Querido diário: fazia tempo que não te chamava de querido diário. Mas é que hoje, ao ler o jornal Zero Hora de manhã, voltei a pensar tratar-se de meu sucedâneo Zerro Herra. Trata-se de uma notícia sobre a mais alta corte judiciária do país e a oportunidade que se abre para que o presidente Bolsonaro indique (e o senado aprove) o nome do ministro togado que sucederá o macróbio Celso de Mello. Este, segundo leio, aposenta-se no próximo dia 13. Então Bolsonaro está com toda corda. Diz a página 14 do primeiro caderno do jornal cujo nome correto deixo por conta do leitor decidir:
[Bolsonaro...] rebateu as críticas de apoiadores que vinham fazendo campanha contra o desembargador [Kassio Nunes]. Disse que busca um nome que seja 'leal às nossas causas' na Corte e ironizou:
-Vocês querem que eu troque pelo Sergio Moro?
-No ano passado todo, até mais ou menos abril deste ano, vocês queriam quem para o Supremo? Queriam Sergio Moro. E me ameaçavam: 'Se não for Sergio Moro para o Supremo, acabou!' - afirmou Bolsonaro.
-Agora vocês querem que eu troque o Kassio pelo Sergio Moro? E daí? Querem que eu faça o quê? Acham que ele vai ser ministro lá que vai ser leal às nossas causas?
[...]
-Vocês querem que eu troque pelo Sergio Moro?
-No ano passado todo, até mais ou menos abril deste ano, vocês queriam quem para o Supremo? Queriam Sergio Moro. E me ameaçavam: 'Se não for Sergio Moro para o Supremo, acabou!' - afirmou Bolsonaro.
-Agora vocês querem que eu troque o Kassio pelo Sergio Moro? E daí? Querem que eu faça o quê? Acham que ele vai ser ministro lá que vai ser leal às nossas causas?
[...]
Eu queria entrevistar pessoalmente milhões de brasileiras e brasileiros que tinham chiliques de tietagem ao ouvirem o nome de um ou outro. Pois Moro entrou numa fria. E Bolsonaro entrará para os livros de história do Brasil como um clown, um clown que faz mal. Um clown que só rivaliza em despreparo com seu próprio ministério.
DdAB
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