06 maio, 2017

Texto Devastador de Marcos Rolim

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Querido diário:


Um senhor Aires Frederico Echenique Becker escreveu uma diatribe contra "o governo do PT", ou algo parecido. Escandalizei-me e aproveitei o espaço da postagem de Moisés Mendes em seu mural (14 horas atrás) e escrevi:
Aêee, Aires. O que vou citar de Marcos Rolim (p.24 de ZH de hoje), a meu ver, não justifica os mal-feitos que a presidenta Dilma prometeu (e não lhe permitiram) erradicar:
O curioso é que o atual governo só fez agravar a recessão e o desemprego, acumulando o maior déficit orçamentário da história da República. No idioma temerista, um governo definitivamente 'sem marido'." [...] Imaginem como o mundo recebe a notícia de que o atual governo possui oito ministros investigados por suspeita de corrupção e o próprio presidente é figura habitual em delações de mafioso s (apenas Cláudio Melo Filho - lembram? - citou Temer 43 vezes). Um governo do tipo não pode contar com a menor credibilidade. Mas, no Brasil, qual o significado de um governo formado por uma quadrilha? Aparentemente, nenhum. Os governo do PT agenciaram os seus esquemas delituosos e formaram as suas quadrilhas. Uma parte dos bandidos -seguramente a mais profissional-, abrigada no Planalto desde sempre, operacionalizou o impeachment e formou outro governo apoiado por grande parte da mídia e pelos grandes grupos econômicos. Ainda que a nova configuração mafiosa não tenha qualquer apoio popular, se mantém por conta de uma maioria parlamentar, tão desqualificada quanto ávida por cargos e verbas, e por uma elite empresarial movida pelos mesmos valores morais e pelo mesmo descompromisso com o Brasil. O governo Temer, entretanto, virou paisagem. Faz parte do cenário que se imagina inalterável e com o qual devemos conviver como se, de fato, tivéssemos um governo. Tudo em nome do rentismo, a começar pelas reformas que são concebidas para que nada seja alterado no andar de cima.
Retomo: além do mais, se fosse capaz de fazer um bom governo, uma vez que ele é inelegível, condenado que foi pela justiça eleitoral de São Paulo, teríamos -de qualquer jeito- que votar em Lula (hehehe).

DdAB
Texto do Facebook. E acrescentei um comentário:
  E que posso dizer de um subconjunto de meus colegas economistas que consideram que as reformas propostas por este presidente citado pelo menos 43 vezes em denúncias de corrupção própria e de terceiros tem alguma chance de modificar o comportamento dos agentes econômicos, induzindo-os a promulgar intenções de promover a ordem e o progresso? Tá aqui o que digo: hahahaha.

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