do inverno, dependendo do hemisfério.

  • Solstício de junho (como o de hoje, 20/06/2025):

    • Início do inverno no Hemisfério Sul

    • Início do verão no Hemisfério Norte

    • É o dia mais curto do ano no Sul (e o mais longo no Norte)

  • Solstício de dezembro:

    • Início do verão no Hemisfério Sul

    • Início do inverno no Hemisfério Norte

    • É o dia mais longo do ano no Sul (e o mais curto no Norte)


🌗 Equinócio

Também acontece duas vezes por ano: em março e setembro.
É o momento em que o Sol cruza o equador celeste, fazendo com que o dia e a noite tenham aproximadamente a mesma duração em toda a Terra.

  • Equinócio de março:

    • Início do outono no Hemisfério Sul

    • Início da primavera no Hemisfério Norte

  • Equinócio de setembro:

    • Início da primavera no Hemisfério Sul

    • Início do outono no Hemisfério Norte


🧭 Resumo rápido:

Fenômeno O que marca? Frequência Duração do dia e da noite
Solstício Início do verão/inverno 2 vezes/ano Dia mais longo ou mais curto do ano
Equinócio Início da primavera/outono 2 vezes/ano Dia e noite com duração quase igual

Assino: DdAB

08 maio, 2025

Homo Sapiens Sapiens (cheek-to-cheek)

 


O mundo econômico em que vivemos: mesmo sem certeza absoluta, hoje temos uma boa ideia de onde viemos. Sul da áfrica, há um milhão de anos, sapiens e sapiens sapiens, chegada na América há entre 15 e 30 mil anos (ver livro 1491) há civilização mesopotâmica, e o código de Hamurabi. Para muitos, o que notabiliza o ‘humano’ foi a possibilidade de conviver com estranhos. Não apenas uma população que permitiu o surgimento do conceito, pois , por exemplo, na cidade europeia medieval, ninguém era estranho e um indivíduo não via mais de algumas dezenas de pessoas ao longo de seu ciclo devida. Além deste convívio, houve outro, mais antigo e mais arriscado, o do estranho, filho de ancestrais comuns desgarrados há algumas gerações.

DdAB

20 fevereiro, 2025

Vocabulário: Babbit

 


Aos 18 anos de idade, portanto, há quase 60, li:

LEWIS, Sinclair (1980) Babbitt. São Paulo: Abril Cultural. Tradução de Leonel Vallandro.

Ora, ora, como pude ler algo há 60 anos, quando a publicação ocorreu a apenas 40? E ainda mais desabotinado é sabermos que o livro foi feito em 1922? Assim é o mundo. Li há 60 anos a coleção Catavento, da Editora do Globo. E tenho lembranças de tê-lo feito durante umas férias de inverno na aprazível cidade de Jaguary.

Pois então. Li e entendi todo o roteiro da história, afinal, estava afinadíssimo nesta língua, que tinha a ver com minha preparação ao exame vestibular à Faculdade de Economia da UFRGS. E o interessante é que acabo de reler a obra de Lewis. Costumo dizer que entendi, por uma questão de idade, não ser capaz de ler todos os livros do mundo, mas tenho boas chances de reler toda a leitura literária que já compulsei. Nesta releitura, fui sublinhando palavras desconhecidas ou mesmo conhecidas que me pareceram agora divertidas. Mas, infelizmente, não estava me preparando para esta postagem e, neste elã, não fiz o trabalho exaustivamente. Feita a listagem e removendo duplicações, cheguei a 312 palavras.

ORDEM ALFABÉTICA SEM REPETIÇÃO

abeto acabrunhado acaçapar acantilar aclive açular aditamento afanar aforismo agastar airoso alarife aliciar alpendre altercar alvarmente ambarina  amiais amidão ancho anelante antanho aperaltado apoquentar ardósia arquejar arrufo assomo áster astracã atabafado atabalhoado atrabiliário aturdido aviar azáfama azar badameco bafiento bagarote balsâmina bambochata barrela barretina belbutina besigue bétula bizzaria bordo bordo bosquete bramir breca brocado bruma brunido caipora caíque caixilho calão calorífero capcioso carranquear carreteira catana cavaqueira cavilha cepa chacotear chibante chocarreira chofre cincha cingalês cingir cismar cismativo clangor clarinar cognome concitar constelado constrição cornija coser cretone cumeeira cunhal dalmático debique degas desavir descoroçoamento dintel dissipação eflúvio emproar encavacar encômio endefluxado enfadar enfunado entanguido entonar enxurro esbater esbeiçado escangalhado escarninho esculápio esmoler espadanar espádua espapaçar esparzir (espargir) espavento espaventosa estafado estentóreo estertoroso estio estival estor estorcir estore estorvar estremunhado estrépido estrovenga estrupido estugar estuque etnologia evadir exasperar excursivo exprobração extático facécia factótum fagueiro falquejada fanado fasquia fastidioso fatiota felpa insulso feminista feto fibusteiro fragor fraque frascário frouxo fúlgido fumarada gabola gafar galhofar gárrula gebo genebra gingar  gongo gonzo gorgear grafita gramofone granada grasna harpia heráldica hinc illae híspido impante impar implume intrujar invectiva irrisão janota jeremiada juntura labuta lacrimae laivo lamê lancinante lasso latagão lavor lavradio lente lépido lesto lira loquacidade lorgnon magnificente mango matorral melena mocho modorra mosquear mossa nédio neres neroniano nimiamente nódoa obnubilar obus olmeiro olmo olvido opala outeiro padiola pala pantomima paradear parlapatão passadiço patarata pejo pelintra penedo perlustrar perorar pertinaz petrecho pexote picuinha pimpão pinga plasta ponderosa pontifical porqueira potentado pressuroso propalado proternar pruriente puído quabrantado quizilar rábano ramerrão rangífer reboante reboar rebordo rebordosa rebuçado rechonchudo regozijar reixa remoinho renque repimpar repisar resmonear retouçar reverberar rezingas rezingueiro ribombar ronceiro rondó rotogravura rotunda rubicundo rufado rutilante sabujo salacidade salmodiar sanacidade sarapantona sarapintado sarja sensaboria serpear setentrional súcia sumagre tépido Terpsícore tetrarcas  tilintar timorato torva tosadeira trescaldar tronchudo truque tule túrbido ufanar untuoso verboso verdugo vereda vesperal vitrola volúpia voluptuário vozearia zimbro

E umas frases gritantes: 

"meu negócio não é distribuir telhas, mas sobretudo impedir que meus concorrentes o façam."

" é bem possível que estes cursos por correspondência venham a ser uma das mais importantes invenções americanas."

"Acreditava que a terra era plana, que os ingleses são as dez tribos perdidas de Israel e que os Estados Unidos são uma democracia."

"Era o homem mais atarefado do congresso, tão atarefado que não conseguia fazer absolutamente nada."

DdAB

16 fevereiro, 2025

O Chat GPT e a Aporofobia (fobia ao indigente)


EDUCAÇÃO/ALEMANHA

Legenda da matéria: Editora alemã altera livro após denúncia de brasileiros

Sofia Fernandes

Publicado em 14/02/2025

Livro didático usado em escolas alemãs reforça estereótipos de pobreza no Brasil. Mobilização de brasileiros levou editora a se desculpar e revisar edição original.

Comentário da foto feita por Sofia Fernandes/DW.

DdAB: Circulou nas redes brasileiras o seguinte incidente surgido a partir da denúncia de que um livro didático alemão teria uma visão aporofóbica (ver Adelia Cortina e Flávio Comim) de pelo menos um menino carioca. A foto que nos encima veio de lá. 

Falante de alemão:


Falante de português:


Fiquei em dúvida se o conteúdo da foto, o pas-de-deux entre a garota da guitarra e o menino indigente da lata do lixo é o original do livro ou a versão revisada. Seja como for, sinto-me muito mais ferido pela realidade que vejo nas ruas de Porto Alegre do que pela versão alemã pocket do mesmo drama. A fome, a miséria e o imperialismo, como víamos em pixações antigas pelas cidades do Brasil, são estarrecedoras ano após ano. e só aumentam. E o outro lado do Gini é ainda mais estarrecedor, pois também só aumentam os ganhos nem todos completamente ilícitos ou imorais. 

DdAB

06 fevereiro, 2025

Phishing e Pharming: o crime não tem asas



Há dois tipos, entre milhares de outros, de fraudes na internet. Indaguei ao Chat GPT o que são. E aqui estão as respostas citadas literalmente. 

Phishing é um tipo de golpe no qual criminosos se passam por entidades confiáveis (bancos, empresas, governos) para enganar pessoas e obter dados sensíveis, como senhas e informações bancárias. Isso pode ocorrer por e-mails, mensagens falsas, sites clonados, entre outros.

Isto me lembra o estelionato, que envolve enganar alguém para obter vantagem ilícita, como vender um produto falso ou prometer algo que não será entregue.

Pharming: enquanto o phishing envolve enganar a vítima para que ela forneça seus dados (geralmente por e-mails falsos ou mensagens fraudulentas), o pharming é mais sofisticado: os criminosos manipulam o tráfego da internet para redirecionar usuários para sites falsos, mesmo que a vítima digite o endereço correto no navegador.

Ambos, phishing e pharming são formas de fraude digital, mas o phishing depende mais do engano direto, enquanto o pharming compromete sistemas para desviar os usuários. 

Fui adiante e indaguei:

Qual a origem desses termos phishing e pharming. Lembram "pescar" e "semear"O ChatGPT disse: boa sacada! Os termos realmente têm origens que remetem a essas ideias.
  1. Phishing vem de uma variação da palavra "fishing" (pescar, em inglês). A troca do "f" pelo "ph" pode ter sido inspirada em gírias de hackers dos anos 1990. A ideia é que os criminosos "lançam iscas" (e-mails falsos, links fraudulentos) para "pescar" vítimas desatentas e obter suas informações.

  2. Pharming vem da fusão de "phishing" com "farming" (cultivo, semeadura). Enquanto o phishing engana uma pessoa por vez, o pharming redireciona múltiplas vítimas automaticamente, como se estivesse "semeando" um golpe para colher dados em larga escala.

Ou seja, sua intuição estava correta! O phishing é como pescar uma vítima de cada vez, enquanto o pharming espalha uma armadilha para capturar muitas ao mesmo tempo. 

DdAB (e ChatGPT)

09 janeiro, 2025

Uma Biografia Cinematográfica

 


Vamos à segunda postagem de 2025, quinta-feira. Vamos falar sobre filmes cinematográficos, eis que já se passaram os tempos de filmes de máquinas fotográficas. Na verdade minhas anotações não são de cinematógrafos, mas de sofá e TV. Vou listar da mesma forma que aparece em minhas anotações feitas carinhosamente, mas não afanosamente, em dois caderninhos. É uma lista que vi ou verei, filmes ou séries.

Então lavamos, digo lá vamos:

1. Uma Mãe Perfeita.

2. Parenthood.

3. Zoolander.

4. "Dramas intimistas argentinos"

4a. Goyo.

4b. Norma.

4c. O Suplente.

4d. Elefante Branco.

4e. Nascido e Criado.

4f. Maré Alta.

5. Mergulhando no Amor (série sul-coreana, Netflix).

6. O Sabor da Vida (Juliete Binoche).

7. O Reino (Netflix).

8. Law Abiding Citizen.

9. Belfast (filme, Netfliz).

10. Conta Comigo (filme, Netflix).

11. Will and Harper (Netflix).

12. O Reverso da Fortuna (Jeremy Irons, Netflix).

13. O Autor (Netflix).

14. A Sete Palmos (série, Netflix - "o episódio final é estupendo").

15. Killing Eve (série, Netflix).

16. Casal Perfeito (série genial, Nicole Kidman, Netflix).

17. Recruta (série, Netflix).

18. A Grande Descoberta (minissérie, Netflix).

19. Um Filho

20. Uma Mãe Perfeita

DdAB

04 janeiro, 2025

Calor e sua Causa


Nem todo calor é desagradável, como por exemplo, o que emana do abraço entre dois corpos humanos. Seja como for, vi a divulgação do livro do trio Adalmir, Alessandro e Henrique, encaminhando para o blog de Michael Roberts (aqui). No processo de abraçá-los pra mode de cumprimento, dei uma boa olhada na postagem sobre o livro, um dos melhores do ano, no dizer de Roberts, vi outras coisas, inclusive notícias devastadoras sobre o calor. O descontrole da temperatura do planeta.

Mais adiante li:

Crises continue to occur at regular intervals, caused by the contradiction between the striving for more profit and the increasing difficulty of realizing that profit. Crises are still inherent to the capitalist accumulation process and not the result of ‘bad choices’ made by politicians doing the bidding of monopolies. Only the ending of private capital and the law of value through public ownership and planning can stop such crises.

Preciso dizer mais, além de saber que preciso estudar o dobro do que tenho feito?