Tudo começou quando li o livro de Jessé Souza intitulado "A Tolice da Inteligência Brasileira". E tudo seguiu quando vim a perceber que essa rematada tolice é não entender que o verdadeiro problema do Brasil (não é a casa-grande-senzala, não é a casa-e-a-rua, não é o brasileiro cordial), é não entender que tudo se escolta por trás da negativa de que tudo se restringe à enorme desigualdade na distribuição da renda e do patrimônio. Nos anos 1980, ou seja, 40 anos atrás, ao lecionar a disciplina de Macroeconomia no curso de graduação em economia da UFRGS, estudando o mercado de trabalho, cheguei à mesma constatação: tudo gira em torno da desigualdade brasileira.
Segue-se que desde o livro de Jessé, tenho pensado em fazer um questionário (com 200 milhões de cópias) indagando a cada brasileiro sobre questões básicas de seu cotidiano. Exemplifico com duas questões:
a) você concorda que algumas famílias vivam na miséria, enquanto que outras vivem num nível de consumo incompatível até com a renda per capita do país?
b) você considera que seu padrão de vida melhor ou pior que o de seus avós (pais)?
c) você vê a seu redor pobres e ricos ou não consegue distingui-los ou catalogá-los?
DdAB
Imagem: busca no Google. Vemos indicações de três países com populações além de sua capacidade produtiva, ou seja, enormes contingentes vivendo dire straits.
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