Não gosto de parecer alarmista, mas refreei o início desta postagem falando em "o mar não está para peixe". Depois explico, mas tô falando nos butiá caídos aos bolso pru causo das eleição.
Mais ameno é o assunto das duilianas, o que faço regularmente, tentando divulgar mais meu nome, por vê-lo um tanto contido por pais e mães do Brasil contemporâneo (diz o Google na pesquisa de 'duilio': aproximadamente 3.430.000 resultados (0,99 segundos), costumo espalhar para a turma que é um bom nome para filhos. Ao mesmo tempo, 'duiliana' bem poderia ser o nome de uma garota: Duilia Ana. Mais que Duilio, o nome de Duilia merece ainda bastante cuidado na divulgação das vantagens de portá-lo (no Google, há: aproximadamente 137.000 resultados (0,86 segundos), ou seja, desproporção entre Duilio e Duilia podendo deixar os pais e mães da futura geração muito preocupados. E principalmente o Brasil. Desagrada-me comparar o número de entradas no Google, por exemplo, com 'Carlos', com 1,2 bilhões de entradas ou 'Maria', com 2,5 bilhões. Ameno? Posso chamar de 'ameno' tratar de um nome que tem infinitamente menos entradas que nomes também de pessoas decentes?
Pois então. As eleição deixam-me contrafeito ao perceber que o sistema um/a eleitor/a-um voto é o melhor que existe, ainda que haja tanta gente de todas as extrações sociais e intelectuais que seguem intentando votar no capitão Pocket (recente e oportunisticamente acusado de ser um pocket cheio dinheiro roubado. E acabo de ouvir que esse candidato já revelou que, se for derrotado em sua intenção de presidir o Brasil, não reconhecerá o resultado, por haver fraude nas urnas, o que seja, o mesmo discordar do sistema um/a eleitor/a-um voto. Mas aí é que reside a encrenca: como é que tanta gente ainda pensa em votar em um cara que sempre foi conhecido por seu autoritarismo e desde agora enxovalha a lisura do processo eleitoral. Pra dizer a verdade, eu também enxovalho, pois começa que acho que o sistema deveria ter o voto facultativo. Mas isto é democrático, ao contrário das pregações do capitão. E já que o assunto é anti-pocket, tenho alardeado que praticarei o "voto útil", Haddad ou Ciro, encaminhando-me em estado de alerta para entender que Haddad está com mais chances de chegar ao segundo turno das eleições.
E isto é uma tragédia, especialmente se considerarmos que temos um radical de direita (conservador e fascista) enfrentando um -por assim dizer- radical de esquerda. Na verdade, temos neo-liberalismo versus igualitarismo (este deve ser considerado com moderação, pois acena-se -à esquerda- com políticas governamentais concentradoras). Segue-se que o teorema do eleitor mediano (as posições extremas tendem a se atenuar no discurso, a fim de capturar o eleitor do centro do espectro político, levando a candidaturas defendendo bandeiras de centro assemelhadas). Este encaminhamento do espectro de escolhas do eleitor, da eleitora, é que me derruba os butiá dos bolso.
Retornando às duilianas, tenho registrado, com até estranha frequência que já ouvi falar que, em Roma, houve um imperador Duilio e, na mesmíssima Roma, um tal São Duilio foi canonizado e depois rebaixado a cidadão comum (como é meu caso...). Pois agora chegou-me ao conhecimento um poema cujo título já diz tudo:
POEMA PARA DUILIO
Gabriela de Fátima Vieira
Sem menos nem mais, tomei um avião e parti
De Minas a Porto Alegre atrás de você, que nem sabe de mim
Guiada pela intuição, fui onde você iria
No restaurante vegetariano, onde você comeria
E ainda fiz hora na exposição do Leminski
Certa de que chegarias
Vi sua nuca pelas costas de todo rapaz
Seu tênis em todos os pés
E sua porta em todas as casas
Fui embora sem te ver e ainda mais apaixonada
Sem nos conhecermos você me deu um amor que me tirou de casa
Esperança, que divertiu minha viagem
E ainda esse poema, que um dia hei de espalhar por toda cidade
Pra finalmente dizer-te: Obrigada!
[Assina o pseudônimo Amélia]
Seja como for, a atividade mais importante do dia é a tarefa política de todos os Duilios e Duilias de boa fé do Brasil comparecerem à Marcha das Mulheres contra Bolso naro, o ogro que uns chamam de Pocket.
DdAB
P.S. Gosto quando os marcadores da postagem oscilam entre "economia política" e "besteirol", o que faz esses termos praticamente sinônimos no Brasil.
P.S.S. Sobre Duilios e Poemas:
.a ver Duilio Gomes - romancista mineiro, cujo nome deve estar no inconsciente da poeta.
.b ver o poema de Carlos Drummond de Andrade intitulado "Fulana"; 'sequer conheço fulana', etc.
P.S.S.S. Já que estou neste clima laudatório se não para minha pessoa, pelo menos para meu nome, achei que também seria oportuno homenagear o livro de Teoria dos Jogos que fiz em co-autoria com Brena Fernandez:
BÊRNI, Duilio de Avila e FERNANDEZ, Brena Paula Magno (2014) Teoria dos jogos; crenças, desejos, escolhas. São Paulo: Saraiva.
P.S.S.S.S. Lá em cima digo que aquela reportagem sobre o mau-caratismo do candidato do povo de curta reflexão sobre filosofia política é apenas para disfarçar o que a revista Veja (e cegue) fará em seu próximo número desancando da maneira mais mesquinha possível o candidato vencedor (Haddad) das eleições para presidente de 2018. Pode? Esperemos, vigiemos e vejamos (mas não ceguemos).
Esperança, que divertiu minha viagem
E ainda esse poema, que um dia hei de espalhar por toda cidade
Pra finalmente dizer-te: Obrigada!
[Assina o pseudônimo Amélia]
Seja como for, a atividade mais importante do dia é a tarefa política de todos os Duilios e Duilias de boa fé do Brasil comparecerem à Marcha das Mulheres contra Bolso naro, o ogro que uns chamam de Pocket.
DdAB
P.S. Gosto quando os marcadores da postagem oscilam entre "economia política" e "besteirol", o que faz esses termos praticamente sinônimos no Brasil.
P.S.S. Sobre Duilios e Poemas:
.a ver Duilio Gomes - romancista mineiro, cujo nome deve estar no inconsciente da poeta.
.b ver o poema de Carlos Drummond de Andrade intitulado "Fulana"; 'sequer conheço fulana', etc.
P.S.S.S. Já que estou neste clima laudatório se não para minha pessoa, pelo menos para meu nome, achei que também seria oportuno homenagear o livro de Teoria dos Jogos que fiz em co-autoria com Brena Fernandez:
BÊRNI, Duilio de Avila e FERNANDEZ, Brena Paula Magno (2014) Teoria dos jogos; crenças, desejos, escolhas. São Paulo: Saraiva.
P.S.S.S.S. Lá em cima digo que aquela reportagem sobre o mau-caratismo do candidato do povo de curta reflexão sobre filosofia política é apenas para disfarçar o que a revista Veja (e cegue) fará em seu próximo número desancando da maneira mais mesquinha possível o candidato vencedor (Haddad) das eleições para presidente de 2018. Pode? Esperemos, vigiemos e vejamos (mas não ceguemos).