07 fevereiro, 2016

Violência de Rei, Pirata e Jardineira...


Querido diário:

Há mais de 30 e menos de 40 anos pensei ter esgotado minha cota de Mario Puzo. Li o "Godfather" em português e "Fools die" em espanhol. Pois não é que estou lendo "Los Borgia" do mesmíssimo autor? Leituras de carnaval em Barcelona? Pechincha de dois euros para quem não tem nada de mais proveito para fazer?

O fato é que isto me não impediu (próclise machadiana...) de pensar e caí (em vários sentidos) aqui na página 72:

Los festejos hacían surgir nuevas esperanzas en la ciudad y servían para evitar que los más desesperados se asesinasen entre sí por disputas sin importancia.

No Brasil, tá na cara que o carnaval e o futebol, se é que chegaram a prestar este tipo de serviço, esgotaram de vez seu papel há muito tempo. Sabemos que sou um desabotinado defensor da sociedade igualitária e nestes anos sem Mario Puzo e nos outros 30 ou 40 antes dele, só vejo o Brasil piorar. Obvio que não quero dizer que o carnaval tenha piorado ou que os 7x1 sejam algo relevante, mas o que vi foi a destruição da rede ferroviária, do meio ambiente, da vida urbana, do assalto indiscriminado. Mata-se por um par de tênis, ou melhor, um pé de tênis já justifica.

Nota otimista: não nego -lógico- que a fome acabou e que a bolsa família é um arremedo não desprezível da renda básica. Mas cadê o emprego igualitário? Aqui, digo, aí, nunca se entendeu o governo como empregador de última instância!

DdAB
Imagem: internet... Postagem: igual à publicação do Fb.

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