29 abril, 2016
27 abril, 2016
7,1: Tristes Desdobramentos
Querido diário:
Você leu mesmo sete vírgula um e não 7x1. Mas este número decimal tem desdobramentos ainda mais tétricos do que a afamada derrota do futebol para o time alemão. Tempos atrás, dei-me conta de que fui enganado por parentes, amigos e professores ao sugerirem que o Brasil era o país do futuro. Até parece que andei lendo o livro com este título escrito por Stephan Zeig (Civilização Brasileira???). E depois, caiu-me a ficha e dei-me conta de que também enrolei parentes, amigos e alunos. Até hoje não me conformo 100% com esta sina de país perdedor, país de renda per capita uma meia dúzia de vezes inferior às mais altas do mundo e com um índice de desigualdade corante (isto é, de fazer o homem de bem corar de ódio e vergonha).
E que é mesmo este sete vírgula um de que falo? Na verdade, é 7,18, uma taxa anual de crescimento que faz a renda dobrar a cada dez anos. Ou seja, se o Brasil crescesse 7,18 em 2016, mais 7,18 em 2017, e assim por diante, chegaríamos em 2025 com praticamente o dobro da renda per capita. E andei acreditando que isto seria possível, eu que vivi (ainda que não 'descoberto' instantaneamente) o chamado Milagre Brasileiro. Miséria, miséria. O fato é que eu mesmo estudei e publiquei um 'paper' em que arguo que os valores milagreiros tiveram muito a ver com o uso de recursos naturais e menos com o crescimento do estoque de capital ou mesmo de trabalho. Devastar a natureza também ajuda no crescimento acelerado, como parece evidenciar o Milagre Chinês.
E quando hoje se fala em reindustrialização, fico rindo sozinho, pois já argumentei que o que nos falta é a reeducação: trator não forma engenheiro, mas engenheiro cria trator, não é mesmo?
DdAB
[Na foto falta a legenda "eu fiz ele" ou "ele me fez"?]
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20 abril, 2016
Ainda o 7x1: o caso da ira
Querido diário:
Óbvio que aquela derrota dominical foi setenta vezes sete vezes mais cruel que os afamados 7x1. Por puro e oportuno acaso, dias antes, eu lera a frase (onde?) atribuída a Sêneca:
Immŏdĭcă īră creat insāniam.
A ira desmedida gera a loucura.
DdAB
Texto e imagem espelhados do Facebook.
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Economia Política
18 abril, 2016
Os 300 Picaretas. E as Ironias de Moisés Mendes
Querido diário:
Vão aqui duas transcrições que fiz no Facebook. A primeira é minha mesmo e a segunda tem pedigree: Moisés Mendes.
PRIMEIRA
Outro 7x1: 367 contra 146 (id est 137+7+2)
Acho que foi um sinal de derrota para os menos aquinhoados. Acho que o senado federal pode inviabilizar o impeachment. Acho que, se não o fizer, é certo que conta será cobrada dos menos aquinhoados. Mais impostos indiretos e menos gastos sociais.
Acho que foi um sinal de derrota para os menos aquinhoados. Acho que o senado federal pode inviabilizar o impeachment. Acho que, se não o fizer, é certo que conta será cobrada dos menos aquinhoados. Mais impostos indiretos e menos gastos sociais.
Parece que não há mais saída: Lula deve ser candidato nas próximas eleições, ocorram elas em 2016 ou 2018, ou qualquer outro ano. E provavelmente vai vencer. Parece que, quanto mais demorar a eleição, mais claro ficará quem estará pagando a conta.
Por falar em Lula: lembram quando ele falou que, na câmara dos deputados, havia 300 picaretas? Indago-me se houve erro de estimativa e se haverá algum honesto nesses 67 restantes?
Queremos circo? Tenhamos o Circo do Carequinha.
SEGUNDA
Lá escrevi: vejam que pérola de lucidez e qualidade escrita pelo jornalista Moisés Mendes, escrita "quando a votação na Câmara já antecipava a vitória dos defensores do golpe.":
A família brasileira está salva
MOISÉS MENDES
Golpistas, recolham suas indignações seletivas e suas panelas. O país está em paz. Encaminhou-se a consumação do golpe. Guardem o que sobra da brutalização das falas e dos gestos para outros momentos, porque daqui a alguns anos teremos outro golpe, e depois mais outro, até o fim dos tempos.
Está tudo dominado. Ninguém mais precisa ter medo das cotas, do ProUni e das fortunas que mantêm milhões de vagabundos viciados em Bolsa Família. Salvaram-se reputações, interésses e brioches. Recolham o medo que um dia sentiram do avanço do comunismo, da nova classe média e do filho da empregada que vai virar doutor e pode ter a petulância de querer tratar dos nossos reumatismos.
A família brasileira, tão exaltada nos discursos do golpe na Câmara, estará em breve sob a liderança do grande chalaça. O líder Michel Temer foi o que sobrou para a direita enrustida. A direita que andou de mãos dadas com Bolsonaro e com Zé Agripino (onde andam Zé Agripino e Aloysio Nunes Ferreira, se já podem sair dos esconderijos?) tem agora a quem seguir.
A direita, tão agarrada a lições bíblicas _ citadas à exaustão na falação na Câmara _, passou trabalho mas venceu, depois de abandonar Aécio e os tucanos avariados pelas pesquisas sobre as eleições de 2018. Vai seguir a orientação do autor de uma carta infantil com queixas de que Dilma nunca olhou direto nos seus olhos e nunca ligou para suas carências afetivas.
Mas o medíocre Michel Temer, Cunha e seus asseclas desmoralizaram o jornalismo brasileiro. Nunca se viu tantos jornalistas sob a saia de golpistas. Vergonhosamente, nunca se viu tão pouco jornalismo.
Desde ontem, os golpistas e seus cúmplices (inclusive os camuflados) podem acalmar suas almas. Já podem até jogar Eduardo Cunha ao mar. Podem dormir em paz porque o Brasil e a Lei de Responsabilidade Fiscal, sem pedaladas, estarão daqui a pouco sob a austeridade de Michel Temer e de Armínio Fraga.
Liberais, defensores de normas e leis que os favoreçam, adoradores do livre mercado que ontem votaram em nome de Deus e da família, durmam em paz. Indignem-se com a corrupção e continuem aplaudindo corruptos impunes. Economizem os discursos duplos, as duas caras, a falsa defesa da democracia. Cuidem bem da fala dos seus oráculos adesistas.
Comemorem, abram champanhe, reabram contas secretas, voltem a superfaturar metrôs, roubem a merenda das crianças paulistas e enterrem a Lava-Jato antes que chegue mais perto das suas casas, dos seus governos e dos seus ninhos. Peçam para que os delatores parem de delatar Aécio Neves. Leiam a Constituição onde lhes interessa, declamem o Hino, vistam a camiseta da Seleção dos 7 a 1.
Percorram o Brasil com Janaína Paschoal em sessões de exorcismo. Gritem o nome do procurador-geral da República, de Gilmar Mendes e do juiz Moro. Elejam o japonês da Federal como o mais votado deputado brasileiro de todos os tempos. Reexaminem com cuidado, sabedoria e critério a Previdência Social, o SUS, o FGTS, os direitos trabalhistas. Façam o arrocho sem parcimônia.
O governo será de Michel Temer, do Lobão, do Paulinho da Força, do Caiado, do Abel das Galinhas, dos investidores estrangeiros e dos seguidores dos patos da Fiesp. Eles conseguiram o que velhos protagonistas e figurantes da velha direita do golpe que derrubou Jango nunca imaginaram. A nova direita venceu e tomará o poder sem votos, sem farda e sem tanques.
Golpistas sobreviventes de 64 devem estar espantados com o que viram ontem, enquanto Eduardo Cunha votava pelo golpe e rogava aos céus para que Deus tenha misericórdia do Brasil. Com tanta proteção, não há quem possa conspirar contra a família brasileira.
[abcz]
DdAB
DdAB
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16 abril, 2016
Ética como Regra de Equilíbrio
Querido diário:
Entre todas as ações que desencadeio em resposta a recomendações clínicas da dra. Carmen Daudt, destacam-se aquelas associadas à realização de exercícios neuronais. Em minha última consulta, semanas atrás, ela -doutora- falou alguma coisa sobre a ética como regra de equilíbrio, o que me deixou bastante interessado nos desdobramentos do tema.
Não fui adiante com minha pesquisa que, invariavelmente, começaria com a consulta à Enciclopédia de Filosofia de Stanford. E depois, seguiria, altaneira, com uma consulta à profa. Brena Fernandez, que -ela sim- me daria as melhores recomendações bibliográficas.
Claro que minha problematização recortou-se no universo de que entendo algo: ética e egoísmo, vale a pena ser bondoso? E como é que chegamos espontaneamente ao ponto em que nos encontramos?
Parece-me já ter filosofado sobre a relação entre ética e egoísmo: um indivíduo que leva os outros a crerem que ele não é egoísta (ergo é altruísta) terá um payoff em seu jogo-de-vida-inteira maior que os que levam os outros a desacreditarem em sua retidão moral e bondade de caráter.
Não sei o que a dra. Carmen falaria sobre "ética e equilíbrio", mas intuo que uma abordagem interessante seria trocar "ética" por "cooperação" e aí cairíamos naquele mundo de John Maynard Smith, falando na lógica do conflito animal. aquelas coisas.
DdAB
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TER Equilíbrio
14 abril, 2016
O Mito da Caverna: uma imagem, mil palavras
Querido diário:
Quantas vezes já me declarei por aqui como especialista em introdução à filosofia? A evidência que posso apresentar, e sempre o faço, é a lista de livros introdutórios ao tema que já comprei... E em quantos deles já terei lido sobre o mito da caverna, Platão, filosofia, interpretação e liberdade?
Pois esta imagem simplesmente fez-me rever tudo o que já aprendi e tudo o mais que ainda faltava para permitir que eu me declare um "doctor of philosophy".
DdAB
13 abril, 2016
Umas Basezinhas da Análise da Conjuntura
Querido diário:
Vão-se alguns anos que fiz as notas que seguem, pensando em estar analisando uma conjuntura econômica que poderia ajudar o Brasil a sair do atoleiro. Era 29.set.2003. Ou seja, o governo Lula terminando seu terceiro trimestre. E a grande mudança que levou ao Milagre Lulista foi em -se bem lembro- abril do ano seguinte.
Então comecei (seria uma aula?, seria um seminário?) indagando -retoricamente, claro:
-Qual o maior anseio de um indivíduo?
E incontinente já fui respondendo:
-Ter vida longa, repleta de opções de lazer
E prossegui:
-Como ele a alcança?
Ou seja, como é que pode o indivíduo alcançar uma vida longa repreta de opções de lazer? E já fui dando a resposta:
-Inserindo-se numa sociedade que traga: PRODUTO, EMPREGO, PREÇOS. E que tenha uma classe política capaz de organizar o processo de escolha pública (leia-se: vencer o estado da natureza de Hobbes, isto é, criar o Estado e financiá-lo com impostos).
E não tenho como -hoje- evitar de dizer: "epa! então não estávamos falando no Brasil". Eis que a verdade verídica é que seguimos com péssimos orientadores dos processos de escolha pública. E ganhamos de brinde uma espantosa oposição ao lulismo, e nunca saberemos se é porque houve roubo e proteção aos menos aquinhoados ou só proteção.
Mudando ligeiramente de tom, de assunto, indaguei:
-E o que é “conjuntura”?
Respondi com:
-De acordo com o que podemos viajar a partir do Aurelinho, é um encontro de acontecimentos, isto é, uma situação nascida de um encontro de determinadas circunstâncias, e que se considera como o ponto de partida de uma evolução, uma ação, um fato.
Ao mesmo tempo, devo, a certa altura, ter salientado que aquilo que não é conjuntura é estrutura. E se associa com o longo prazo, um horizonte de planejamento em que todas as coisas que podem variar o fazem, exceto o nível de conhecimento tecnológico. Deste modo, longo prazo e estrutura. Daí que tenho uma definição por ilação (hehehe) do que é estrutura. É a forma como as partes de um todo se relacionam.
Então meu projeto de longo prazo é aumentar a eficiência do governo, o investimento, o emprego, o acesso ao crédito, as políticas sociais, a oferta de utilidades públicas (água, saneamento, energia, transporte, telefone, habitação, nutrição, educação, saúde e justiça), criar estrutura tributária que substitua os impostos indiretos por diretos.
Ou seja, para o longo prazo, precisamos articular um projeto nacional em que fique esclarecido qual será o agente econômico que assumirá a liderança do processo de desenvolvimento, nomeadamente, o proletariado, o governo, a burguesia nacional ou a burguesia internacional.
DdAB
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11 abril, 2016
O Primeiro Teorema do PIB: novas aplicações
Querido diário:
Encaçapei as seguintes reflexões em meu mural do Facebook de agorinha:
Sabem os que me acompanham em diferentes fronts que, em um deles, criei o primeiro teorema do PIB. Diz ele, candidamente, que o PIB corresponde a precisos 100% do PIB. Claro que esta é uma piada recendente a David Ricardo, que sustentou que a economia política estuda a distribuição do excedente econômico (hoje chamado de valor adicionado) entre as classes sociais (no Brasil, mede-se como a remuneração dos empregados mais o excedente operacional bruto e mais os impostos indiretos líquidos de subsídios, ok, ok, puro economês, mas que faz sentido, como veremos em instantes).
Em compensação, li o que segue numa postagem do blog de Leonardo Monastério de 11 de abril, citando terceiros ipsis litteris:
Os resultados [de um estudo de Rodrigo Orair e Sergio Gobetti] mostram que, nos últimos 16 anos, a média de crescimento real da despesa primária [do governo] pouco variou e, em alguns itens, foi maior na fase contracionista (1999-2006) do que na fase expansionista (2007-2014). Isto evidencia não só uma elevada rigidez da despesa, mas certa inércia, associada principalmente aos benefícios sociais (previdenciários e assistenciais), que restringem a margem de manobra fiscal do governo em momentos de ajuste como o atual.
Achei uma beleza. Primeiro, que não diz que uma das soluções para o déficit de qualquer ente econômico criado desde o Dia da Criação é elevar a receita ou contrair a despesa. Mas ok, ok, fiquemos com a contração da despesa para resolver o déficit do setor público brasileiro (federal, estadual, municipal).
Achei uma beleza. Ninguém nunca pensou que, ao invés de cortar as despesas dos "benefícios sociais (previdenciários e assistenciais), que restringem a margem de manobra fiscal do governo", poder-se-ia cortar a despesa dos funcionários públicos que ganham mais que o teto a eles estabelecido. Destaco deputados, senadores, assessores, juízes, auxiliares, dirigentes das empresas estatais (inclusive bancos), essa macacada toda que vive no topo da pirâmide da distribuição do... valor adicionado!
Achei uma beleza. Não é que David Ricardo poderia ser preso, se viesse com uma ideia destas?
DdAB
Na foto da Wikipedia e Thomas Phillips, Ricardo tinha 49 anos.
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10 abril, 2016
Ulysses: eu nunca pensara em advérbios...
Querido diário:
Stately, pump Buck Mulligan came from the stairhead bearing a bowl of lather in which a razor was laying crossed upon a mirror.
É ou não é a primeira sentença de "Ulysses", de Joyce, recitada de memória por Duylyo, com a pertinente correção sobre espelhos caseiros, especialmente os planos, não poderem cruzar-se sobre nada? Para quem não lembra, o original originalíssimo é:
Stately, plump Buck Mulligan came from the stairhead, bearing a bowl of lather on which a mirror and a razor lay crossed.
Moral da história: não é, não. Em outras palavras, a sentença italicizada não repete one hundred per cent a que digitei lá no começo by heart. E parece que James Joyce não sabe inglês, pois, em minha opinião, algo está dentro da bacia (in) e não sobre a bacia (on). Seja como for, poderíamos dizer que o autor irlandês quereria dizer "a mirror, laying in a perpendicular way upon a razor"? Temo que não, pois ele não sabia o que queria, como podemos inferir com facilidade em resposta às milhares de correções das sucessivas edições inseridas nos números zero e nas correções de provas. Um verdadeiro terror dos linotipistas de antanho.
Em compensação, naquele livro que li entre Barcelona e Porto Alegre, ou melhor, comecei em Barcelona e concluí na terra do impeachment, diz um velhinho que stately é adjetivo tirado de Hamlet.
Em compensação, procurei aqui: e achei isto aqui:
Synonym Discussion of stately
grand, magnificent, imposing, stately, majestic, grandiose mean large and impressive. grand adds to greatness of size the implications of handsomeness and dignity . magnificent implies an impressive largeness proportionate to scale without sacrifice of dignity or good taste
Neste local, o verbete não é identificado como adjetivo, mas o é (hesitei entre escrever este 'o é' e 'é-lo', pensando que este elo levar-me-ia à cadeia ou ao inferno, onde intuo ter caído ao aportar em Guarulhos, ainda em fevereiro do ano passante), claro. E advérbio? Talvez minha pobreza de domínio na língua de Shakespeare, e a de milhares de outros, inclusive native speakers, interpretou o stately comme ça. O fato é que eu nunca pensara aquele 'stately' como um verdadeiro adjetivo, nesta caso, traduzindo aquele 'stately, plump Buck Mulligan' por 'majestoso, o gorducho' não no sentido de majestoso adjetivo mas a deformação do advérbio em adjetivo que até Machado de Assis faz volta e meia na língua brasileira.
DdAB
Imagem da Wikipedia com legenda de "Um burrinho pedrês", ilustrando verbete sobre o livro Sagarana, de Guimarães Rosa, que nada tem a ver com a história... E um reparinho no texto feito às 9h49min de 11/abr/2016.
09 abril, 2016
53min20seg
Querido blog:
Olha que manifestação maravilhosa! Aqui. Ouvimos o prof. Rodrigo de Azevedo, do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da PUCRS. Deixa-nos ele totalmente claro "o movimento em curso voltado a colocar por terra o lado bom de tudo o que foi feito nos últimos 14 anos." Ouviremos isto a partir dos 53min20seg da gravação clicada.
E muito mais coisas! Meus leitores do blog e do mural do Facebook viram que usei o banner de Zorávia Bettiol, agora incorporado ao Comitê em Defesa da Democracia e do Estado Democrático de Direito. Eu, que não tinha candidato a líder já encontrei o meu. Este cara é maravilhoso, combatente da desigualdade social no Brasil.
DdAB
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08 abril, 2016
Golpe no Golpe?
Querido diário:
Aqui tem um interessante artigo que me chegou por meio do mural do prof. Gentil Corazza no Facebook. Olha aqui o que o autor, prof. Marcus Ianoni, diz:
O pedido de impeachment em tramitação na comissão especial da Câmara dos Deputados se baseia em três pontos: decretos orçamentários, pedaladas fiscais e corrupção na Petrobras e no governo. Ambos os lados formulam argumentos para sustentar sua posição e defendê-la contra a do adversário.
Falando a favor do governo na Comissão do Impeachment, o ministro Nelson Barbosa esclareceu os dois primeiros pontos. Os decretos de crédito suplementar estavam previstos no Art. 4º da lei orçamentária nº 13.115/2015 e não alteraram as medidas de contingenciamento então em vigor. Em relação às pedaladas fiscais, Barbosa argumentou que, uma vez estabelecido o acórdão do TCU sobre as contas de Dilma de 2014, o governo mudou imediatamente as metodologias de pagamento de equalização de taxas de juros e de reembolso do FGTS e pagou todos os valores de exercícios fiscais anteriores apontados pelo órgão de controle. Cabe acrescentar que, apesar do TCU ter sugerido, em outubro de 2015, que o Congresso Nacional rejeitasse as contas de 2014 do governo federal, o relatório da Comissão Mista do Orçamento, assinado pelo senador Acir Gurgacz (PDT-RO), propõe sua aprovação com ressalvas. Em relação à corrupção, o pedido é genérico: “a responsabilidade da denunciada quanto à corrupção sistêmica de seu Governo é inegável”. Na verdade, Dilma não está sequer sendo investigada, muito menos denunciada por envolvimento com corrupção.
Preciso dizer mais alguma coisa sobre o tema? O que tenho dito é que não sei "direito", mas sei "português". E tem certas legislações que não precisam de mais nada além de um leitor pensante. E ninguém é mais pensante que aquele lobo que matou o cordeiro mesmo sabendo que a água que bebia não era turvada pelas ações ovinas rio abaixo.
DdAB
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06 abril, 2016
Direita, Esquerda e Etc.
Querido diário:
Se a questão fosse apenas Esquerda x Direita, tudo seria mais simples. Afinal, nomes amplos assim escondem muita coisa. Começo pela direita: nem todo 'direitista' é fascista. E tem mais, dentro da direita se escondem libertarianistas, ou seja, adeptos de uma filosofia política razoável, precisamente se dela descontarmos os arroubos 'direitistas', ou melhor, fascistas. E aí tem a esquerda. Para não ir longe, fico apenas com a divisão entre os nacionalistas e os internacionalistas. Eu, claro, sou do segundo time.
DdAB
P.S. Carro com esquerda pintada de vermelho. Texto espelhado do Facebook.
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