09 maio, 2019

Imperialismo Reverso: memórias deletáveis

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Querido diário:

Há instantes lembrei de um episódio ocorrido nos primórdios da FEE (Fundação de Economia e Estatística, criminosamente fechada no governo de José Ivo Sartori, coadjuvado que foi pelo trio de detentores de cargos em comissão oslt: Carlos Búrigo, Cleber Benvegnú, Márcio Biolchi).

Eram bons tempos, digamos que 1974, tempos inseridos no período militar, mas ainda assim comparado com a perseguição hoje encetada pelo governo, parece que aqueles tempos eram culturalmente menos sombrios que os da negadinha bolsonarista. Se não exagero, o que é provável, pois acabo de denunciar o obscurantismo do governo Sartori (2015-2018). Em 1974 governava o estado sulino o sr. Euclides Triches e a FEE dava seus primeiros passos.

Nesta linha foi contratado um, se bem lembro, geógrafo americano, um coroa, digamos, de seus 55 anos de idade, para desenvolver algum trabalho, digamos, geográfico. Pois certo dia, o dr. Brian estava precisando fazer uns cálculos nas raras máquinas modernas do acervo da FEE. Originário do centro do imperialismo mundial, ele era menos versado nos cálculos de uma Toshiba, Sharp, sei lá. E pediu instruções: "como faço para limpar o visor?" Numa adaptação/reversão do conhecimento importado, a então srta. Ana Altmayer disse-lhe: "aperte aquela tecla CE/C". E ele disse: "ah, clear". E o fez e deu tudo certo em suas contas e no desenvolvimento do capitalismo nos trópicos.

DdAB

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