Apenas em dezembro, o número de contaminados por Covid-19 foi superior a 778 mil.
Parece que todo mundo, e eu no meio do mundo, acreditava que, com a posse de Lula na presidência da república, a tragédia protagonizada pelo governo Bolsonaro estaria concluída. Ledo engano em diversas dimensões. Muitos dos mal-feitos levarão tempo para serem debelados. E outros tantos, ainda que com dias contados, terão consequências letais. Tal é o caso da nova onda de Covid-19, já em sua variante 1.000, ou algo parecido.
O lado alegre da questão no Brasil é que, mesmo com a enorme e insondável má vontade do governo Bolsonaro, há perspectivas favoráveis para o enfrentamento da Covid-19, sob um horizonte temporal mais dilatado. Há vacinas brasileiras (no plural) em avançados estágios de testagem e que em breve hão de ajudar a equacionar a questão. Nessa oportunidade, diferentemente do governo retirado por clamor popular, a coalizão que empoderou o governo Lula (democracia + igualitarismo) vai apoiar as medidas laterais, como a volta do uso de máscara e incorporação de melhores hábitos de higiene (lavar mãos, espirrar no lenço ou no braço).
Aquele povo inculto, mesmo os que detêm dinheiro e posição, é incapaz de pensar coletivamente, pensar no bem comum. Na Copa do Mundo, o planeta ficou boquiaberto com a disciplina dos próprios jogadores (e população japonesa).Vimos seus vestiários, depois dos jogos, limpos como eles os receberam dos trabalhadores assalariados do subcontinente indiano, e outros. A torcida japonesa fazia o mesmo nos estádios: em seus assentos e arredores, a mais flamejante limpeza.
Meu problema com o povo inculto, além de disfarçados preconceitos, é que eles não foram capacitados a receber a herança cultural humana, tipo a divina comédia, o paraíso perdido, humilhados e ofendidos, essa turma toda, nem sempre pessimista e agnóstica. Acho que, no devido tempo, seremos felizes, ainda que haja muito a evoluir para chegarmos a esse ponto. Esse otimismo de longo prazo me traz leves brisas a embalar meus dias de 2023.
DdAB
P.S. Divulgando minha primeira postagem de 2023 lá no Facebook, escrevi:
Estamos falando em pessimismo? Mesmo com o início apoteótico do Governo Lula V (Lula + Lula + Dilma + Dilma + Lula, ou melhor, Lula 4,5, pois a Dilma foi vergonhosamente impedida lá pela metade. Eduardo Cunha é o nome do responsável, um irresponsável).
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