Querido diário:
Lembro do parlamentarismo durante o início do governo Goulart, pós Jânio. Lembro do plebiscito para mantê-lo ou reimplantar o presidencialismo. Lembro do outro plebiscito indagando se queríamos democracia ou ditadura, república ou monarquia, presidencialismo ou parlamentarismo, umas escolhas escalafobéticas.
Nesse momento, lembro de gente sugerindo que ditadura, monarquia e parlamentarismo seriam três manifestações do mesmo golpe. E que especialmente estavam querendo tirar o poder de Lula, que ascendia celeremente para investir-se do cargo de presidente (o que ele fez 10 anos depois).
E agora vejo aqui e ali que as negociações para a negativa ao impeachment pelo senado federal têm uma linha de argumentação:
.a. manter Dilma presidente
.b. colocar Lula como primeiro ministro.
.b. colocar Lula como primeiro ministro.
Parece-me que a consagração do parlamentarismo, com regras decentes de votos de desconfiança de parte-a-parte (congresso depõe governo e primeiro ministro dissolve congresso, ou seja, ambos podem convocar eleições quando a crise encrespa) é a solução e teria evitado milhares de crises e impasses institucionais neste país de ralo conteúdo de capital humano e social.
DdAB
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