26 outubro, 2025

Mercados, mercados, mercados



Mais de 50 anos atrás, foi escrito o poema que segue:


Markets

 

“There are broad markets, thin markets

Stable markets, big ones.

There are fish markets, flea markets

Gem markets and then some:

Gold markets, gyrating ones;

Free markets, dope markets

Controlled markets, sloopy ones.

 

What a lot of markets thera are!

 

There are black markets, grey markets

Job markets, sticky ones;

Shadow markets, ghost markets

Vice markets, baby ones!

 

There are bond markets, bill markets

Flexible markets, monopolized ones;

Stock markets, flow markets

Put-and-call markets, curb ones.

 

We could go on and on:

 

Auction markets, betting markets,

Markets made for barter;

Demand-determined, supply-determined

Markets run by charter.

Factor markets, supermarkets

Active markets, French ones

Futures markets, spot markets

Capital markets, resilient ones.

There are even markets for presidents.

 

MUNDELL, R. A. (1968) Man and economics. McGraw-Hill.

Citado em: TOWNSEED, Harry ed. (1971) Price theory. London: Penguin. p. 251.

DdAB

P.S. Sendo o título em português, mas o poema em inglês, achei de bom tom colocar uma imagem  homenageando à França.

03 outubro, 2025

Comunidade, mercado e Estado: mais considerações

 



Ao nos referirmos à sociedade humana, ora a designamos deste modo, ora a chamamos de comunidade. Intitulando-a de uma forma ou de outra, constituída por seres humanos, eis que o adjetivo é importante para delimitar o escopo do termo, diferenciando-o de sociedades animais, como os cães e as cobras e mesmo de sociedades vegetais, como as orquídeas e os bambuzais. Ao passo que essas sociedades evoluíram sob a égide das leis da natureza, as incipientes comunidades humanas viviam dias sombrios em que a tribo evoluía, arduamente, para a transformação em comunidade. 

Nesse ambiente consolidava-se um enorme patrimônio, base cuja ausência seria impensável para as novas formas de cultura que iniciavam a emanar dessas evoluções: a linguagem, o tabu do incesto e o compartilhamento de  alimentos com estranhos. Aliás, esses três requisitos para a civilização portadora dos contornos assemelhados aos que hoje conhecemos estiveram presentes no nascimento do mercado, possivelmente ligado ao que hoje se usa a expressão para explicar as trocas internacionais de “dar saída aos excedentes”.

DdAB